Bom dia, pessoal!
Continuando nosso estudo sobre farmacologia, nossa segunda aula é sobre formas farmacêuticas.
Na sala de aula e slides, dividimos as formas farmacêuticas em quatro, sendo elas: Sólida, Semissólida, Líquidas e Gasosas.
A escolha da forma farmacêutica depende de diversos fatores, como a via de administração, a condição clínica do paciente, a farmacocinética do medicamento e os objetivos terapêuticos.
Principais Formas Farmacêuticas e suas Características
1. Comprimidos
Definição: São formas farmacêuticas sólidas, geralmente de formato circular ou oval, que contêm fármaco e excipientes. Os comprimidos podem ser revestidos (com películas ou cápsulas) ou não.
Características:
Administração oral.
Geralmente são de liberação imediata.
Podem ter variações como comprimidos de liberação modificada, que permitem uma liberação prolongada do fármaco.
Exemplos:
Paracetamol (antipirético e analgésico).
Losartana (anti-hipertensivo).
2. Cápsulas
Definição: São formas farmacêuticas sólidas, compostas por uma cápsula de gelatina que envolve o princípio ativo e excipientes. Podem ser de liberação imediata ou modificada.
Características:
Administração oral.
A cápsula é de fácil deglutição e, muitas vezes, pode mascarar o sabor desagradável de certos fármacos.
Podem conter pó ou líquido no interior.
Exemplos:
Amoxicilina (antibiótico).
Ibuprofeno (anti-inflamatório).
3. Suspensões
Definição: São preparações líquidas nas quais o fármaco está disperso em partículas sólidas finas, que não se dissolvem completamente no veículo.
Características:
Administração oral.
Requer agitação antes do uso, pois o fármaco pode sedimentar no fundo do frasco.
Usadas principalmente para fármacos de baixa solubilidade.
Exemplos:
Dipirona (analgésico e antitérmico).
Antiácidos como hidróxido de magnésio.
4. Soluções
Definição: Preparações líquidas homogêneas, em que o fármaco está completamente dissolvido no veículo.
Características:
Administração oral ou parenteral.
A absorção do fármaco é mais rápida devido à total dissolução do princípio ativo.
A dosagem é precisa e fácil de ajustar.
Exemplos:
Dextrose (solução de glicose, usada em infusão intravenosa).
Cloreto de sódio 0,9% (solução salina isotônica).
5. Pomadas, Cremes e Géis
Definição: Formas farmacêuticas tópicas, destinadas a aplicação sobre a pele ou mucosas. A pomada é oleosa, o creme é uma emulsão e o gel é uma preparação contendo água e substâncias gelificantes.
Características:
Administração tópica.
Usadas para tratar condições locais, como dermatites, inflamações ou infecções cutâneas.
Pomadas têm maior poder de oclusão, enquanto os cremes são menos oleosos.
Exemplos:
Hidrocortisona (anti-inflamatório tópico).
Bacitracina (antibiótico tópico).
6. Xaropes
Definição: Soluções aquosas, geralmente com sabor doce, para administração oral.
Características:
Administração oral.
Muito utilizados em crianças, pois são palatáveis e de fácil ingestão.
Contêm princípios ativos dissolvidos em um veículo aquoso com adição de açúcares ou adoçantes.
Exemplos:
Xarope de guaifenesina (expectorante).
Xarope de dipirona (analgésico e antitérmico).
7. Injeções (Soluções Injetáveis)
Definição: Preparações líquidas destinadas a administração parenteral, geralmente por via intravenosa, intramuscular ou subcutânea.
Características:
Administração parenteral (intravenosa, intramuscular ou subcutânea).
Permitem uma ação rápida do medicamento devido à absorção imediata.
Normalmente, são usadas para fármacos que necessitam de efeitos rápidos ou em situações de emergência.
Exemplos:
Dipirona injetável (analgésico e antitérmico).
Adrenalina (emergência, usado em reações alérgicas graves).
8. Supositórios
Definição: Formas farmacêuticas sólidas, projetadas para serem inseridas no reto, vagina ou uretra, onde o fármaco é liberado.
Características:
Administração retal ou vaginal.
Útil em pacientes com dificuldades para tomar medicamentos por via oral (como em vômitos ou dificuldades de deglutição).
Proporcionam liberação lenta do fármaco.
Exemplos:
Supositório de glicerina (laxante).
Paracetamol (antitérmico, em forma de supositório).
9. Pó
Definição: Formas farmacêuticas sólidas, em que o fármaco está na forma de partículas finas. Podem ser administradas oralmente, ou preparadas para uso externo.
Características:
Administração oral ou tópica.
Muitas vezes são reconstituídos com um líquido antes do uso (como os antibióticos orais).
Exigem preparação e cuidadosa dosagem.
Exemplos:
Antibióticos em pó (ex. Amoxicilina em pó para suspensão oral).
Talco medicinal (para uso tópico).
10. Inalatórios
Definição: Preparações líquidas ou sólidas para administração via pulmonar, com a ajuda de dispositivos como inaladores.
Características:
Administração via inalação (pulmonar).
Usados para tratar condições respiratórias como asma e bronquite.
A absorção é rápida e a ação é local, no pulmão.
Exemplos:
Salbutamol (broncodilatador).
Beclometasona (corticosteroide inalatório).
Conclusão
As formas farmacêuticas têm um papel essencial na eficácia do tratamento, ajudando na liberação controlada dos fármacos e na melhoria da adesão do paciente ao regime terapêutico. A escolha correta da forma farmacêutica depende do medicamento em questão, da condição clínica do paciente e do objetivo do tratamento.
Para nossa segunda aula, era isso pessoal! Continuaremos na próxima com o tema: vias de administração, assim poderemos entrar na Farmacocinética!
Bons estudos!
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