sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Neurociência da dor - Parte 1

Boa noite, pessoal!

Dor, todo mundo já sentiu, e por mais que não pareça, isso é ótimo. 

E, dentre outros fatores como o medo, foi a dor que permitiu que você chegasse até aqui, inteiro o suficiente para ler essa matéria.

Vamos discutir as funções biológicas da dor, importantíssimas para a sbrevivência e aprendizado da nossa espécie, mas também vamos entender como ela funciona no nosso cérebro e, trazendo dados atuais do Brasil, como uma enorme parcela da população vem sofrendo com dores crônicas, um dos grandes BOs atuais da medicina e de toda área da saúde, pois afeta drasticamente a qualidade de vida desses pacientes.

A primeira pergunta que talvez venha à sua cabeça é: "como algo tão desagradável pode ser tão útil, professor?"

Para entender isso, vamos falar sobre as funções da dor. Podemos dividir em quatro funções principais:

- Proteção imediata: já reparou como os estímulos nocivos geram respostas rapidamente? Mas vamos enxergar de uma forma mais científica, repare na estrutura de um nociceptor (um receptor de dor espalhado pelo nosso corpo):


Um estímulo nocivo ativa rapidamente um nociceptor, porque a resposta precisa ser rápida para evitar prejuízos grandes ao nosso corpo. Como o que acontece no reflexo de retirada, quando você encosta em algo muito quente e tira rapidamente a mão, quase que de forma involuntária, antes mesmo de sentir a queimadura. Ativando rapidamente o nociceptor, o estimulo nocivo faz com que a mensagem chegue rapidamente até à medula e, enquanto uma parte caminha para o encéfalo onde será "percebida a dor", outra parte ativa um neurôniozinho bem ligeiro que fica na medula, o interneurônio, que ao receber a informação de perigo já estimula ele mesmo os neurônios motores do mesmo nervo, fazendo com que tiremos a mão antes de sentir a dor. 

Assim, evitamos maiores estragos com a queimadura! 

Sensacional, né?

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Material Psicofisiologia - SM2

Boa noite, pessoal!


Mais uma madrugada produtiva para facilitar os estudos de vocês!

Quero ver muitos 10 em, então aproveitem os materiais citados aqui!

Lembrem-se que, na Metrocamp, todas as provas são cumulativas de conteúdo, então também terão questões relacionadas ao conteúdo 1. 
Porémmmm, o foco desse segundo simulado, incluindo as questões do modelo ENADE (uma dissertativa e uma objetiva), estão bem voltados para temas como o sistema límbico, principalmente o Hipocampo e a Amígdala, e suas respectivas funções!


Comecem pela matéria do Sistema Límbico acima, as outras farão mais sentido depois de entender funções básicas de Amígdala, Hipocampo e Córtex Pré-Frontal (sério, esse trio é fantástico, e basicamente atuam construindo o que somos e as decisões que tomamos).

A matéria aborda estruturas gerais do Sistema Límbico, mas foquem o estudo nas estruturas focados no texto. Amígdala e sua relação com emoções, perigo e até prazer. Interessante, pensando em prova e atuação clínica, entender o papel da Amígdala nos transtornos de Ansiedade. Algumas pesquisas mostraram Amígdalas trabalhando acima da média no Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e na Síndrome do Pânico. Gosto de brincar com os alunos, com um exemplo besta mas que faz bastante sentido, principalmente para quem já teve uma síndrome do pânico - imagina a resposta de Luta ou Fuga, como a taquicardia que sente depois de tomar um susto. Agora multiplica essa resposta por 100, essa é a Síndrome do pânico, que tem como base dos relatos o medo de estar tendo  um infarto ou alguma alteração cardíaca grave.

O Hipocampo nós discutimos bastante, mas eu, particularmente, adoro essa regiãozinha. Tanto que foi uma área que estudei nas três pesquisas que levam meu nome como autor principal na faculdade, iniciação científica, mestrado e doutorado. O Hipocampo é diretamente relacionado à nossa memória, e de uma forma muito interessante. 
Ele é o responsável por transformar as memórias de curto prazo que são importantes em memórias de longo prazo, lembrando que ele não armazena essas memórias de longo prazo, só ajuda na transferência delas para o córtex. Aha, as que não são importantes ele simplesmente deleta do nosso cérebro, como se nunca tivessem existido.
O que as torna importante para serem armazenadas? A atenção que prestamos nas experiências que vivemos (como nas aulas, fica a dica, rs) e a carga emocional da experiência. Carga emocional ativa a amígdala, que é vizinha anatômica do hipocampo, mostrando para ele que aquilo é muito importante e precisa ser armazenado para usar futuramente. Observe a figura para entender essa proximidade:


Na figura, a Amígdala está representada em vermelho, e parte do Hipocampo em verde. Assim, confirmamos que eles são literalmente vizinhos anatômicos. Quando uma experiência tem uma carga emocional grande, ou seja, nos faz sentir algo intenso, a Amígdala fica muito ativa, com seus neurônios trabalhando acima do normal. Essa animosidade toda passa para o Hipocampo, e isso serve como um sinal de que aquela experiência deve ser registrada com o máximo de detalhes possível. Sensacional, não?

Até a arquitetura do nosso cérebro foi bem pensada!

Porém, toda essa beleza se reflete no fato dos traumas, principalmente aqueles da infância, serem armazenados com tantos detalhes e muitas vezes permearem toda a vida da pessoa, caso não sejam trabalhados a nível de terapia!

O córtex pré-frontal deixo com vocês, mas ressalto nele o fato de que já estudamos Atenção e aprendizado, TDAH, dentre outros assuntos que são responsabilidade dessa região maravilhosa, que basicamente nos diferencia das demais espécies de animais.

Os materiais que complementam o estudo estão abaixo:





Agora, estudem!
Beijos e boa noite (02:45 aqui)

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Material Neuroanatomofisiologia - Simulado 2

Bom dia, pessoal.

O material de revisão hoje guia vocês no estudo para o Simulado 2.

Lembrem-se que, as avaliação são cumulativas, ou seja, o conteúdo que caiu na anterior, também cai nessa e na próxima. Acrescido dos conteúdos estudados após o Simulado 1.

Resumindo? Estudem tudo, rs.

O questionário de revisão já está disponível no sistema, como Revisão SM2, assim como o arquivo de cada aula. Complementando com o material do blog, é 10.00 na certa!

Começando bemmmm do comecinho, a matéria chamada "Prazer, Neuroanatomofisiologia", que aborda os conteúdos iniciais para a construção do conhecimento de Neurociência, desde uma breve descrição dos componentes e principais características do Sistema Nervoso (SN).

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Neuroanatomia do Cérebro

Boa noite, pessoal!

Finalmente, saiu a matéria sobre Neuroanatomia do Cérebro, a última que faltava!


Já exploramos uma boa parte do Sistema Nervoso, e começamos pela Medula Espinhal.e seus pares de nervos espinhais, onde entendemos o conceito de nervos mistos, aqueles que possuem fibras sensitivas, que levam as informações de um dos nossos principais sentidos, o Tato, para serem interpretadas pelo cérebro, assim sentimos o toque! E também possuem as fibras motoras, que enviam as informações derivadas do córtex motor para os nossos músculos estriados esqueléticos, responsáveis pelos nossos movimentos voluntários, como os que estou fazendo agora, com mãos e dedos, para escrever esse texto para vocês!

Da medula espinhal, subimos para as estruturas encefálicas, aquelas que são protegidas pélo nosso crânio, e começamos o estudo aqui pelo Tronco encefálico e seus três componentes, Bulbo (com suas funções vitais e não vitais), Ponte (com sua relação com a respiração mas também com o cerebelo, sendo a fonte de comunicação do cerebelo com o restante do sistema nervoso) e Mesencéfalo (com sua relação com a visão e audição, mas que focamos a discussão na substância negra e sua relação com a doença de Parkinson).

Por último, estudamos o Cerebelo e toda sua relação com a motricidade, seja na formação dos movimentos voluntários, onde atua no desenho deles junto ao córtex motor, e depois na execução junto com a medula espinhal. Vimos também seu papel na formação das memórias motoras, onde a repetição e aperfeiçoamento de movimentos gera um tipo de memória que é difícil de registrar, mas também muito difícil de se esquecer (lembra da história que depois que você aprende, você nunca mais esquece como se anda de bicicleta?) e finalizamos com sua relação com o equilíbrio (papel que atua junto com o labirinto do ouvido) e com a coordenação motora).

Agora chegou a hora dele, o cérebro humano!!!!

Na primeira aula, mostrei uma divisão do cérebro em Lobos, que divide ele em quatro porções: Lobo Frontal, Lobo Parietal, Lobo Temporal e Lobo Occipital! Uma divisão muito utilizada na anatomia, que vocês podem conferir abaixo:


segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Química da Mente: o que um exame de sangue pode nos contar sobre a saúde mental

Boa tarde, pessoal!

Essa matéria da início a uma nova série aqui no blog, que também estará disponível no instagran (@plantando_ciencia) e no youtube (vou postar os vídeos aqui também). Uma série que fala sobre a Química da mente, mais especificamente como fatores, como alguns nutricionais, que podem ser dosados em simples exames de sangue, nos contam e muito sobre a nossa saúde mental.


Quando pensei na palestra, que na minha opinião é de suma importância para os cursos da saúde, mas em especial para a Psicologia, não imaginei que gostaria tanto do tema. Sério, é sensacional, e mostra claramente como nossa saúde mental é afetada pelos nossos hábitos e nossa rotina diária, em especial a alimentar e a de sono.

Cada dia que passa, a cada novo estudo apresentado na comunidade científica, fica mais e mais claro que a dicotomia corpo e mente não existe. Sim, são coisas distintas, mas como brinco com meus alunos: o que está dentro do nosso crânio, o encéfalo, controla todo o corpo. Enquanto o corpo, com seus preciosos e magníficos órgãos, é o responsável por abastecer  e limpar todo nosso sistema nervoso, e, em especial, nosso cérebro, que demanda uma energia danada (pesquisas mostram que ele consome cerca de 20% da nossa energia diária).

Mas vamos lá, entender melhor como podemos utilizar as Análises clínicas para obter informações sobre a saúde mental (e já aproveitando, check ups, pelo menos uma vez ao ano, são fundamentais para avaliar como está nosso organismo e, também, descobrir doenças ou alterações que podem levar a elas logo no início, o que melhora drasticamente o prognóstico),

Para começar a reflexão, lanço duas perguntas para já começar a fazer a cabeça de vocês ferver, rs:
1 - Como posso utilizar as análises clínicas (através do sangue) para procurar ou entender sintomas relacionados à saúde mental? Será que são parâmetros fáceis de se analisar?
2 - Por que um psicólogo deveria conhecer a biologia do seu paciente logo no início do processo terapêutico? Como isso poderia impactar o andamento desse tratamento?

Ao final das matérias dessa nova série, vocês serão capazes de responder essas perguntas (eu espero, rs).

Um exemplo para finalizar a introdução desse material:
Paciente TTSD, 59 anos, começou apresentar déficits de memória e confusão mental, sintomas nunca percebidos antes, nem pela família, nem pela paciente. O quadro parecia bastante com um início de Alzheimer.
Ao consultar o neuro, o mesmo pediu exames de imagem para verificar com precisão e também diversos exames de sangue, para fazer uma análise geral da paciente.
Ao saírem os resultados, observou-se que não existia qualquer indício de doença neurológica iminente (foi investigado principalmente devido a casos de doenças neurodegenerativas na família), porém, quando fizeram uma análise mais minuciosa do sangue da paciente, descobriram valores extremamente baixos de Vitamina B12.
E, para nossa surpresa na época, deficiência de vitamina B12 pode causar confusão mental, déficit cognitivo, problemas de atenção e memória, basicamente todos os sintomas apresentados.
Feita a reposição de Vitamina B12, o quadro da paciente apresentou uma melhora expressiva até o completo sumiço dos sintomas!

Uma vitamina, um enorme transtorno!

Analisando de outra forma, tudo isso foi feito rapidamente devido a um plano de saúde. Pensando no SUS, investigar primeiro os parâmetros sanguíneos torna o processo mais barato e mais rápido, e, caso o sangue não mostre alterações, ai partiríamos para o diagnóstico de imagem. Imagina o tamanho da economia quando inúmeros, provavelmente milhares de pacientes conseguirem um diagnóstico e, consequentemente, o devido tratamento, apenas com um exame de sangue!

É o tipo de conhecimento e possíveis políticas públicas onde todo mundo ganha.

Mas, por hoje é só pessoal!
Boas reflexões e até logo!!!

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Memória Interoceptiva: já ouviu falar?

Memória Interoceptiva

A memória interoceptiva refere-se à capacidade de se formar memórias sobre informações relacionadas às sensações internas do corpo, tais como batimentos cardíacos, ritmos respiratórios, fome, saciedade, temperatura corporal, dor e desconforto físico, por exemplo.

Está intimamente relacionada à interocepção, que é o processamento contínuo dos sinais fisiológicos internos para manutenção da homeostase.

Esse tipo de memória tem uma base adaptativa muito interessante, como, por exemplo, permitir que o organismo aprenda a reconhecer estados internos e associá-los a contextos externos, assim, guiando nossos comportamentos. Um exemplo extremamente simples: beber água quando estamos com sede, e um outro exemplo, um pouco mais complexo, evitar situações que antes geraram um mal estar físico, como um lugar, uma pessoa… É sensacional!

Está diretamente relacionada às sensações corporais apresentadas durante episódios com grande carga emocional, ou seja, aquelas experiências que nos fazem sentir muita coisa, sejam elas coisas boas ou ruins.

Deixa eu colocar de outra forma, para esquentar ainda mais nossa discussão e fazer vocês refletirem sobre os impactos desse tipo de memória. A memória interoceptiva apresentas algumas características principais, expostas em três tópicos abaixo:

  • Aprendizagem corporal: liga sinais viscerais a emoções e contextos, criando “mapas” do que o corpo sentiu em certas situações – já leu algum material do Damásio? Se sim, provavelmente viu a teoria dos marcadores somáticos.

  • Reconsolidação: essas memórias podem ser reforçadas ou atualizadas quando estímulos semelhantes reaparecem.

  • Valência emocional forte: geralmente associada a emoções intensas, como medo ou prazer, o que aumenta sua durabilidade. Se unirmos a valência com a reconsolidação, será que esse tipo de memória não está associada à construção de vícios?

Mas e no dia a dia, onde podemos ver esse tipo de memória tão diferentona do que pensamos quando falamos em memória?

  • Decisões automáticas: escolher alimentos, regular o ritmo de atividades ou evitar ambientes quentes são influenciados por memórias de como o corpo reagiu antes, ou seja, boa parte das nossas escolhas diárias, até as mais banais, são influenciadas e até mesmo, em alguns casos, decididas pelas nossas memórias interoceptivas.

  • Regulação emocional: reconhecer que a aceleração cardíaca pode ser apenas excitação, e não ameaça, depende de memória interoceptiva bem calibrada. Aqui, a consciência corporal vai influenciar bastante, pois, quanto mais você conhecer e entender sobre o funcionamento do seu corpo, mais vai conseguir entender sobre o significado das alterações fisiológicas em determinadas situações.

Para discutir esse ponto da regulação emocional, cabe um exemplo que já tinha ouvido em relato de pessoas que sofrem com o transtorno, mas estudando esse tipo de memória se tornou mais claro para mim sobre o que realmente acontece. A síndrome do pânico judia muito de quem sofre com ela, seja psicologicamente, seja fisicamente. No começo, nas primeiras crises ou até se chegar ao diagnóstico, a sensação e a descrição do medo de um infarto ou algum problema cardíaco é comum. E faz total sentido, visto que a crise nada mais é do que uma resposta de luta ou fuga exacerbadíssima, muito intensa. Após entender algumas características da crise, memórias interoceptivas são criadas, e é ai que fica mais interessante a discussão: a memória interoceptiva faz com que sensações físicas neutras (ex.: aceleração cardíaca por exercício ou café) sejam lembradas como sinais de perigo. Essa “marca corporal” cria algo que podemos chamar de hipersensibilidade interoceptiva, ou seja, a pessoa percebe variações fisiológicas sutis e as interpreta como prenúncio de nova crise (“vai acontecer de novo”). É um mecanismo de condicionamento clássico: o corpo aprende a associar taquicardia, tontura ou falta de ar ao episódio de pânico anterior.

Resumindo, nosso corpo aprende com as experiências. As mesmas experiências que formam nossas memórias declarativas, que constroem a nossa história e quem somos, também criam memórias interoceptivas, que vão nos ajudar a tomar decisões mais rápidas no dia a dia, repetir o que gerou prazer no nosso corpo (ponto interessantíssimo para discutirmos nas matérias sobre drogas que virão), a evitar situações onde foi gerado desconforto, medo e sensações ruins.

O tema é interessantíssimo, confesso que novo para mim, então vou continuar estudando e trazendo novidades.

O fato é, nosso cérebro é absurdamente incrível, neurociência é vida!

Se quiserem se aprofundar no tema, recomendo as seguintes referências:


Referências

  • Craig, A. D. (2002). How do you feel? Interoception: the sense of the physiological condition of the body. Nature Reviews Neuroscience, 3(8), 655–666.

  • Critchley, H. D., & Harrison, N. A. (2013). Visceral Influences on Brain and Behavior. Neuron, 77(4), 624–638.

  • Paulus, M. P., & Stein, M. B. (2010). Interoception in anxiety and depression. Brain Structure and Function, 214(5-6), 451–463.

  • Khalsa, S. S., et al. (2015). Interoception and Mental Health: A Roadmap. Biological Psychiatry: Cognitive Neuroscience and Neuroimaging, 3(6), 501–513.

  • Pollatos, O., et al. (2008). Reduced perception of bodily signals in anorexia nervosa. Eating Behaviors, 9(4), 381–388.

  • Damasio, A. (1996). O erro de Descartes: Emoção, razão e o cérebro humano. Companhia das Letras.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Quais os próximos passos por aqui? Ou, o que esperar nas próximas semanas

 Quando olho o retrospecto do blog, percebo o quanto o ano de 2021 mudou muitas coisas na minha vida.

Perder meu pai, um dos pilares que sempre tive, mudou absolutamente tudo, e pouco a pouco foi alterando minha rotina, meus hábitos, minha escrita... É notável, pelo número de publicações dos anos seguintes, como fui pouco a pouco me distanciando das coisas que mais gostava de fazer.

Fui entendo, apesar de ainda estar digerindo, o quão complexo é o luto, e lidar com ele mexeu com tudo em minha vida, desde a forma de pensar, agir, no autocuidado e principalmente, nas escolhas financeiras, que foram totalmente duvidosas desse ponto para frente.

Quatro anos se passaram e, apesar de ainda não aceitar muito bem o fato, encontrei uma pessoa que conseguiu mexer profundamente comigo, principalmente com a forma de enxergar a vida. Por ter uma visão mais doce, mais bonita, e com muito mais fé na humanidade, consegui resgatar coisas que perdi nos últimos anos, coisas que agora voltaram a fazer sentido, como a escrita e o desenvolvimento do blog!

Engraçado, eu que, por muito tempo, fui fã do Hank do Californication, entendi como uma musa pode trazer de volta a mágica da escrita, da rotina, da vida de uma forma geral. O que nunca tinha acontecido antes, aconteceu igualzinho no Californication, encontrei minha musa inspiradora!

Agora, mais próximo do professor que um dia fui, estou voltando com planos que a muito ficaram esquecidos, em meio a poeira, banhados em tristeza. Não teria como esses dois não serem os primeiros a tomar uma forma mais interessante e, finalmente, sairem do forno:

- Neurociência das drogas: sim, teremos as ilícitas, que to pensando em começar com cocaína ou maconha, mas também vamos falar de álcool, cigarro, café... No fim, é tudo droga!

- E a neurociência vista através do sangue, uma relação muito interessante traçada entre saúde mental e análises clínicas: como o fato da vitamina B12 causar uma demência parecida com os sintomas iniciais do Alzheimer, sabia disso? E tem muitoooo mais. 

Essa nova fase promete muita coisa, e já começa com uma palestra na segunda-feira, dia 06.

Vem coisa boa por ai, acompanhem!!!


terça-feira, 16 de setembro de 2025

Neuroanatomofisiologia - Links de Neuroanatomia

Boa noite, pessoal.

Dentro da discussão da disciplina, montamos uma ideia inicial sobre os componentes do Sistema Nervoso (SN), tanto da porção Central (SNC) quanto da porção Periférica (SNP),


Mais do que entender quais os componentes de cada uma delas, e focar a discussão apenas em nomes e estruturas, exploramos a relação entre as duas porções, focando no conceito de como o sistema nervoso periférico, através dos cinco sentidos, abastece o cérebro com experiências e informações, que permitem que o mesmo se desenvolva através da neuroplasticidade e se torne cada vez mais incrível, rico em um arsenal de memórias que nos permite enfrentar com mais tranquilidade e menos sofrimento os BOs que vão aparecendo em nosso dia a dia.

Claro, isso se fornecermos bons conteúdos para eles, desde livros, filmes, séries, boas amizades, boas aulas (como as minhas, espero, rs). Assim, conseguimos aumentar atenção, foco, criatividade, e garantir que o mesmo trabalhe com todo o seu potencial, que, por sinal, é incrível e pode criar maravilhas!

Para quem perdeu a discussão inicial, recomendo que comece os estudos pelos dois links abaixo, na ordem apresentada:

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/08/prazer-neuroanatomofisiologia.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/09/neuroanatomofisiologia-segunda-etapa.html

Estudando os materiais disponíveis nos links apontados acima, você consegue construir uma base interessantíssima de neurociência, e da relação do cérebro com o meio ambiente e os demais componentes do SNC e do SNP, é incrível a forma como nosso Sistema Nervoso funciona.

A partir desse conhecimento inicial, nós começamos, em sala de aula, explorar a Neuroanatomia dos componentes do Sistema Nervoso, e, na ordem apresentada nos links, falamos de Medula Espinhal, Tronco Encefálico (a primeira estrutura encefálica estudada), falaremos em breve sobre Cerebelo e sua relação com a Motricidade, e depois seguiremos para o mais incrível dos componentes encefálicos, o Cérebro.

Agora, um pouco mais de Anatomia e nomes, do que de função, mas sempre tentando misturar o máximo dos dois, para a discussão fazer mais e mais sentido a cada aula. Construir uma base neuroanatômica da disciplina permite que o pessoal da Psicologia enxergue o corpo de uma forma que não enxerga em nenhuma outra disciplina do curso, uma visão mais biológica do todo, do organismo por completo, visualizando e buscando entender como o corpo influencia a mente, e como a mente influencia o corpo. A saúde precisa ser total, pois está muito claro, nos dias atuais, que uma pessoa sem saúde mental não consegue aproveitar da melhor forma sua saúde física, e o contrário também é verdade.

Precisamos sempre ter claro que, a dualidade antiga, onde corpo e mente eram vistos como duas entidades separadas morando na mesma pessoa, já caiu por terra a muito tempo. Obrigado ciência por isso! 

Já para a Fisioterapia, conhecer em detalhes os componentes do Sistema Nervoso, a relação entre Central e Periférico, e as funções que abordamos, além das relação e características dos nervos espinhais e cranianos, permite desenvolver o restante do curso com uma qualidade muito maior, embasando conhecimentos de técnicas mais avançadas com uma base teórica bem mais interessante e completa.

Resumindo, Neuro é vida, rs. 

E se pensarmos nas funções, essa frase acima se torna literal, rs.

Mas, bora para os links que vocês precisam estudar um a um os componentes, suas características e as principais funções:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/10/medula-espinal-neuroanatomia-20.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/11/tronco-encefalico-20.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/05/cerebelo-e-motricidade-20.html

Descobri agora que o material sobre cérebro ainda precisa ser desenvolvido, tentarei fazer isso antes da AV, prometo (tentar)!

A base de neuroanatomia vai garantir, além de uma boa nota na prova, o conhecimento chave para explorarmos as funções e a neuroplasticidade na segunda metade da disciplina! Por isso, ESTUDEM!


Fisiologia - parte 3

Boa noite, pessoal!

Na disciplina de Fisiologia Humana, cada passo que damos a frente mostra que, literalmente, o buraco é mais embaixo. E bemmm mais, rs.

Depois de explorar os tópicos iniciais, e entender como as substâncias passam através da principal barreira do nosso corpo, a membrana celular, conseguimos utilizar esse conhecimento para entende um pouco sobre os potenciais de membrana.

Os potenciais de membrana são formados a partir do movimento das moléculas, principalmente íons, através da membrana celular, seja para dentro (influxo) ou para fora (efluxo) da célula. Dentre os quatro estudados, nós focamos mais no famoso Potencial de Ação, cujo gráfico é, sem dúvida alguma, uma questão tanto de simulado quanto de prova!


Para quem não entendeu nada desses parágrafos iniciais, recomendo ler os materiais abaixo, na ordem apresentada:

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/08/prazer-fisiologia-humana.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/09/fisiologia-humana-segundo-passo.html

Os tópicos iniciais nos permitem montar uma idéia muito clara: o cérebro funciona, assim como todo nosso sistema nervoso, com eletricidade, que aqui chamamos de impulso nervoso. E, o impulso nervoso só é passível de ser transmitido devido ao potencial de ação, característica exclusiva das células que conhecemos como excitáveis, que são os neurônios e os músculos do nosso corpo (liso, estriado e estriado cardíaco).

Depois de analisar e entender as etapas que envolvem o potencial de ação, além das características, como Estereoespecificidade, Resposta de Tudo ou Nada, dentre outras apresentadas, pulamos de vez para a Neurofisiologia, e aqui começou a discussão que eu realmente aprecio, rs.

Antes de qualquer coisa, para entender Neurofisiologia, é necessário entender quais as células compõem o nosso Sistema Nervoso e qual a relação e funções delas. Para isso, recomendo os materiais que seguem:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/tecido-nervoso-i.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2021/03/tecido-nervoso-2-celulas-da-glia-e.html

Psicofisiologia - segunda etapa

Boa tarde, pessoal!

A disciplina de Psicofisiologia começa com uma discussão sobre o funcionamento do organismo humano, abordando um conceito complexo mas extremamente necessário, o conceito de Homeostase. 

Para quem não leu a primeira parte, a matéria "Prazer, Psicofisiologia", recomendo que comece por ela, pois existem pontos e discussões essenciais para o bom entendimento dessa matéria que conversamos agora:

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/08/prazer-psicofisiologia.html#more

Quando pensamos na fisiologia por trás da regulação das nossas funções vitais, ou seja, do que acontece e é necessário se manter para que nosso corpo continue vivo, nossa atenção acaba se voltando para o Sistema Nervoso. E esse pensamento está correto, visto que o SN  é o principal sistema de controle das nossas funções corporais. Porém, ele não trabalha sozinho, e o Sistema Endócrino é um dos grandes sistemas envolvidos também no controle de nossa Fisiologia corporal.


Podemos considerar que, Sistema Nervoso e o Sistema Endócrino são os dois principais sistemas de controle e regulação do organismo humano! Ou seja, os principais sistemas por trás da manutenção do equilíbrio dinâmico, que ali em cima denominamos de Homeostase.

O fato é, dentre todos os mecanismos envolvidos na regulação do bom funcionamento do corpo humano, existe o mecanismo da fome e da sede. 
A fome fisiológica, sabe? Aquela com sensação de fome, que nos faz buscar alimentos, ou melhor dizendo, energia para manter essa máquina tão complexa funcionando da forma correta.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Fisiologia Humana: segunda etapa

Boa noite, pessoal!

Continuando os estudos dentro da disciplina de Fisiologia Humana, agora adentramos nos terrenos da Neurofisiologia, tão complexa quanto interessante. 

Mas, espera! Se você chegou agora, perdido, é melhor começar pela matéria: Prazer, Fisiologia Humana, que você consegue acessar no link abaixo:

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/08/prazer-fisiologia-humana.html



Depois de entender como o LEC colabora com o processo de homeostase, como nosso corpo sempre busca se adaptar aos estressores vindos do ambiente, e em seguida, observar como é a estrutura e quais as funções da Membrana Celular, agora vamos um pouco mais afundo, analisando como as substâncias atravessam nossas membranas e permitem a criação dos potenciais de membrana, essenciais para entender como o sistema nervoso funciona e regula todo o funcionamento do nosso organismo.

O primeiro a gente nunca esquece!

Boa noite, pessoal!

Finalmente, depois de anos e centenas de matérias escritas, gravei o primeiro vídeo dedicado exclusivamente ao blog.

Sem cenário, sem planejamento, sem script, um vídeo original e que acabou ficando mais engraçado. Detalhe, reparem no braço direito mexendo constantemente, estava fazendo carinho no Damiãozinho, talvez o cachorro mais carente já visto!

Um vídeo extremamente simples, mas o passo inicial de um novo momento na história do Plantando Ciência. Passou da hora de fazer o que eu realmente gosto de fazer, ensinar como funciona o cérebro!


E, pela prévia aqui, a baixíssima qualidade me obrigará a postar os próximos primeiro no Youtube, depois aqui, rs.

Seguimos!

domingo, 7 de setembro de 2025

Neuroanatomofisiologia: segunda etapa

Boa noite, pessoal!

Para quem está na disciplina de neuroanatomia, mas chegou agora no blog, recomendo começar pela leitura da matéria: Prazer, Neuroanatomofisiologia:

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/08/prazer-neuroanatomofisiologia.html

Agora, no segundo degrauzinho da disciplina, vamos focar a discussão nos componentes do cérebro e do sistema nervoso, células que, em conjunto, formam o Tecido Nervoso, e também na comunicação entre os neurônios ou entre os neurônios e outras células, como os músculos esqueléticos. Conexões essas que chamamos de Sinapses!


Se pegarmos um cérebro humano, e transformarmos ele em uma lâmina, com cortes bem fininhos e uma coloração que ajude a mostrar o tecido nervoso, enxergaremos, basicamente: Neurônios e as Neurógilias (também conhecidas como células da Glia). 

Sobre viver no presente

Boa noite, meu povo!

Algumas aulas, alguns episódios, nos fazem parar e refletir.

Sexta foi um desses dias, e vou explicar o que aconteceu e qual a reflexão resultante:

Durante uma excelente discussão com a turma de Psicofisiologia sobre o tema Atenção, estava falando com os alunos sobre o fato de aproveitarmos muito pouco todo o potencial dos nossos cinco sentidos. passando os dias focados apenas na visão e na audição, principalmente se considerarmos o tempo que passamos aleatoriamente em redes sociais.

Ao meu ver, isso gera dois problemas principais: empobrecimento do desenvolvimento do nosso cérebro, porque ele se desenvolve recebendo informações dos cinco sentidos, assim, deixamos de estimular com amis qualidade nosso órgão mais incrível. Segundo ponto, viver no automático. Isso sim, é o real ponto triste dos dias atuais. 

Viver no automático, sem sentir e prestar atenção às experiências, sem estar presente no AGORA, faz com que não aproveitemos da forma devida nosso bem mais precioso e mais FINITO, o tempo!

Qual foi a última vez que você sentiu o real sabor do que estava comendo? E o cheiro? Sabe aquele cheirinho delicioso quando estamos cozinhando? Qual foi a última vez que você comeu sem estar focado no celular ou na televisão, ou seja, qual a última vez que comeu sem assistir algo? Perceba que, em todos os exemplos, apesar de falarmos exclusivamente do paladar, serve para todos os sentidos e para todas as experiências! Estamos aproveitando pouquíssimo do presente, pois vivemos remoendo o passado (que por sinal, nada podemos mudar ou fazer sobre) ou com medo e inseguros (ansiosos), quanto ao futuro (que esse, não sabemos nem se vai existir!).

domingo, 31 de agosto de 2025

Prazer, Psicofisiologia

Boa tarde, pessoal!

Atrasei um pouco, mas aqui está a matéria para darmos início à disciplina de Psicofisiologia.
Acho que, de longe, a minha disciplina favorita, até o momento, dentro da Neurociência.


Não é exatamente, mas podemos enxergar a Psicofisiologia como a continuação da Neuroanatomofisiologia.

Na primeira, entendemos quais são os componentes do magnífico Sistema Nervoso (SN), tanto da parte periférica (Sistema Nervoso Periférico - SNP), quanto da parte central (Sistema Nervoso Central - SNC). 

Agora, um degrauzinho acima dentro da Neurociência, exploramos funções pontuais, entendemos comportamentos, analisamos como o estresse, nossos sentimentos, nossa rotina e hábitos, influenciam diretamente nas nossas funções cognitivas, como na Atenção e na formação de memórias.

A disciplina começa entendendo alguns conceitos básicos da Fisiologia e a questão hormonal, lembrando que, junto ao Sistema Nervoso, o Sistema Endócrino é o principal regulador da fisiologia (funcionamento) do nosso organismo.

Um conceito importantíssimo é a Homeostase. Capacidade sensacional do nosso corpo sempre buscar se adaptar, independente das condições oferecidas pelo meio ambiente. A busca pela sobrevivência e a capacidade de adaptação do organismo humano são coisas fantásticas. É só pensar que ocupamos e habitamos desde desertos até regiões congeladas!

Para se aprofundar no assunto, recomendo os seguintes materiais aqui do blog:

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/02/introducao-neuroanatomia.html

http://plantandociencia.blogspot.com/2021/09/homeostase-e-alostase-como-o.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/05/documentario-o-fantastico-mundo-dos.html

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Prazer, Fisiologia Humana

Olá, pessoal!

Demos início à disciplina de Fisiologia Humana.

De longe, umas das disciplinas mais importantes entre as básicas da área da saúde. Logo, vamos estudar bastante, pois conhecer fisiologia vai influenciar drasticamente na sua formação profissional.

Entender fisiologia é basicamente entender como o corpo funciona, dentro dos parâmetros que consideramos como saudáveis. 

Lembra dos tecidos, órgãos e sistemas da Anatomia? Pois bem, agora vamos entender como eles funcionam. Mais um passo dentro da construção do conhecimento na área da saúde, independente de qual é o seu curso!

Agora no começo, para a disciplina fluir com mais facilidade, precisamos entender alguns conceitos básicos:

- Por trás da fisiologia e do funcionamento do nosso corpo, estão as células. Existem trilhões, e bem diferentes morfologicamente e funcionalmente uma das outras. Porém, por trás das diferenças notáveis, todas as células funcionam da mesma forma, com os mesmos combustíveis, através das mesmas reações químicas e metabólicas.

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Prazer, Neuroanatomofisiologia

Oi pessoal, 

Sejam bem-vindos à disciplina de Neuroanatomofisiologia.


Eu sei, o nome por si só já assusta, mas eu tenho certeza que você vai gostar (e talvez me xingar em alguns momentos) ao longo dessa jornada magnífica sobre o cérebro. Além disso, vai terminar o semestre entendendo muito mais sobre o órgão mais incrível do corpo humano!

A disciplina está entre as mais fáceis? Não! rs

Mas a jornada vale muito a pena.

Eu sei que você já quer começar discutindo e estudando as funções cognitivas, os comportamentos, a formação de memórias e até mesmo os transtornos, como os transtornos de ansiedade e a depressão.

Mas aqui, preciso que confiem em mim: primeiro anatomia, depois fisiologia. Assim enxergaremos, juntos, muito mais longe sobre o funcionamento do cérebro e de todo sistema nervoso.

O primeiro passo é desmistificar algumas teorias que são quase crenças entre a população geral, e que passam uma visão errada sobre o funcionamento do cérebro. A essas crenças, damos o nome de Neuromitos:

https://plantandociencia.blogspot.com/2019/03/mitos-sobre-o-cerebro-humano.html

Após vencer os neuromitos, daremos os primeiros passos dentro da neuroanatomia propriamente dita, entendendo quais são os componentes que formam o sistema nervoso humana e vendo a primeira divisão anatômica, e talvez a mais básica e importante: Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). 

Essas e outras informações essenciais para o começo dos estudos, você encontra aqui:

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/02/introducao-neuroanatomia.html

E complementa com esse daqui, para entender direito como algo tão precioso, como nosso sistema nervoso, é protegido:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/04/protecao-do-snc-meninges-e-liquor.html


Para começar, é mais que o suficiente.
Teremos tempo para explorar com calma cada pedacinho e várias funções do Sistema Nervoso!

Bons estudos!


domingo, 1 de junho de 2025

Neuroanatomofisiologia - Material para estudo

Boa noite, pessoal!

Montei essa publicação com todos os materiais do blog que podem ser úteis no estudo para o simulado e prova de vocês.


Estudem os links, mas lembrem-se da importância de estudar os slides, os materiais online disponíveis dentro da disciplina e o livro! Assim não tem erro, é 10,00 na certa!

Bons estudos!


1 - Introdução à Neuro:

https://plantandociencia.blogspot.com/2019/05/anatomia-do-sistema-nervoso.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/02/introducao-neuroanatomia.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/04/protecao-do-snc-meninges-e-liquor.html


2 - Tecido Nervoso e Sinapses Químicas:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/tecido-nervoso-i.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2021/03/tecido-nervoso-2-celulas-da-glia-e.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2021/03/sinapses-quimicas-20.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2019/03/o-que-acontece-com-os.html


3 - Medula Espinhal e Nervos Espinhais:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/10/medula-espinal-neuroanatomia-20.html


4 - Tronco Encefálico:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/11/tronco-encefalico-20.html


5 - Cerebelo e Motricidade:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/05/cerebelo-e-motricidade-20.html


Outros materiais que podem ajudar:

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/04/memoria-humana-caracteristicas.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2022/06/comer-com-os-olhos-reflexoes-sobre-o.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2023/03/alzheimer-menos-genetico-e-mais.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2023/05/resposta-ao-estresse.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2023/03/como-funciona-o-foco.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2019/04/como-funciona-nossa-atencao-e-nossa.html


Estudem, meu povo!
Não tem segredo!

Material de estudo - Farmacologia

Boa tarde, pessoal!

Chegando período de avaliações e, para ajudar no estudo de vocês, organizei esse material com todos os links da disciplina aqui do blog. 

Não se esqueçam que o material aqui é complementar, a leitura dos slides, material online disponível dentro da disciplina e o uso de livros, é essencial e fará total diferença no desempenho de vocês.

Bons estudos:


1 - Introdução à disciplina:

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/02/farmacologia-introducao.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/08/historia-da-farmacologia.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2025/03/formas-farmaceuticas-conceito-e.html


2 - Farmacocinética:

https://plantandociencia.blogspot.com/2021/08/farmacologia-introducao-farmacocinetica.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/farmacocinetica-1-20.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/farmacocinetica-ii-20.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/como-nosso-corpo-processa-um-medicamento.html


3 - Farmacodinâmica:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/farmacodinamica-1-20.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/10/farmacodinamica-2-20.html


4 - Antibacterianos e Resistência Bacteriana:

https://plantandociencia.blogspot.com/2023/10/como-os-antibioticos-matam-as-bacterias.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/11/antibacterianos.html

https://plantandociencia.blogspot.com/2019/09/resistencia-bacteriana.html


5 - Neurofarmacologia:

https://plantandociencia.blogspot.com/2020/10/neurofarmacologia.html


Usem sem moderação!


domingo, 27 de abril de 2025

Optogenética segundo a Nature - vídeo

Boa noite, pessoal!

Seguindo o assunto da postagem anterior, segue um vídeo bem explicativo e simples de entender, baseado na escolha feita pela revista Nature em 2010.




Mágico, não?


Optogenética e doenças da mente e cérebro

Boa noite, pessoal!

Vocês já ouviram falar de optogenética?

A optogenética é uma técnica revolucionária que combina genética e óptica para controlar com precisão a atividade elétrica de neurônios específicos no cérebro, usando apenas luz. Ou seja, através da luz, cientistas conseguem ativar ou desativar neurônios e regiões cerebrais específicas.

Ela permite manipular neurônios geneticamente modificados para responder a estímulos luminosos, possibilitando o estudo detalhado de circuitos neurais e suas funções. Isso é possível devido ao uso de técnicas de biotecnologia, que alteram o DNA através de vetores ou outras metodologias, inserindo nos neurônios a serem estudados, genes de algas e outros organismos que conseguem transformar luz em energia elétrica.

A técnica foi eleita como a técnica do ano em 2010, pela revista Nature. E tem inúmeras aplicações dentro da neurociência, desde o conhecimento básico sobre neurônios ou grupos de neurônios e suas funções, assim como a aplicação clínica.

Mas, vamos entender um pouco mais sobre o potencial dessa técnica que já não é tão novinha, mas ainda surpreende pelo quão revolucionária é?


Aplicações Atuais:

1. Transtornos Psiquiátricos

Nos transtornos psiquiátricos, a optogenética fornece tanto informações que acrescentam de uma forma muito interessante o nosso conhecimento sobre as causas biológicas e as principais áreas cerebrais envolvidas, como permite novos caminhos que podem resultar em tratamentos cada vez mais eficazes. Imagina chegar a um nível de farmacologia onde o fármaco vai conseguir cumprir seu papel de tratar o transtorno, com a menor quantidade possível ou até mesmo sem efeitos colaterais, é fantástico.

  • Depressão: Estudos demonstraram que a estimulação optogenética do córtex pré-frontal medial pode induzir efeitos antidepressivos rápidos em modelos animais, sugerindo novas abordagens terapêuticas para esses transtornos

  • Esquizofrenia: Pesquisas indicam que a modulação de circuitos específicos no cérebro pode restaurar as oscilações gama e controlar os níveis de dopamina, que alteradas em pacientes com esquizofrenia, oferecendo caminhos para novos tratamentos mais eficazes e uma maior qualidade de vida dos pacientes.

  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): A optogenética tem sido usada para estudar circuitos cortico-estriatais envolvidos na formação de hábitos, proporcionando uma compreensão mais profunda dos mecanismos subjacentes ao TOC e oferecendo novas visões, também, sobre a formação e o tratamento de vícios e dependências.


2. Doenças Neurodegenerativas

Apesar de ter avançado bastante nos últimos anos, o tratamento de doenças neurodegenerativas ainda encontra barreiras a serem ultrapassadas. A optogenética também tem mostrado potencial no estudo e tratamento dessas doenças:

  • Doença de Alzheimer: Pesquisas indicam que a estimulação optogenética de vias neuronais específicas pode influenciar a deposição de placas de β-amiloide, um marcador da doença, oferecendo novas perspectivas para terapias.

  • Acidente Vascular Cerebral (AVC): Estudos demonstraram que a estimulação optogenética pode promover a recuperação funcional após um AVC, estimulando a atividade neuronal na região afetada e melhorando o desempenho motor. Efeito esse, diretamente relacionado ao processo de neuroplasticidade. Isso pode, inclusive, acelerar drasticamente a recuperação de funções e garantir um menor índice de sequelas.


Pesquisas muito interessantes na área estão sendo desenvolvidas nos seguintes centros:

  • Universidade de Stanford (EUA): Pioneira no desenvolvimento da optogenética, com o Dr. Karl Deisseroth liderando pesquisas inovadoras.

  • Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, EUA): Contribui significativamente para o avanço da optogenética, especialmente em aplicações neurológicas.

  • Universidade de Tóquio (Japão): Foca em pesquisas sobre doenças neurodegenerativas e transtornos psiquiátricos utilizando optogenética.

  • Universidade de Pequim (China): Destaca-se em estudos sobre a modulação de circuitos neurais em modelos animais.


Expectativas Futuras

  • Tratamentos Personalizados: Possibilidade de desenvolver terapias mais específicas e eficazes, modulando circuitos neurais diretamente envolvidos nas patologias.

  • Restauro de Funções Cognitivas: Potencial para restaurar funções cognitivas comprometidas, como memória e aprendizado, em doenças como Alzheimer.

  • Redução de Efeitos Colaterais: Abordagens mais precisas podem minimizar os efeitos adversos associados a tratamentos farmacológicos tradicionais.


Apesar dos avanços e potenciais da técnica, a optogenética encontra grandes barreiras para suas aplicações em seres humanos, sendo as principais: invasividade do procedimento, que envolveria alteração genética em humanos (terreno instável dentro de conceitos éticos, bioéticos e legais), além da inserção de fibra óptica para a parte da iluminação. Apesar de similaridades, os circuitos neurais humanos são bem mais complexos que os observados em ratos e camundongos. Alterar genes através de vetores virais, por exemplo, pode despertar uma resposta imune e causar diversos outros problemas. Além disso, ainda não existem técnicas 100% garantidas para inserir genes em neurônios e regiões específicas, o que poderia levar a uma gama de efeitos indesejados que os cientistas não conseguem prever atualmente.

As pesquisas, antes de serem aplicadas em humanos, devem ocorrer nos próximos anos e, provavelmente, décadas. Porém, as expectativas são altas e as aplicações infinitas. Observaremos juntos os novos passos.

Boa semana para todos!