Estou produzindo os materiais que faltam: Uma explicação adequada de psicofármacos, uma matéria sobre fármacos adrenérgicos e colinérgicos e um pouco sobre a farmacologia da inflamação.
Enquanto não saem, foquem nos livros e nos slides!
Vamos aproveitar o final de semana para estudar um pouco de neurociências? Pensando em colaborar com o estudo da segunda avaliação de vocês, fiz novamente um apanhado com os links que podem ser úteis para vocês aprofundarem os estudos e tirar de letra essa segunda prova.
Espero que ajude!
Lembrem-se, qualquer dúvida me procurem via e-mail ou deixe nos comentários ao final desta matéria.
Agora vamos aos links (coloquei os links na ordem das nossas aulas):
Outros links para retomar ou reforçar alguns conhecimentos gerais de neuro (não estão diretamente relacionados com o conteúdo da prova, mas podem ajudar na construção de um conhecimento geral sobre neurociências - parte básica):
Nas últimas aulas de neurociências falamos um pouco sobre Plasticidade Neural, a capacidade do nosso cérebro se adaptar, se modificar, de aprender com nossas experiências.
Difícil não concordar que é uma habilidade fantástica, e no intuito de ajudar vocês a entenderem um pouco melhor sobre essa capacidade, fiz uma curadoria e selecionei quatro vídeos que ajudaram nessa caminhada.
Na minha opinião, a ordem apresentada dos vídeos pode facilitar o entendimento, começando com características básicas da plasticidade neural, passando por sua relação com a memória (que por si só justifica diversas outras matérias aqui no blog) e finalizando com um vídeo de um psiquiatra que vai revolucionar o entendimento de vocês acerca do tema e também acerca das infinitas possibilidades de uso dos conceitos de plasticidade neural para tratar transtornos mentais extremamente complexos.
Outro ponto que vale chamar atenção é o fato de, em adultos, as mudanças não acontecerem tão facilmente como alguns livros e materiais da internet fazem parecer. Pessoal, entendam uma coisa, nosso cérebro adora sua zona de conforto, e a mudança é algo que exige esforço, dedicação.
É possível se livrar de um vício? Sim. É fácil? Não.
É possível mudar hábitos relacionados ao sedentarismo, visando uma vida mais ativa e saudável? Sim. É fácil? Também não.
Mudança a nível cerebral exige repetição, consistência. O cérebro pode sim trocar seus padrões, mas não acontece do dia para noite. Conhecendo mais sobre esses conceitos, impedimos que mais e mais pessoas não caiam em truques de charlatanismo e sejam enganadas, buscando atalhos fáceis para tarefas difíceis.
Estamos falando de mudar o nosso cérebro! Nosso órgão mais fantástico, com todas as suas habilidades e infinitas possibilidades.
Mas, já falei bastante. Agora, finalmente, os vídeos rs.
Uma coisa, referente a esse último vídeo. Os conceitos são interessantíssimos e me mostraram novas formas de pensar sobre o assunto, mas ele puxa a sardinha tanto para os psiquiatras porque ele é um psiquiatra, essa parte é o marketing dele ;), não se esqueçam disso.
Um conhecimento com tamanho impacto é útil para toda a sociedade e para todas as áreas da saúde e humanas que estudam o cérebro. Na verdade, pode ser o começo de uma grande revolução na neurociência.
Hoje encerramos nossa disciplina de Neuro entendo conceitos mais amplos, como a Rede Neural de Modo Padrão e as funções do Sistema Límbico e do Córtex Pré-frontal.
Espero que esse conhecimento colabore diretamente para um bom desenvolvimento da profissão de vocês, assim como nas vidas particulares, pois quanto mais conhecemos sobre o funcionamento do nosso cérebro, melhor conseguimos utilizar o mesmo.
Então, daqui em diante seguem algumas dicas de leitura e vídeos para vocês entenderem melhor essas regiões cerebrais e suas funções:
Primeiro, um link para leitura de uma matéria que escrevi sobre Sistema Límbico e Córtex Pré-frontal:
Vamos refletir um pouco hoje sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo?
Quando falamos dele em algumas matérias de neuro, principalmente na aula sobre Psicofármacos, falamos sobre algumas características da doença e alguns sintomas.
Em nossa discussão, reforcei o conceito das palavras que compõem a sigla TOC. Transtorno, Obsessivo e Compulsivo. Obsessão tamanha que gera compulsão, uma forma própria que a pessoa encontra para "gastar" a ansiedade que sente, as obsessões que o atormentam constantemente.
Hoje encontrei um vídeo muito bacana, que deixa claro que você gostar de organizar bem suas coisas, não é sinal de TOC. Pelo contrário, pode ser muito bem um sintoma de estresse, pois temos períodos mais e períodos menos estressantes em nossa vida.
O TOC é bem mais sério, e os tratamentos para os casos mais sérios e incapacitantes podem chegar à eletroconvulsoterapia e até mesmo cirurgias (calma, isso em caso extremamente graves, normalmente um psicólogo e medicações melhoram bastante os sintomas).
final de semestre, todo mundo cansado, querendo aqueles dias de férias, sem aula do tal do Bruno.
Para ajudar a esfriar um pouco os neurônios, trago uma animação, cujo nome está no título da matéria, que ganhou diversos prêmios e nos trás algumas reflexões importantes.
Antes de assistirem, peço para que prestem atenção na velocidade em que as coisas podem mudar na nossa vida, e também no fato de que altos e baixos sempre existirão, nossa jornada aqui não acontece em linha reta (linha reta de acordo com os equipamentos de um hospital significa morte).
Tudo faz parte, tudo muda, e estabilidade é uma doce ilusão que agrada ao nosso cérebro (que sempre busca evitar mudanças). O grande detalhe de tudo isso é, como cuidamos de nós mesmos durante esses altos e baixos?
Boas reflexões pessoal
Autoconhecimento é a chave para um futuro mais próspero, não se esqueçam.
Contei um pouco sobre as possíveis causas, sobre o que acontece na sinapses para desencadear a inflamação que leva à morte neuronal, dentre outras características.
Porém, uma das coisas que conversamos pode ser vista no vídeo de uma senhora com Alzheimer avançado repetir alguns movimentos de ballet de quando era mais nova. Vocês lembram que as memórias antigas são as que podem permanecer intactas em estágios avançados de Alzheimer?
Neste caso do vídeo, ouvindo a música as memórias motoras de décadas atrás foram ativadas e os movimentos repetidos. É fantástico, simplesmente.
Podemos pensar em outros gatilhos, tentando, talvez, lampejos de lucidez? Os caminhos e as possibilidades são inúmeros.
As pesquisas são feitas por um grupo dos Estados Unidos que estudam o efeito da música em doenças neurodegenerativas e também em casos de demênica.
Mas, a matéria que segue é comentada pelo Miguel Nicolelis, o que por si só já valeria a pena:
Gente, é simplesmente sensacional. Como é complexo o processo de armazenamento das memórias de longo prazo do nosso encéfalo. Imagine nessa caso, com diversas regiões cerebrais afetadas, com capacidades cognitivas e motoras já comprometidas, a música serve como um gatilho para o movimento, o som serve como gatilho para uma coreografia aprendida décadas antes. É fantástico, não tem outra definição.
procurando um vídeo bacana no youtube para trazer mais conteúdo aqui para vocês, encontrei esse vídeo da National Geographic que contém um excelente resumo de Neuro.
Reparem que a narradora descreve o encéfalo em quatro componentes: cérebro, cerebelo, tronco encefálico e diencéfalo.
Em nossas aulas, dividimos o encéfalo em: cérebro (telencéfalo ou hemisférios, e diencéfalo - tálamo, hipotálamo...), cerebelo e tronco encefálico.
Apesar dessa diferença, talvez regional, o vídeo pode ajudar vocês a relembrarem diversos pontos das nossas disciplinas de Neuroanatomia e Neuroanatomofisiologia.
Espero que gostem:
Cada coisa nova que aprendemos, mesmo que seja uma pequena coisinha por dia, faz uma enorme diferença no longo prazo. Acreditem no longo prazo, isso serve para todos as áreas da nossa vida!
Hoje, entrando nas etapas finais da nossa jornada de estudos de Neuroanatomia e Neurociência, chegamos às estruturas encefálicas.
Opa, mas espera ai, nós já vimos tronco encefálico e cerebelo, que são estruturas encefálicas.
Sim, mas a dica de vídeo de hoje trás uma visão diferenciada sobre o assunto, explicando o antigo mito de que o hemisfério esquerdo do cérebro é responsável pela lógica e o hemisfério direito pela criatividade.
Falei do encéfalo pois conseguimos entender no vídeo que todas as estruturas encefálicas são compostas por duas partes.
Se pensarmos no cérebro, telencéfalo (os dois hemisférios) e diencéfalo (tálamo e hipotálamo, também podem ser divididos ao meio), o mesmo vale para o cerebelo com seus dois hemisférios cerebelares e para os três componentes do tronco encefálico.
Mas o mais importante nessa matéria de hoje, é entenderem de vez que existem algumas funções que são responsabilidade mais de um hemisfério do que do outro, mas que nosso cérebro funciona como um todo, e se considerarmos sua capacidade de plasticidade neural (adaptação conforme os estímulos que recebe), as possibilidades são infinitas.
Para confirmar que realmente é um mito, e saber mais sobre alguns outros mitos que envolvem o nosso órgão mais fascinante, recomendo a leitura do maior sucesso até hoje aqui do blog, a matéria sobre os Mitos do Cérebro Humano:
Lembrem-se, quanto mais conhecemos sobre o funcionamento do nosso cérebro, melhor uso fazemos do mesmo, o que pode ser um grande diferencial para o rumo de nossas carreiras e também de nossas vidas!
Mas ok.
Bem interessante visualizar que o cérebro funciona sem uma de suas metades (e as características lógicas e criativas se mantém), desmascarando mais um neuromito.
Sabe o que esse vídeo mostra quando nos explica um pouco sobre o funcionamento do cérebro? Da magnífica capacidade do nosso cérebro se adaptar, funcionar de novas maneiras, se reinventar, se reconectar.
Isso é muito parecido com o caso das pessoas que conseguem recuperar todas suas funções motoras e sensitivas após um AVC (dependendo da extensão do mesmo e, consequentemente, da quantidade de tecido nervoso atingida), de sentirmos um membro após a amputação, de conseguirmos lidar com uma doença gravíssima como o transtorno depressivo maior.
Se pararmos para analisar com um pouco mais de carinho, e olhar pelo lado do copo meio cheio, saímos sempre mais fortes depois dos estresses.
Vocês lembram de como chamamos esse processo de adaptação do cérebro e seu funcionamento, de acordo com os estímulos que ele recebe?
Sim, Plasticidade Neural.
Em alguns momentos falei para vocês que tudo é fruto de um plantio.
Que estimular o cérebro constantemente, aprendendo novas coisas, vai gerar um resultado daqui 30, 40 anos, podendo inclusive prevenir ou pelo menos atrasar bastante o surgimento de uma doença neurodegenerativa, como o Alzheimer.
Que nos alimentarmos extremamente mal, optarmos sempre pelo bom e velho sofá, levar uma vida combinando obesidade e sedentarismo, outro resultado surgirá, um cérebro bem menos saudável, de acordo com as últimas pesquisas.
Falamos do cérebro, mas serve para o coração, para o fígado, para a imunidade, para os pulmões. Nosso corpo, assim como os dois hemisférios do nosso cérebro, trabalham em conjunto, funcionam de forma harmoniosa, para poder funcionar com saúde e harmonia.
Mesmo serve para nossos hábitos, que são criados após repetirmos constantemente determinadas atitudes/experiências... O nosso cérebro aprende através de novas sinapses, quanto mais repetimos alguma coisa, mais as sinapses se fortalecem e se criam, criando novos caminhos para essa informação ser acessada. Até que as coisas comecem a acontecer no automático.
Para entenderem melhor esse conceito de adaptabilidade do nosso cérebro e como nossas escolhas podem influenciar em seu funcionamento e em nossas capacidades cognitivas (como nossa atenção e nossa memória, por exemplo), vamos assistir o vídeo que explica a relação dos exercícios físicos com o funcionamento do nosso cérebro:
Conseguiram visualizar um pouco melhor como nosso cérebro/encéfalo funciona, como não temos controle, mas temos todas as ferramentas necessárias para mudar o rumo de nossas vidas? Junte a tudo isso a nossa gigantesca capacidade de aprender.
Mas vamos lá, vamos ver se vocês entenderam mesmo.
Responda, individualmente, nos comentários:
- Defina plasticidade neural.
- Qual a importância da plasticidade neural para seu curso?
- Agora, seja sincero: pensando em sua rotina diária habitual, você faz mais escolhas que colaboram com o funcionamento do seu cérebro ou que prejudicam o mesmo? Cite um exemplo de cada.
Com frequência trago alguns vídeos para assistirmos e refletirmos um pouco sobre nossos hábitos, comportamentos e atitudes (que no fim, estão todos interconectados).
Quantas vezes você programou milhares de coisas para fazer ao longo do dia, dentre elas algumas extremamente importantes, mas entre comer alguma coisa, olhar redes sociais, responder e-mails e jogar um pouco daquele jogo bem divertido, você viu o dia inteiro passar e não cumpriu nenhuma das tarefas previstas?
Além de nos atrasar e prejudicar no emprego, na universidade, a procrastinação gera um ciclo que poucos falam: o ciclo da auto depreciação. Quando bolamos planos e objetivos e não os cumprimos, nos sentimos frustrados, até mesmo incompetentes. Isso, com o tempo, pode nos levar a um quadro de Ansiedade (tenho um milhão de coisas para fazer, mas não consigo, não sou capaz... A resposta de luta ou fuga passa a ser sua amiga diariamente) e até mesmo um quadro de depressão.
Lembrem-se, o que nos mata, normalmente, é o longo prazo. Como exemplifico para meus alunos, bons hábitos constroem saúde e um corpo mais atlético ao longo do tempo (se esse for seu objetivo), mas o contrário também é verdade, os maus hábitos, como tabagismo e sedentarismo, também irão construir, mas provavelmente doenças cardiovasculares e outros problemas de saúde.
Uma pesquisa brasileira mostrou que, em média, pessoas que estão vivendo um quadro de depressão passaram por algum grande estresse (como a perda de um ente querido, uma separação...) nos últimos três meses. Isso é um dado muito interessante, que reforça a teoria da construção. Nada surge de um dia pro outro, tanto pro lado bom quanto pro lado ruim.
Mas, sem mais delongas, para refletir um pouco sobre o assunto, recomendo o vídeo abaixo, do Leandro Karnal:
Reflita, observe seus hábitos, sua rotina. Sempre tem algo que podemos melhorar.
Mas por favor, não se martirizem demais, o descanso é mais do que necessário, alguns dias rendem mais do que outros, e tudo isso faz parte do jogo. Sigam em frente.
Alguns dias são melhores, outros são piores, e está tudo bem!
continuando nosso curso de Neuroanatomia, hoje vamos falar um pouco sobre o Tronco Encefálico.
Esse resumo é baseado no capítulo 5 do Livro Neuroanatomia Funcional, do Machado.
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula espinhal e o diencéfalo, sendo ventral ao cerebelo.
É constituído por corpos de neurônios agrupados em núcleos, e por fibras nervosas que formam tratos, fascículos e lemniscos.
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que constituem os nervos cranianos, dos 12 nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico.
Observe a figura abaixo, que apresenta cortes em cada uma das estruturas do tronco encefálico (bulbo, ponte e mesencéfalo) e mostra claramente a diferença entre elas quando consideramos as regiões de substância cinzenta (núcleos) e as regiões de substância branca (fibras nervosas, em sua maioria mielínicas).
O tronco encefálico é formado por três estruturas, que, da posição mais caudal para a cranial são: bulbo, ponte e mesencéfalo. Podemos observar as três na figura abaixo:
Observem nas duas figuras abaixo, a vista anterior e a vista posterior do tronco encefálico. Ambas foram retiradas do aplicativo online do Atlas do Netter:
Hoje damos continuidade à nossa disciplina de Neuroanatomia, aprendendo um pouco sobre a anatomia do Cerebelo (um dos componentes do nosso encéfalo) e suas relações com a nossa motricidade.
Como o cerebelo influencia na manutenção do nosso equilíbrio? Você já ouviu falar de aprendizado motor? E a neuroanatomia de tudo isso? Onde o cerebelo se encontra, com quem se conecta?
Tudo isso esclareço nos próximos parágrafos, com um texto baseado no Livro Neuroanatomia Funcional, do Machado.
Situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, o cerebelo também participa da formação do IV ventrículo (teto).
Como podemos observar na figura que se segue:
Atlas de Anatomia - Aplicativo do Netter.
Observem as estruturas grifadas em vermelho (recomendo que vocês baixem ou pelo menos abram a imagem, para visualizar com zoom). Com esses destaques, nós conseguimos visualizar de uma forma mais clara a relação existente entre Cerebelo, Tronco Encefálico e o IV ventrículo. Além disso, vale ressaltar o papel do aqueduto do mesencéfalo, responsável por comunicar o terceiro e o quarto ventrículo.
O cerebelo repousa sobre a fossa cerebelar do crânio, e é separado do lobo occipital do cérebro por uma camada de dura-máter (meninge), conhecida como Tenda do Cerebelo.
Observem as figuras abaixo. A primeira, retirada do site Anatomia Online, mostra a base do crânio, observem a fossa cerebelar (na porção posterior do crânio). O que podemos ver com mais detalhes na figura do Netter, em seguida.
Fossa posterior do crânio e suas estruturas englobam as informações do parágrafo acima. A terceira, retirada do Atlas de Anatomia Patológica da Unicamp, mostra a tenda do cerebelo:
A resistência bacteriana é um assunto de extrema urgência, pois para os cientistas mais pessimistas, a partir de 2050 nossos antibacterianos não serão mais eficazes. Para quem não consegue entender a gravidade disso, se realmente acontecer, voltaremos à era antes dos antibacterianos, onde até as infecções mais simples podem levar à morte, e, consequentemente, nossa expectativa de vida se reduzirá consideravelmente.
Para começarmos a tomar dimensão do problema, observem a tabela abaixo. A tabela mostra o ano da descoberta ou fabricação do antibacteriano e, na segunda coluna, o ano em que apareceram bactérias resistentes a este fármaco:
Seguindo os estudos em nossa disciplina de Farmacologia, hoje vamos aprender um pouco sobre os Antibacterianos.
Primeira coisa que precisamos falar é que antibiótico não é um termo que serve apenas para os medicamentos que combatem as infecções bacterianas. Antibióticos ou antimicrobianos são medicamentos que combatem infecções causadas por microrganismos, sejam eles bactérias, fungos ou parasitas.
O certo mesmo é falar antibacteriano ou antibiótico antibacteriano.
Mas, normalmente, quando alguém se refere a antibióticos, está se referindo à classe de medicamentos que vão agir nas infecções causadas por bactérias, isso é disseminado em nosso país. Então, aqui, quando nos referirmos aos antibióticos, estamos falando dos antibacterianos.
Falar sobre antibacterianos é falar, antes de tudo, sobre Alexander Flaming, o grande descobridor dessa classe de fármacos.
Flaming era um microbiologista inglês, que ao sair de férias deixou algumas de suas placas de Petri destampadas (ele estudava algumas bactérias que causavam infecções de pele). Ao voltar, algum tempo depois, notou que nas placas onde cresceram fungos não haviam mais bactérias. Com seus parceiros, estudou e descobriu que este fungo, do gênero Penicillium, produzia uma substância que matava as bactérias, a qual denominaram Penicilina. Foi uma tremenda revolução na área da saúde, como podemos observar nas duas figuras que se seguem: