Montei essa publicação com todos os materiais do blog que podem ser úteis no estudo para o simulado e prova de vocês.
Estudem os links, mas lembrem-se da importância de estudar os slides, os materiais online disponíveis dentro da disciplina e o livro! Assim não tem erro, é 10,00 na certa!
Este
resumo é baseado no capítulo V do livro Anatomia Humana Básica de
Dangelo e Fattini.
O
sistema nervoso (SN) é responsável por controlar as funções
orgânicas e pela interação do ser humano com o meio ambiente. Ele
coordena as funções de todos os sistemas do organismo, além de
receber estímulos aplicados à superfície do corpo, interpretá-los
e gerar respostas adequadas.
Algumas
funções do sistema nervoso são voluntárias, como caminhar,
enquanto outras, como a regulação da pressão arterial e a
frequência respiratória, são involuntárias (ou
vegetativas/autônomas).
- Divisão
do Sistema Nervoso:
O
Sistema Nervoso é dividido em Sistema Nervoso Central (SNC) e
Sistema Nervoso Periférico (SNP).
Essa
divisão é tanto topográfica quanto funcional, mas é importante
lembrar que as duas porções são interdependentes e a comunicação
entre eles acontece 24 horas por dia.
A
porção central é a via integradora, recebendo, interpretando e
respondendo aos estímulos, além de ser responsável pela nossa
cognição.
Já
a porção periférica, como o próprio nome indica, está localizada
nas periferias e serve como a via de condução dos estímulos, tanto
do meio ambiente para o SNC (via aferente) quanto do SNC para os
órgãos e o meio ambiente (via eferente).
-
O SNC é constituído pelo encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco
encefálico) e pela medula espinhal.
-
O SNP, por sua vez, é composto pelos gânglios, nervos (cranianos e
espinais) e terminações nervosas.
- Meninges
As
meninges são membranas que envolvem e protegem o encéfalo e a
medula espinhal. Elas são formadas por tecido conjuntivo e incluem
três camadas, dispostas de fora para dentro:
Dura-máter:
a camada mais espessa e mais externa.
Aracnóide:
uma camada intermediária, que se parece com uma teia de aranha,
devido às suas fibras delicadas que se estendem até a pia-máter.
Pia-máter:
a camada mais fina, em contato direto com o encéfalo e a medula
espinhal.
Entre
essas camadas, temos dois espaços importantes: o subdural (entre a
dura-máter e a aracnóide) e o subaracnóideo (entre a aracnóide e
a pia-máter), onde circula o líquido cefalorraquidiano (liquor),
que tem a função de proteger o SNC e ajudar na limpeza das suas
estruturas.
Hoje,
já sabemos que o liquor também tem um importante papel de limpar as
sinapses durante nosso sono, e isso tem uma correlação muito
interessante com a doença de Alzheimer, que vamos estudar mais para
frente no nosso curso,
Como combinado, segue uma lista com as principais matérias do blog relacionadas à nossa AV1, que acontece na semana que vem.
Lembrem-se: o questionário enviado e as matérias do blog são complementos para o estudo dos slides trabalhados em sala de aula e dos livros didáticos apresentados no começo do semestre.
Vamos aprender um pouco mais sobre essas funções incríveis do nosso cérebro?
Este resumo e os próximos dois que publicarei são baseados no capítulo sobre aprendizado e memória do Livro de Neurociências do Beer e também do Capítulo sobre aprendizado e Memória do Livro Neurociência da Mente e do Comportamento, do Lent.
Vamos definir esses termos primeiro:
Memória: processo pelo qual adquirimos, formamos, conservamos e evocamos informações.
Aprendizagem: processo de aquisição de informação.
Evocação: lembrança, resgatar e trazer à tona alguma memória.
A neurociência considera, hoje, que nosso conjunto de memórias forma nossa personalidade. Somos, hoje, uma construção baseada em nossas experiências, nas pessoas que encontramos ao longo do caminho, das escolhas que fizemos ou deixamos de fazer, de tudo o que vivemos até o momento.
Mas Bruno, e a genética da pessoa? Não é a genética que define?
Pessoal, a genética tem grande influência, mas muitos casos, se não todos, a influência do ambiente em que a pessoa se desenvolve, o ambiente que a criança vivencia, acaba influenciando mais que a genética.
Para exemplificarmos, pensem na seguinte questão: O que acontece, normalmente, com uma criança que cresce em um ambiente hostil, com violência, com agressões?
Na esmagadora maioria das vezes, a criança cresce introvertida, com problemas de ansiedade e/ou depressão, apresentando sinais de agressividade.
Lembrem-se, crianças se comportam como esponjas e são espelhos das atitudes das pessoas que convivem.
Esponja porque absorvem todas as informações à sua volta, espelho porque imitam, literalmente, os comportamentos que observam (lembram dos neurônios espelhos?). Então, uma criança que cresce em um ambiente hostil tem a grande chance de se tornar um adulto hostil, mesmo que sua genética seja a da pessoa mais pacífica do mundo.
Porém, essa conta não é exata, e existem diversos caminhos a serem seguidos por qualquer pessoa.
Hoje começo, finalmente, a atualizar os materiais da disciplina de Anatomia Humana. Espero que ajude nos estudos de vocês. Para quem é novo por aqui, quando o título da matéria vem acompanhado do 2.0, é porque é uma matéria que já existe aqui no blog, mas que foi reformulada. Afinal, como professor, também estou continuamente aprendendo com vocês e com a vida.
Então, vamos lá.
Para começar a entender o que estudamos dentro da disciplina de Anatomia Humana, recomendo uma breve visão sobre a História de Anatomia, que vocês podem encontrar no link abaixo:
Para quem torceu o nariz para o termo história, a história da Anatomia tem morte, roubo de cadáveres, roubo de cadáveres em cemitérios, e todo o tipo de bizarrice para saciar a curiosidade dos nossos antigos anatomistas sobre as estruturas do corpo humano.
Aos que estão comigo desde a primeira aula da disciplina, discutimos a importância da ética no estudo da anatomia, principalmente no estudo com cadáveres.
Esses cadáveres, que voluntariamente ou não disponibilizaram seus corpos para estudo, contribuem grandiosamente com o desenvolvimento da ciência. Além disso, foram pessoas que amaram, sentiram as dores da vida, passaram momentos felizes e momentos tristes, assim como nós.
Na primeira aula do curso, a Introdução à anatomia, nós discutimos conceitos básicos da disciplina, além da posição anatômica e dos planos de secção (ou corte) e dos eixos do corpo humano.
Essa matéria é para os alunos da Neuroanatomia, um guia que reúne as principais matérias aqui do Plantando Ciência que pode ajudar vocês nos estudos para a nossa primeira avaliação teórica.
Disponibilizo os links na ordem em que trabalhamos os assuntos em sala de aula, mas fiquem a vontade para utilizar quais e na ordem que vocês quiserem.
O importante é utilizar as matérias como um complemento do estudo, que envolve os slides, as vídeo-aulas e também os livros utilizados na disciplina.
Hoje nossa aula de neuroanatomia é sobre o Cerebelo, sua estrutura e suas funções.
O cerebelo tem algumas características únicas que podem ser utilizadas para identificá-lo, como o formato (com seus dois hemisférios e um "vérmis" central), sua localização (posterior ao tronco encefálico, repousando sobre a fossa cerebelar do crânio), sua distribuição de substância branca e substância cinzenta muito parecida com aquela observada no cérebro (aqui, existe o córtex cerebelar).
Quando falamos de funções, é comum relacionar o cerebelo com a coordenação motora. O que está correto, mas hoje já sabemos que nem só da coordenação motora existe o cerebelo, que também participa ativamente da construção das memórias motoras (como o fato de que quanto mais você pratica um instrumento ou andar de bicicleta, mais fácil vai ficando praticar e melhor você se torna na prática daquilo - é o tal do aprendizado motor).
Sua relação com o equilíbrio, onde atua junto ao labirinto do ouvido interno (lembra da labirintite?). Mas também existem funções não motoras, que devem ser estudadas.
Bom, mas para se aprofundar no assunto e explorar todos os tópicos expostos acima, e conhecer muitas outras informações sobre essa fantástica região do nosso encéfalo e SNC, recomendo a leitura do link:
Na disciplina de Neuroanatomia, começamos a aprofundar os conhecimentos sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) pela Medula espinhal, aula que vocês encontram no link:
Hoje, vamos aprender um pouco mais sobre a estrutura e as funções do Tronco Encefálico. Para vocês terem uma ideia, essas funções variam desde a regulação de alguns reflexos, como a deglutição, o piscar dos olhos e do vômito.
A figura nos mostra claramente que o tronco encefálico é formado por três componentes: bulbo (contínuo com a medula), seguido da Ponte (porção intermediária) e o Mesencéfalo (último componente, em contato direto com a porção do cérebro que recebe o nome de diencéfalo).
Vamos observar outra figura, para relembrarmos os componentes do Sistema Nervoso Central:
Nas duas figuras apresentadas, a anatomia do Tronco Encefálico parece extremamente simples, mas isso não é verdade. Observem a próxima figura, retirada do Atlas do Netter, onde vocês observam a visão frontal ou anterior do Tronco Encefálico:
Vale ressaltar, da figura, algumas estruturas marcantes, como a Pirâmide e as Olivas no Bulbo; As fibras nervosas que dão um aspecto de cabelo escovado à ponte e também sua íntima relação com o cerebelo.
Observem também a grande quantidade de nervos cranianos que tem seu início no tronco encefálico, sendo bem conhecidos o Nervo Vago, que tem uma relação muito interessante sobre o funcionamento do trato gastrointestinal (hoje sabemos que a má alimentação, daquelas cheias de produtos industrializados e gorduras, que maltrata nosso estômago e intestino, influencia em nossos comportamentos e está atrás, até mesmo, de doenças como a depressão - assim, a relação entre Sistema Nervoso e Trato gastrointestinal é uma via de mão dupla).
Vale ressaltar também o nervo trigêmio, que está envolvido na famosa neuralgia do trigêmio, doença que causa dores de cabeça extremamente fortes nos pacientes. Esse nervo é muito importante nos estudos da odontologia.
Fiz um slide resumo que contém as principais funções das estruturas que compõem o tronco encefálico, deem uma olhada:
Para aprofundar os estudos acerca do tronco encefálico, clique no link abaixo:
Na aula de Neuroanatomia hoje, nós vamos falar um pouco sobre a Medula Espinhal (ou Espinal, o que você preferir).
A medula espinhal é erroneamente vista como uma mera região de condução de impulsos nervosos, levando informações sobre o meio ambiente (através dos sentidos) para que nosso Encéfalo consiga entender e sentir, ou então levando as respostas e comandos cerebrais para a periferia, como quando contraímos algum músculo voluntariamente.
A medula possui funções além da condução, como as respostas reflexas, como o famoso reflexo de retirada, quando tiramos a mão de algo quente (como o ferro de passar roupas) antes mesmo de sentir a sensação desagradável da queimadura.
Mas como a medula envia informações para os músculos se contraírem, ou conseguem receber as informações vindas de um sentido que vem lá da periferia do nosso corpo, como o Tato, por exemplo? Lembrem-se, a medula espinhal se encontra dentro do canal vertebral.
Vamos aproveitar o final de semana para estudar um pouco de neurociências? Pensando em colaborar com o estudo da segunda avaliação de vocês, fiz novamente um apanhado com os links que podem ser úteis para vocês aprofundarem os estudos e tirar de letra essa segunda prova.
Espero que ajude!
Lembrem-se, qualquer dúvida me procurem via e-mail ou deixe nos comentários ao final desta matéria.
Agora vamos aos links (coloquei os links na ordem das nossas aulas):
Outros links para retomar ou reforçar alguns conhecimentos gerais de neuro (não estão diretamente relacionados com o conteúdo da prova, mas podem ajudar na construção de um conhecimento geral sobre neurociências - parte básica):
Hoje encerramos nossa disciplina de Neuro entendo conceitos mais amplos, como a Rede Neural de Modo Padrão e as funções do Sistema Límbico e do Córtex Pré-frontal.
Espero que esse conhecimento colabore diretamente para um bom desenvolvimento da profissão de vocês, assim como nas vidas particulares, pois quanto mais conhecemos sobre o funcionamento do nosso cérebro, melhor conseguimos utilizar o mesmo.
Então, daqui em diante seguem algumas dicas de leitura e vídeos para vocês entenderem melhor essas regiões cerebrais e suas funções:
Primeiro, um link para leitura de uma matéria que escrevi sobre Sistema Límbico e Córtex Pré-frontal:
procurando um vídeo bacana no youtube para trazer mais conteúdo aqui para vocês, encontrei esse vídeo da National Geographic que contém um excelente resumo de Neuro.
Reparem que a narradora descreve o encéfalo em quatro componentes: cérebro, cerebelo, tronco encefálico e diencéfalo.
Em nossas aulas, dividimos o encéfalo em: cérebro (telencéfalo ou hemisférios, e diencéfalo - tálamo, hipotálamo...), cerebelo e tronco encefálico.
Apesar dessa diferença, talvez regional, o vídeo pode ajudar vocês a relembrarem diversos pontos das nossas disciplinas de Neuroanatomia e Neuroanatomofisiologia.
Espero que gostem:
Cada coisa nova que aprendemos, mesmo que seja uma pequena coisinha por dia, faz uma enorme diferença no longo prazo. Acreditem no longo prazo, isso serve para todos as áreas da nossa vida!
Hoje, entrando nas etapas finais da nossa jornada de estudos de Neuroanatomia e Neurociência, chegamos às estruturas encefálicas.
Opa, mas espera ai, nós já vimos tronco encefálico e cerebelo, que são estruturas encefálicas.
Sim, mas a dica de vídeo de hoje trás uma visão diferenciada sobre o assunto, explicando o antigo mito de que o hemisfério esquerdo do cérebro é responsável pela lógica e o hemisfério direito pela criatividade.
Falei do encéfalo pois conseguimos entender no vídeo que todas as estruturas encefálicas são compostas por duas partes.
Se pensarmos no cérebro, telencéfalo (os dois hemisférios) e diencéfalo (tálamo e hipotálamo, também podem ser divididos ao meio), o mesmo vale para o cerebelo com seus dois hemisférios cerebelares e para os três componentes do tronco encefálico.
Mas o mais importante nessa matéria de hoje, é entenderem de vez que existem algumas funções que são responsabilidade mais de um hemisfério do que do outro, mas que nosso cérebro funciona como um todo, e se considerarmos sua capacidade de plasticidade neural (adaptação conforme os estímulos que recebe), as possibilidades são infinitas.
Para confirmar que realmente é um mito, e saber mais sobre alguns outros mitos que envolvem o nosso órgão mais fascinante, recomendo a leitura do maior sucesso até hoje aqui do blog, a matéria sobre os Mitos do Cérebro Humano:
Lembrem-se, quanto mais conhecemos sobre o funcionamento do nosso cérebro, melhor uso fazemos do mesmo, o que pode ser um grande diferencial para o rumo de nossas carreiras e também de nossas vidas!
Mas ok.
Bem interessante visualizar que o cérebro funciona sem uma de suas metades (e as características lógicas e criativas se mantém), desmascarando mais um neuromito.
Sabe o que esse vídeo mostra quando nos explica um pouco sobre o funcionamento do cérebro? Da magnífica capacidade do nosso cérebro se adaptar, funcionar de novas maneiras, se reinventar, se reconectar.
Isso é muito parecido com o caso das pessoas que conseguem recuperar todas suas funções motoras e sensitivas após um AVC (dependendo da extensão do mesmo e, consequentemente, da quantidade de tecido nervoso atingida), de sentirmos um membro após a amputação, de conseguirmos lidar com uma doença gravíssima como o transtorno depressivo maior.
Se pararmos para analisar com um pouco mais de carinho, e olhar pelo lado do copo meio cheio, saímos sempre mais fortes depois dos estresses.
Vocês lembram de como chamamos esse processo de adaptação do cérebro e seu funcionamento, de acordo com os estímulos que ele recebe?
Sim, Plasticidade Neural.
Em alguns momentos falei para vocês que tudo é fruto de um plantio.
Que estimular o cérebro constantemente, aprendendo novas coisas, vai gerar um resultado daqui 30, 40 anos, podendo inclusive prevenir ou pelo menos atrasar bastante o surgimento de uma doença neurodegenerativa, como o Alzheimer.
Que nos alimentarmos extremamente mal, optarmos sempre pelo bom e velho sofá, levar uma vida combinando obesidade e sedentarismo, outro resultado surgirá, um cérebro bem menos saudável, de acordo com as últimas pesquisas.
Falamos do cérebro, mas serve para o coração, para o fígado, para a imunidade, para os pulmões. Nosso corpo, assim como os dois hemisférios do nosso cérebro, trabalham em conjunto, funcionam de forma harmoniosa, para poder funcionar com saúde e harmonia.
Mesmo serve para nossos hábitos, que são criados após repetirmos constantemente determinadas atitudes/experiências... O nosso cérebro aprende através de novas sinapses, quanto mais repetimos alguma coisa, mais as sinapses se fortalecem e se criam, criando novos caminhos para essa informação ser acessada. Até que as coisas comecem a acontecer no automático.
Para entenderem melhor esse conceito de adaptabilidade do nosso cérebro e como nossas escolhas podem influenciar em seu funcionamento e em nossas capacidades cognitivas (como nossa atenção e nossa memória, por exemplo), vamos assistir o vídeo que explica a relação dos exercícios físicos com o funcionamento do nosso cérebro:
Conseguiram visualizar um pouco melhor como nosso cérebro/encéfalo funciona, como não temos controle, mas temos todas as ferramentas necessárias para mudar o rumo de nossas vidas? Junte a tudo isso a nossa gigantesca capacidade de aprender.
Mas vamos lá, vamos ver se vocês entenderam mesmo.
Responda, individualmente, nos comentários:
- Defina plasticidade neural.
- Qual a importância da plasticidade neural para seu curso?
- Agora, seja sincero: pensando em sua rotina diária habitual, você faz mais escolhas que colaboram com o funcionamento do seu cérebro ou que prejudicam o mesmo? Cite um exemplo de cada.
continuando nosso curso de Neuroanatomia, hoje vamos falar um pouco sobre o Tronco Encefálico.
Esse resumo é baseado no capítulo 5 do Livro Neuroanatomia Funcional, do Machado.
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula espinhal e o diencéfalo, sendo ventral ao cerebelo.
É constituído por corpos de neurônios agrupados em núcleos, e por fibras nervosas que formam tratos, fascículos e lemniscos.
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que constituem os nervos cranianos, dos 12 nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico.
Observe a figura abaixo, que apresenta cortes em cada uma das estruturas do tronco encefálico (bulbo, ponte e mesencéfalo) e mostra claramente a diferença entre elas quando consideramos as regiões de substância cinzenta (núcleos) e as regiões de substância branca (fibras nervosas, em sua maioria mielínicas).
O tronco encefálico é formado por três estruturas, que, da posição mais caudal para a cranial são: bulbo, ponte e mesencéfalo. Podemos observar as três na figura abaixo:
Observem nas duas figuras abaixo, a vista anterior e a vista posterior do tronco encefálico. Ambas foram retiradas do aplicativo online do Atlas do Netter:
Hoje damos continuidade à nossa disciplina de Neuroanatomia, aprendendo um pouco sobre a anatomia do Cerebelo (um dos componentes do nosso encéfalo) e suas relações com a nossa motricidade.
Como o cerebelo influencia na manutenção do nosso equilíbrio? Você já ouviu falar de aprendizado motor? E a neuroanatomia de tudo isso? Onde o cerebelo se encontra, com quem se conecta?
Tudo isso esclareço nos próximos parágrafos, com um texto baseado no Livro Neuroanatomia Funcional, do Machado.
Situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, o cerebelo também participa da formação do IV ventrículo (teto).
Como podemos observar na figura que se segue:
Atlas de Anatomia - Aplicativo do Netter.
Observem as estruturas grifadas em vermelho (recomendo que vocês baixem ou pelo menos abram a imagem, para visualizar com zoom). Com esses destaques, nós conseguimos visualizar de uma forma mais clara a relação existente entre Cerebelo, Tronco Encefálico e o IV ventrículo. Além disso, vale ressaltar o papel do aqueduto do mesencéfalo, responsável por comunicar o terceiro e o quarto ventrículo.
O cerebelo repousa sobre a fossa cerebelar do crânio, e é separado do lobo occipital do cérebro por uma camada de dura-máter (meninge), conhecida como Tenda do Cerebelo.
Observem as figuras abaixo. A primeira, retirada do site Anatomia Online, mostra a base do crânio, observem a fossa cerebelar (na porção posterior do crânio). O que podemos ver com mais detalhes na figura do Netter, em seguida.
Fossa posterior do crânio e suas estruturas englobam as informações do parágrafo acima. A terceira, retirada do Atlas de Anatomia Patológica da Unicamp, mostra a tenda do cerebelo:
Após entendermos um pouco sobre as células que compõem nosso tecido nervoso e como os neurônios se comunicam (sinapses), entramos agora na parcela mais anatômica do Sistema nervoso, onde vamos explorar além dos componentes (medula, cérebro, nervos, bulbo...) a morfologia e também a função específica de cada estrutura.
Gosto de começar o estudo pela medula espinhal (ou espinal, mais utilizado entre meus colegas anatomistas), por conta de um motivo muito simples: sem a medula, o Sistema Nervoso Periférico (nervos, terminações nervosas) e o encéfalo seriam praticamente duas estruturas corporais sem qualquer tipo de comunicação.
Qual o problema?
Que não mais sentiríamos o mundo, pois se as informações não chegam ao cérebro ele não as interpreta e não nos "mostra" o que acontece à nossa volta. Além disso, o componente motor se perderia, porque não adianta as regiões motoras do córtex conversarem com o cerebelo para planejar um movimento, se a informação não chega aos músculos, que por sua vez não se contraem, e o movimento simplesmente não existe além da imaginação.
Até aqui ok, vocês já tinham entendido tudo isso. Como faremos então a nossa aula de hoje?
Para essa primeira aula de neuroanatomia, sobre Medula Espinhal, vamos utilizar o conceito de sala de aula invertida. Eu disponibilizarei o conteúdo, e vocês construíram o conhecimento inicial sobre o tema sozinhos, através de uma atividade guiada aqui nessa matéria.
Na semana que vem, discutiremos como foi o desenvolvimento desse conhecimento através dessa metodologia ativa e eu farei o fechamento explicando os tópicos principais sobre a medula.
É muito importante que vocês foquem na realização da tarefa pois vamos discutir, também, sobre como vocês aprenderam os conteúdos nas aulas tradicionais que tivemos até agora e nas aulas com metodologias ativas.
O objetivo é responder à questão: seriam as metodologias ativas indicadas para o estudo da neuroanatomia?
Dos três sites acima, o primeiro é para entender o conceito de mapa mental, tem uma ótima explicação e um vídeo curtinho sobre como fazer um mapa mental. Os dois últimos são ferramentas digitais onde vocês podem criar um mapa mental.
O mapa mental pode ser feito em grupos de até 5 pessoas, e deve ser enviado via e-mail.
Para finalizar e validar a atividade, deixem um comentário aqui nesta matéria que reflete a opinião do grupo sobre o exercício em questão. Vocês acharam uma forma viável de se obter um conhecimento básico sobre a neuroanatomia da medula espinhal?
Na aula de Neuroanatomia de hoje, aprenderemos um pouco sobre a Medula Espinhal (ou Espinal).
Esta aula é baseada no Capítulo 4 do Livro Neuroanatomia Funcional do Machado.
A palavra medula significa miolo, algo que se encontra dentro de uma estrutura, no caso a medula espinha é encontrada dentro da nossa coluna vertebral, mas existem outros tipos, como a medula óssea (no interior dos ossos).
A medula espinhal é uma massa de tecido nervoso, de formato cilindroide, contida dentro do canal vertebral. Em um homem adulto, chega a medir 45 centímetros.
Como podemos observar na figura abaixo, a medula é limitada cranialmente pelo bulbo, estrutura do tronco encefálico, ao nível do forame magno do crânio (osso occipital).