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domingo, 1 de junho de 2025

Neuroanatomofisiologia - Material para estudo

Boa noite, pessoal!

Montei essa publicação com todos os materiais do blog que podem ser úteis no estudo para o simulado e prova de vocês.


Estudem os links, mas lembrem-se da importância de estudar os slides, os materiais online disponíveis dentro da disciplina e o livro! Assim não tem erro, é 10,00 na certa!

Bons estudos!


1 - Introdução à Neuro:

https://plantandociencia.blogspot.com/2019/05/anatomia-do-sistema-nervoso.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/02/introducao-neuroanatomia.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/04/protecao-do-snc-meninges-e-liquor.html


2 - Tecido Nervoso e Sinapses Químicas:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/tecido-nervoso-i.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2021/03/tecido-nervoso-2-celulas-da-glia-e.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2021/03/sinapses-quimicas-20.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2019/03/o-que-acontece-com-os.html


3 - Medula Espinhal e Nervos Espinhais:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/10/medula-espinal-neuroanatomia-20.html


4 - Tronco Encefálico:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/11/tronco-encefalico-20.html


5 - Cerebelo e Motricidade:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/05/cerebelo-e-motricidade-20.html


Outros materiais que podem ajudar:

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/04/memoria-humana-caracteristicas.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2022/06/comer-com-os-olhos-reflexoes-sobre-o.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2023/03/alzheimer-menos-genetico-e-mais.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2023/05/resposta-ao-estresse.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2023/03/como-funciona-o-foco.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2019/04/como-funciona-nossa-atencao-e-nossa.html


Estudem, meu povo!
Não tem segredo!

domingo, 27 de abril de 2025

Optogenética segundo a Nature - vídeo

Boa noite, pessoal!

Seguindo o assunto da postagem anterior, segue um vídeo bem explicativo e simples de entender, baseado na escolha feita pela revista Nature em 2010.




Mágico, não?


Optogenética e doenças da mente e cérebro

Boa noite, pessoal!

Vocês já ouviram falar de optogenética?

A optogenética é uma técnica revolucionária que combina genética e óptica para controlar com precisão a atividade elétrica de neurônios específicos no cérebro, usando apenas luz. Ou seja, através da luz, cientistas conseguem ativar ou desativar neurônios e regiões cerebrais específicas.

Ela permite manipular neurônios geneticamente modificados para responder a estímulos luminosos, possibilitando o estudo detalhado de circuitos neurais e suas funções. Isso é possível devido ao uso de técnicas de biotecnologia, que alteram o DNA através de vetores ou outras metodologias, inserindo nos neurônios a serem estudados, genes de algas e outros organismos que conseguem transformar luz em energia elétrica.

A técnica foi eleita como a técnica do ano em 2010, pela revista Nature. E tem inúmeras aplicações dentro da neurociência, desde o conhecimento básico sobre neurônios ou grupos de neurônios e suas funções, assim como a aplicação clínica.

Mas, vamos entender um pouco mais sobre o potencial dessa técnica que já não é tão novinha, mas ainda surpreende pelo quão revolucionária é?


Aplicações Atuais:

1. Transtornos Psiquiátricos

Nos transtornos psiquiátricos, a optogenética fornece tanto informações que acrescentam de uma forma muito interessante o nosso conhecimento sobre as causas biológicas e as principais áreas cerebrais envolvidas, como permite novos caminhos que podem resultar em tratamentos cada vez mais eficazes. Imagina chegar a um nível de farmacologia onde o fármaco vai conseguir cumprir seu papel de tratar o transtorno, com a menor quantidade possível ou até mesmo sem efeitos colaterais, é fantástico.

  • Depressão: Estudos demonstraram que a estimulação optogenética do córtex pré-frontal medial pode induzir efeitos antidepressivos rápidos em modelos animais, sugerindo novas abordagens terapêuticas para esses transtornos

  • Esquizofrenia: Pesquisas indicam que a modulação de circuitos específicos no cérebro pode restaurar as oscilações gama e controlar os níveis de dopamina, que alteradas em pacientes com esquizofrenia, oferecendo caminhos para novos tratamentos mais eficazes e uma maior qualidade de vida dos pacientes.

  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): A optogenética tem sido usada para estudar circuitos cortico-estriatais envolvidos na formação de hábitos, proporcionando uma compreensão mais profunda dos mecanismos subjacentes ao TOC e oferecendo novas visões, também, sobre a formação e o tratamento de vícios e dependências.


2. Doenças Neurodegenerativas

Apesar de ter avançado bastante nos últimos anos, o tratamento de doenças neurodegenerativas ainda encontra barreiras a serem ultrapassadas. A optogenética também tem mostrado potencial no estudo e tratamento dessas doenças:

  • Doença de Alzheimer: Pesquisas indicam que a estimulação optogenética de vias neuronais específicas pode influenciar a deposição de placas de β-amiloide, um marcador da doença, oferecendo novas perspectivas para terapias.

  • Acidente Vascular Cerebral (AVC): Estudos demonstraram que a estimulação optogenética pode promover a recuperação funcional após um AVC, estimulando a atividade neuronal na região afetada e melhorando o desempenho motor. Efeito esse, diretamente relacionado ao processo de neuroplasticidade. Isso pode, inclusive, acelerar drasticamente a recuperação de funções e garantir um menor índice de sequelas.


Pesquisas muito interessantes na área estão sendo desenvolvidas nos seguintes centros:

  • Universidade de Stanford (EUA): Pioneira no desenvolvimento da optogenética, com o Dr. Karl Deisseroth liderando pesquisas inovadoras.

  • Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, EUA): Contribui significativamente para o avanço da optogenética, especialmente em aplicações neurológicas.

  • Universidade de Tóquio (Japão): Foca em pesquisas sobre doenças neurodegenerativas e transtornos psiquiátricos utilizando optogenética.

  • Universidade de Pequim (China): Destaca-se em estudos sobre a modulação de circuitos neurais em modelos animais.


Expectativas Futuras

  • Tratamentos Personalizados: Possibilidade de desenvolver terapias mais específicas e eficazes, modulando circuitos neurais diretamente envolvidos nas patologias.

  • Restauro de Funções Cognitivas: Potencial para restaurar funções cognitivas comprometidas, como memória e aprendizado, em doenças como Alzheimer.

  • Redução de Efeitos Colaterais: Abordagens mais precisas podem minimizar os efeitos adversos associados a tratamentos farmacológicos tradicionais.


Apesar dos avanços e potenciais da técnica, a optogenética encontra grandes barreiras para suas aplicações em seres humanos, sendo as principais: invasividade do procedimento, que envolveria alteração genética em humanos (terreno instável dentro de conceitos éticos, bioéticos e legais), além da inserção de fibra óptica para a parte da iluminação. Apesar de similaridades, os circuitos neurais humanos são bem mais complexos que os observados em ratos e camundongos. Alterar genes através de vetores virais, por exemplo, pode despertar uma resposta imune e causar diversos outros problemas. Além disso, ainda não existem técnicas 100% garantidas para inserir genes em neurônios e regiões específicas, o que poderia levar a uma gama de efeitos indesejados que os cientistas não conseguem prever atualmente.

As pesquisas, antes de serem aplicadas em humanos, devem ocorrer nos próximos anos e, provavelmente, décadas. Porém, as expectativas são altas e as aplicações infinitas. Observaremos juntos os novos passos.

Boa semana para todos!

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Material para estudo - Neuroanatomofisiologia

Boa tarde, meus caros.
Como combinado, segue uma lista com as principais matérias do blog relacionadas à nossa AV1, que acontece na semana que vem. 





4 - Medula Espinhal:

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Prazer, Neuroanatomofisiologia

Boa tarde pessoal,

Hoje sai a matéria de boas-vindas para a disciplina de neuroanatomofisiologia, na nossa segunda aula, rs.

Na primeira semana de aula fiz uma apresentação e discutimos assuntos variados sobre neurociência, desde alguns conceitos básicos de neuroanatomia e neurofisiologia, psicofármacos e até a paralisia do sono. Foi uma primeira conversa muito bacana, bem rica em conhecimento.

Tá, mas e agora?



Hoje, em nosso segundo encontro, vamos conversar um pouco sobre Tecido Nervoso e Sinapses. Que são dois temas básicos e tijolinhos fundamentais na construção do conhecimento dentro da disciplina.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Neuroanatomofisiologia - Atividade 1 - Tecido Nervoso e Sinapses

Boa tarde pessoal, tudo bem?

A matéria de hoje é uma atividade em sala realizada com as turmas de Neuroanatomofisiologia. 

Nossa segunda aula da disciplina é sobre alguns conceitos básicos do Sistema Nervoso Central, como o Tecido nervoso (neurônios e células da glia) e a comunicação nervosa (as famosas sinapses).

Após uma breve introdução, proponho a seguinte atividade para discussão em grupo:


1) Assistir o vídeo abaixo. um ted talk excelente sobre a Doença de Alzheimer:


ou pelo link:



2) Assistir os vídeos sobre memória, na sequência apresentada no link abaixo (notem que no link existe um artigo para a leitura, vocês podem ler esse artigo depois, não precisa para a atividade atual - apenas os vídeos):

http://plantandociencia.blogspot.com/2021/04/memoria-videos-que-valem-o-tempo.html


Depois de assistir os vídeos e refletir um pouco sobre os temas apresentados, vem a verdadeira atividade:


3) Discutir entre os participantes do grupo e responder nos comentários, ao final da matéria:

- Qual a relação entre neurônios e células da glia no desenvolvimento da Doença de Alzheimer?

- Qual a melhor alternativa apresentada como prevenção para o Alzheimer?

- Explique a relação entre emoções e memórias, e também qual a célula do tecido nervoso envolvida nesse processo.


As três respostas acima devem ser postadas nos comentários ao final desta matéria, logo aqui embaixo. A identificação da turma (não precisa do nome dos envolvidos) deve ser o número da sala em que o grupo se encontra na aula (sala 1, 2...).

Após encerrada essa primeira parte, escolham 1 assunto dos vídeos apresentados que mais chamou a atenção de vocês, para discutirmos em sala de aula (sim, um dos membros do grupo precisarão abrir o microfone e falar comigo).


Recapitulando o que vocês precisam fazer:

1 - assistir aos vídeos, tanto o ted talk aqui da matéria quanto os vídeos sobre memória (link disponível no tópico 2).

2 - discutir em grupo as ideias principais, respondendo as questões apresentadas nesta matéria (tópico 3). As respostas devem ser postadas nos comentários dessa matéria, a turma deve se identificar com o número da sala (1, 2, 3...).

3 - escolher um ponto de comum interesse entre os membros do grupo, apresentado em qualquer um dos vídeos, para discussão em sala, comigo (um dos membros do grupo deve abrir o microfone para falar).


Só isso pessoal, nosso primeiro ponto da avaliação 1.

Espero que gostem!

terça-feira, 9 de março de 2021

Atividade Neuroanatomia - Neurônios e Células da Glia na doença de Alzheimer

Boa noite pessoal,

A atividade proposta nesta matéria é a seguinte:


Passo número 1:

Assistir o vídeo abaixo:



Passo número 2:

Após assistir a essa excelente palestra, reflita sobre os tópicos abaixo:

- o Alzheimer é a principal causa de demência no Brasil, sendo que as estimativas apontam para mais de um milhão de casos atualmente no país;
- o Sono, ou melhor, a qualidade e a quantidade de horas dormidas consegue influenciar diretamente no acúmulo das placas beta-amiloides (sim, eu consigo visualizar a expressão de vocês associando esta informação ao fato de estar, a muito tempo, com "sono atrasado").
- Não existem medicamentos que curam a doença, mas existem medicamentos e abordagens, como a psicológica, que servem como paliativos, retardando a evolução da doença e aumentando a qualidade de vida do paciente.
- Muito importante falar dos cuidados necessários ao paciente, visto que a doença é neurodegenerativa e progressiva, assim, os sintomas vão piorando ao longo do tempo, e a pessoa passa a depender de um cuidador para tudo.
- A família do paciente com Alzheimer necessita de um acompanhamento psicológico. É muito difícil ver uma pessoa amada piorando, perdendo suas funções. É triste, desgastante, difícil, por isso o suporte psicológico é essencial.
- Muitos relatos apontam que, um dos momentos mais difíceis, é quando o filho precisa assumir o papel de pai, e cuidar de um pai/mãe ou avô/avó doente.


Passo número 3:

Responder as questões abaixo, individualmente ou em grupo, postando a resposta com o nome nos comentários ao final da matéria:

1) Como não existe um medicamento para tratar a doença, a alternativa mais viável atualmente é a prevenção. Explique o papel da plasticidade neural como alternativa para a prevenção da doença de Alzheimer (explique o que é plasticidade, qual a relação dela com o aprendizado constante citado no vídeo...).

2) Explique a relação entre Neurônios e Micróglias no começo do desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Pronto pessoal.
Com essa atividade consigo mais informações de como vocês estão entendendo o conteúdo apresentado até agora, além de entender um pouco mais da relação de vocês com a neurociência. Ambos os parâmetros servem para entender e adequar minhas aulas para que possamos aprender mais e mais sobre a neuroanatomia e sobre as magníficas funções do nosso sistema nervoso como um todo.

Boas reflexões e boa atividade.
 

Tecido Nervoso 2 - Células da Glia e Alzheimer

Boa tarde pessoal, tudo bem?

Semana passada aprendemos um pouco sobre o Tecido Nervoso, mas como a discussão em aula rendeu bastante, acabamos falando só dos neurônios e seus principais componentes: Corpo Celular, Dendritos (e seus espinhos, relacionados à plasticidade neural) e o Axônio (que possui a bainha de mielina e sua terminação é conhecida como terminal sináptico.




Mas, nem só de neurônios é feito nosso tecido nervoso. Temos também as famosas células da glia, que são compostas, principalmente, pelos Astrócitos, pelos Oligodendrócitos e pelas Micróglias.

Resumidamente, os Astrócitos participam da Barreira hemato-encefálica, uma barreira que ajuda a selecionar quem pode e quem não pode entrar no nosso cérebro (toxinas, nutrientes, substâncias psicoativas...). Logo, os astrócitos sempre foram relacionados à "alimentação" do neurônio.

Os Oligodendrócitos produzem a famosa camada de gordura que reveste os axônios dos neurônios, a bainha de mielina. Para quem não teve Fisiologia e não tem ideia do para que serve a bainha de mielina, o GIF abaixo pode ser bem revelador:




Para vocês terem uma noção da importância da bainha de mielina para a velocidade de transmissão do impulso nervoso, a esclerose múltipla, doença neurodegenerativa muito conhecida, é resultado da destruição da bainha de mielina dos neurônios pelo nosso próprio sistema imunológico. Ou seja, nossas células de defesa passam a atacar o revestimento dos axônios, conforme isso se agrava, vão surgindo os sintomas da doença, como a piora progressiva nas habilidades motoras, dentre diversos outros.


Por último, mas não menos importante, temos as Micróglias, as células da glia responsáveis pela limpeza do tecido nervoso. Elas destroem restos celulares, corpos estranhos, e ajudam inclusive na limpeza das sinapses, locais onde um neurônio passa informação para o outro. 


Por conta das funções discutidas, as células da glia foram vistas por muito tempo como meras coadjuvantes, servindo ao rei Neurônio. Mas centenas de pesquisas dos últimos anos vem mostrando que essas células tem diversas outras funções cruciais para o bom funcionamento do nosso tecido nervoso, e, inclusive, o mau funcionamento dessas células está associado a diversas doenças graves do sistema nervoso, como o Alzheimer, por exemplo.

Para entender mais dessas funções e ter contato com algumas pesquisas científicas recentes, aconselho que volte à leitura do Tecido Nervoso, onde expliquei com mais detalhes as funções dos neurônios e das células da glia:

http://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/tecido-nervoso-i.html


Bons estudos pessoal!

terça-feira, 2 de março de 2021

Tecido Nervoso - Neuroanatomia

Boa tarde pessoal,
Continuando nosso curso de Neuroanatomia, hoje vamos aprender um pouco mais sobre as células que constituem o nosso Sistema Nervoso.

Quando falamos em tecido nervoso, a primeira imagem que surge da nossa memória é a de um neurônio, a célula mais conhecida dentre as células que compõem, por exemplo, o nosso cérebro.



Tudo bem, entendo o porque disso.
Os neurônios são as células mais estudadas e também tem as funções mais fascinantes, como estar envolvido na formação de nossas memórias (e consequentemente no nosso processo de aprendizado), na nossa atenção, em todas as nossas capacidades cognitivas, dentre diversas outras funções super descoladas dessa célula nervosa.

Mas, a um bom tempo já sabemos que quem ajuda na manutenção de todas essas características, por estarem diretamente relacionadas à saúde dos neurônios e do nosso Sistema nervoso como um todo, são as famosas Células da Glia.



Apesar dos seis tipos mostrados na figura, estudaremos 4, três do Sistema nervoso central (SNC), que são os astrócitos, oligodendrócitos e as micróglias e uma do Sistema nervoso periférico (SNP) que é a células de Schwann.

Hoje já sabemos, devido a inúmeras pesquisas que aconteceram nas duas últimas décadas, que as células da glia possuem papéis cruciais no desenvolvimento e avanço de algumas doenças, como a relação entre as micróglias e o Alzheimer, por exemplo.

Quer entender mais sobre os papéis de cada uma dessas células e entender um pouco mais sobre como funciona o nosso Sistema nervoso? É só clicar no link abaixo:


Bons estudos pessoal!

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Alzheimer - estímulos certeiros resgatam memórias motoras

Boa tarde pessoal,

em muitos momentos ao longos das disciplinas de neurociências nós conversamos um pouco sobre a doença de Alzheimer.



Contei um pouco sobre as possíveis causas, sobre o que acontece na sinapses para desencadear a inflamação que leva à morte neuronal, dentre outras características.

Porém, uma das coisas que conversamos pode ser vista no vídeo de uma senhora com Alzheimer avançado repetir alguns movimentos de ballet de quando era mais nova. Vocês lembram que as memórias antigas são as que podem permanecer intactas em estágios avançados de Alzheimer?

Neste caso do vídeo, ouvindo a música as memórias motoras de décadas atrás foram ativadas e os movimentos repetidos. É fantástico, simplesmente.

Podemos pensar em outros gatilhos, tentando, talvez, lampejos de lucidez? Os caminhos e as possibilidades são inúmeros.

As pesquisas são feitas por um grupo dos Estados Unidos que estudam o efeito da música em doenças neurodegenerativas e também em casos de demênica.

Mas, a matéria que segue é comentada pelo Miguel Nicolelis, o que por si só já valeria a pena:


https://g1.globo.com/bemestar/viva-voce/noticia/2020/11/12/video-de-ex-bailarina-com-alzheimer-mostra-resiliencia-da-mente-humana-diz-neurocientista-miguel-nicolelis.ghtml


Agora, o vídeo:




Gente, é simplesmente sensacional. Como é complexo o processo de armazenamento das memórias de longo prazo do nosso encéfalo. Imagine nessa caso, com diversas regiões cerebrais afetadas, com capacidades cognitivas e motoras já comprometidas, a música serve como um gatilho para o movimento, o som serve como gatilho para uma coreografia aprendida décadas antes. É fantástico, não tem outra definição.


Reflitam!

=)

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Tecido Nervoso

Boa tarde pessoal,

Caminhando pelas matérias de Neurociência aqui no blog, vocês encontram em várias delas o termo Tecido Nervoso, com informações tanto dos neurônios quanto das células da glia. Mas não existia até então uma matéria exclusiva sobre o tema.

Como é muito importante que entendamos o tecido nervoso para conseguir entender as funções mais complexas do nosso cérebro, como as cognitivas, vou logo fazer duas matérias sobre essas células que compõem nosso Sistema nervoso.

Esta, a primeira, é baseada no capítulo de Células da Glia do livro Ilustrações Médica Netter - Volume 7 - Parte 1.

Fonte: Coleção Netter de Ilustrações médicas - Volume 7 - Parte 1.

As células da glia são um grupo de células que colaboram diretamente para a manutenção da vida e do bom funcionamento dos nossos neurônios. Esse grupo é composto pelos Astrócitos, pelos Oligodendrócitos e pelas Micróglias, tradicionalmente. Porém, livros e artigos mais recentes acrescentam ao grupo as células ependimárias e as células de Schwan (SNP).

Os astrócitos são as células mais conhecidas e mais numerosas dentre as neuróglias, sendo um dos constituintes da famosa barreira hematoencefálica, colaborando com o isolamento dos neurônios de possíveis substâncias nocivas presentes em nossa circulação (ou seja, a barreira atua como um filtro, selecionando muito bem o que entra em nosso tecido nervoso a partir da circulação sanguínea).



Por muito tempo, poucos sabíamos sobre as funções dos Astrócitos, mas nos últimos anos as descobertas científicas vêm mostrando que eles são de extrema importância para o bom funcionamento do nosso sistema nervoso, inclusive para as funções cognitivas.

Um papel já bem conhecido dessas neuróglias é o de "abraçar" as sinapses químicas, garantindo um isolamento eficaz da comunicação nervosa, como vocês podem observar na figura abaixo:

domingo, 10 de março de 2019

Câncer de Boca

Câncer Bucal – tumor maligno

Também conhecido como carcinoma espinocelular.

Mata quase 6 mil pessoas por ano no Brasil e mais de 14 mil casos são diagnosticador (2018 - INCA e SIM - 2015). Cerca de 79% dos casos de morte são em homens e 70% dos casos são diagnosticado em indivíduos com idade superior a 50 anos. 

-Etiologia

- Fatores Extrínsecos: 
  • Tabaco : possui substâncias cancerígenas e a alta temperatura tem efeito local sobre as células da mucosa
  • Álcool : é um co-carcinógeno, ou seja, potencializa o efeito do tabaco (Seu efeito sistêmico diminui as defesas imunes).
  • Agentes Biológicos : HPV, Candida Albicans.
  • Radiação Ultravioleta : ultrapassa o epitélio, alcança o tecido conjuntivo e provoca alterações nesse tecido.

Figura 1:


- Fatores Intrínsecos
  • Anemia por deficiência de ferro: A diminuição dos níveis de ferro causa maior susceptibilidade na mucosa;
  • Desnutrição : diminui as defesas imunes; 
  • Imunossupressão: HIV, imunossupressores em transplantados;
  • Oncogenes : gene que codifica uma proteína e quando alterada, leva ao aparecimento de câncer. 
  • Genes supressores de tumores: seria um anti-oncogênico (Impede que a proteína se manifeste e leve ao aparecimento do tumor).

Quanto a localização:

Acomete preferencialmente e nessa ordem: 
  1. Lábios Inferior
  2. Borda Lateral Da Língua
  3. Assoalho Bucal

Figura 2:


A figura acima mostra uma lesão característica de pessoas que fumam. Notem que a lesão se encontra no local onde o fumante tem o hábito de deixar o cigarro na boca.

Quanto aos principais sinais e sintomas:

  1. Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias
  2. Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçada na língua, gengiva, palato e bochecha 
  3. Nódulos no pescoço 
  4. Rouquidão persistente 

Tratamento:

Quando o diagnóstico é realizado no início, 80% tem cura. Geralmente o tratamento envolve cirurgia oncológica e radioterapia 

Observação : TRAUMAS NÃO CAUSAM CÂNCER  E NOS SEUS ESTÁGIOS INICIAIS OS CÂNCERES NÃO DOEM.
  • Por isso que lesões assintomáticas que não cicatrizam após três semanas devem passar por biópsia.

Essa matéria foi escrita por minha esposa, Dra. Andreia Corte Vieira Damião. Cirurgiã-Dentista, Especialista em Ortodontia e Pós-graduada  em Função e Harmonização Facial. CROSP: 117852.


sábado, 19 de janeiro de 2019

Palestra TED sobre Alzheimer

Bom dia pessoal,

Bem provável que todos nós aqui presentes já convivemos com algum familiar ou conhecemos alguém que sucumbiu ao Alzheimer. 

Alzheimer, Doença de Alzheimer ou mesmo Mal de Alzheimer, algumas das diversas formas pela qual essa doença tão cruel é chamada. Marcada pela perda constante de memória, muitas vezes os sintomas são percebidos apenas quando a pessoa descobre que guardou a chave do carro no congelador, quando sai para ir na padaria que vai a 20 anos e se perde no caminho de volta para casa.

A doença é silenciosa, é progressiva, e atualmente não é uma batalha que possa ser vencida. Mas existem formas de evitarmos a mesma, e o conhecimento e os medicamentos atuais permitem uma melhora de qualidade de vida substancial para os pacientes.

Uma coisa que sempre falo na aula de Alzheimer para meus alunos da Psicologia ou da Biomedicina, NUNCA deixem de dar carinho e afeto para o paciente. Nos estados mais avançados da doença, a pessoa acometida não responde, pouco se movimenta, tem todas as suas faculdades cognitivas comprometidas, mas até nesse instante tão difícil e doloroso, NINGUÉM para de sentir o amor, ninguém para de sentir o carinho, o cuidado. Nunca se esqueçam disso. 

Lisa Genova, escritora renomada, fala um pouco sobre os conhecimentos mais recentes sobre essa doença. Selecionem a legenda em português (ou não) e apreciem essa palestra curta, de 14 minutos.