quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Introdução à neurociência

Bom dia pessoal,

Esta matéria é para todos aqueles que querem entender um pouco mais sobre como funciona nosso sistema nervoso e, principalmente, o nosso cérebro.

Também é para aqueles que chegaram agora às minhas disciplinas de neuro, como meus alunos da Psicofisiologia, e estão contando com ajuda divina para acompanhar o conteúdo avançado, rs.


Calma!

Selecionei uma lista de links aqui do blog que podem ajudar bastante nesses primeiros passos para construção do conhecimento em neurociências.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Memória e Aprendizado III

Bom dia pessoal,

hoje encerramos a tríade de matérias sobre Memória e Aprendizado.

As duas primeiras, em ordem, vocês podem ler nos links abaixo (recomendo a leitura delas antes da matéria de hoje, vai fazer mais sentido a discussão):



Hoje vamos falar um pouco sobre perda de memória e amnésias, e depois, finalizando a tríade, falaremos sobre reconsolidação e a extinção de memórias, um assunto fascinante.



Primeiro, não podemos confundir esquecer alguma coisa com problema de memória. 

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Material para estudo - Neuroanatomofisiologia - AV1

Boa tarde pessoal,

Conforme combinado na semana passada, segue a matéria com os links aqui do blog que podem ser úteis para vocês estudarem para AV1.



Apresento os links em uma ordem parecida com a ordem de conteúdo trabalhado em nossa disciplina, mas vocês podem utilizar na sequência e quais preferirem.

Contem comigo. 

Espero que o material auxilie nos estudos:


1) Anatomia do Sistema Nervoso:

http://plantandociencia.blogspot.com/2019/05/anatomia-do-sistema-nervoso.html

http://plantandociencia.blogspot.com/2020/04/protecao-do-snc-meninges-e-liquor.html


2) Tecido Nervoso:

http://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/tecido-nervoso-i.html

http://plantandociencia.blogspot.com/2021/03/tecido-nervoso-2-celulas-da-glia-e.html


3) Sinapses - Comunicação nervosa:

http://plantandociencia.blogspot.com/2021/03/sinapses-quimicas-20.html

http://plantandociencia.blogspot.com/2021/09/sinapses-quimicas-e-substancias.html

http://plantandociencia.blogspot.com/2019/03/neurotransmissores.html

http://plantandociencia.blogspot.com/2019/03/o-que-acontece-com-os.html


4) Vídeos que podem acrescentar o conhecimento de vocês acerca das incríveis funções do cérebro - material complementar:

http://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/cafe-alcool-e-sono.html

http://plantandociencia.blogspot.com/2020/08/sobre-o-cerebro-algumas-funcoes.html

http://plantandociencia.blogspot.com/2020/09/este-e-seu-cerebro.html

http://plantandociencia.blogspot.com/2019/10/doenca-de-alzheimer-ted-talks-lisa.html


Espero que gostem.

Bons estudos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Memória e Aprendizado II

Boa tarde pessoal,

Aqui está, o Memória e Aprendizado II.

Na semana passada começamos a discutir um pouco sobre memória.

Para que servem? Por que armazenamos as informações que armazenamos? Para quem ainda não leu, recomendo a leitura do link abaixo antes de continuar:


Agora vamos um pouco mais fundo, entendendo os tipos de memória e quais regiões do nosso cérebro e encéfalo são responsáveis por elas.

Este resumo é baseado no capítulo sobre aprendizado e memória do Livro de Neurociências - Beer e também do Capítulo sobre aprendizado e Memória do Livro Neurociência da Mente e do Comportamento - Lent.





O aprendizado e a memória são, essencialmente, adaptações da circuitaria encefálica ao ambiente, ao longo de toda nossa vida.

E o que isso quer dizer? Quer dizer que nosso cérebro armazena informações sobre as experiências vividas para que possamos responder da melhor forma possível quando se repetir. Ou, para que tenhamos nosso próprio arsenal quando precisarmos de informações para elaborar uma resposta a uma situação diferente, nova. 

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Memória e Aprendizagem I

Bom dia pessoal,

Como são formadas nossas memórias?
Para que servem?
Qual a relação entre memória e aprendizado?

Vamos aprender um pouco mais sobre essas funções incríveis do nosso cérebro?

Este resumo e os próximos dois que publicarei são baseados no capítulo sobre aprendizado e memória do Livro de Neurociências do Beer e também do Capítulo sobre aprendizado e Memória do Livro Neurociência da Mente e do Comportamento, do Lent.


Vamos definir esses termos primeiro:
  • Memória: processo pelo qual adquirimos, formamos, conservamos e evocamos informações. 
  • Aprendizagem: processo de aquisição de informação.
  • Evocação: lembrança, resgatar e trazer à tona alguma memória.

A neurociência considera, hoje, que nosso conjunto de memórias forma nossa personalidade. Somos, hoje, uma construção baseada em nossas experiências, nas pessoas que encontramos ao longo do caminho, das escolhas que fizemos ou deixamos de fazer, de tudo o que vivemos até o momento.

Mas Bruno, e a genética da pessoa? Não é a genética que define?

Pessoal, a genética tem grande influência, mas muitos casos, se não todos, a influência do ambiente em que a pessoa se desenvolve, o ambiente que a criança vivencia, acaba influenciando mais que a genética.

Para exemplificarmos, pensem na seguinte questão: O que acontece, normalmente, com uma criança que cresce em um ambiente hostil, com violência, com agressões?

Na esmagadora maioria das vezes, a criança cresce introvertida, com problemas de ansiedade e/ou depressão, apresentando sinais de agressividade.

Lembrem-se, crianças se comportam como esponjas e são espelhos das atitudes das pessoas que convivem. 

Esponja porque absorvem todas as informações à sua volta, espelho porque imitam, literalmente, os comportamentos que observam (lembram dos neurônios espelhos?). Então, uma criança que cresce em um ambiente hostil tem a grande chance de se tornar um adulto hostil, mesmo que sua genética seja a da pessoa mais pacífica do mundo.

Porém, essa conta não é exata, e existem diversos caminhos a serem seguidos por qualquer pessoa.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Sono e Memória

Boa tarde pessoal,

Quem ai nunca virou uma noite estudando e dormiu poucas (ou zero) horas antes da prova?

Mas acho que tem outro exemplo que deve englobar mais pessoas, rs. Quem ai nunca ficou a noite inteira em uma festa e foi "direto" para o trabalho/estudo?

O que eu sei é que todos vocês que já passaram uma noite sem dormir ou dormiram pouquíssimas horas, notaram que no outro dia a atenção não é a normal, sendo que algumas tarefas simples podem se tornar difíceis. Aposto que notaram também a alteração no humor, porque a paciência praticamente desaparece nesses dias pós noites mal dormidas.

Mas e sobre o primeiro exemplo?

Faz sentido passar a noite toda estudando para uma prova que tenho amanhã? Ou será que se eu estudar algumas horinhas a menos e dormir bem eu tenho mais chance de lembrar os conceitos na prova?

Vou deixar vocês responderem com o vídeo fantástico que explica a relação entre formação de memórias (ou, como aprendemos) e o sono:




Eai? 

Conseguiram entender um pouco melhor o papel do sono na formação de nossas memórias? Imagina como uma pessoa que sofre com algum distúrbio do sono deve sofrer para formar novas memórias e aprender coisas novas?

Comentem a opinião de vocês acerca das perguntas da matéria e também os pontos que mais chamaram sua atenção no vídeo!

sábado, 11 de setembro de 2021

Homeostase e Alostase - pode o psicológico afetar o funcionamento do nosso corpo?

Boa tarde pessoal,

Sabadão é dia de neuro sim. Bora fazer novas sinapses.

A matéria de hoje tem como base uma discussão apresentada no artigo "Resposta ao Estresse: Homeostase e teoria da Alostase.


Sempre que falo de estresse, as pessoas já pensam em passar raiva. Não que as raivas que passamos não sejam por si só uma fonte de estresse, mas quando cito estresse aqui é no sentido de qualquer coisa (mudança de temperatura, por exemplo) que tiram o nosso organismo do seu equilíbrio.

Esse equilíbrio interno do nosso organismo é chamado de Homeostase. Pensem: nosso corpo tem uma temperatura correta para funcionar (37 graus), e ele se mantém nessa temperatura independente da temperatura do ambiente em que nos encontramos. Olha um exemplo bacana para entender um agente estressor: um ambiente a 20 graus exige que a fisiologia do nosso corpo se adapte para conseguir manter os 37 graus que precisa. 

Isso acontece com diversos parâmetros e mecanismos fisiológicos, e o conceito de homeostase fica mais interessante quando utilizamos a expressão equilíbrio dinâmico, porque a todo momento, mudanças externas (meio ambiente) e internas (nossos próprios órgãos e sistemas) exigem que algum parâmetro se adeque à situação para que o corpo continue funcionando de uma maneira saudável.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Sinapses Químicas e substâncias psicoativas

Bom dia pessoal,

Hoje vamos falar um pouco mais sobre sinapses químicas e, principalmente, sobre como as substâncias psicoativas conseguem afetar o funcionamento do nosso cérebro através dessas sinapses.




As sinapses químicas possuem algumas características básicas: o neurônio que manda a mensagem (pré-sináptico) não tem contato físico com a célula que recebe a mensagem (pós-sináptica, que pode ser um neurônio, um músculo ou uma glândula), esse espaço entre elas recebe o nome de fenda sináptica. Por conta da fenda sináptica, é necessário o uso de um mensageiro que consiga chegar até a próxima célula, esses mensageiros são os famosos neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina.

Esse é o ponto, o neurotransmissor!

As substâncias que atuam alterando o funcionamento do nosso cérebro, acabam recebendo o nome de psicoativas. Eu sei que quando você lê psicoativas já pensa em maconha, cocaína, LSD, mas tudo que altera o funcionamento das nossas sinapses (e consequentemente do nosso cérebro) leva esse nome, então entra aqui o álcool, a nicotina, os antidepressivos, os ansiolíticos e muitas outras substâncias, inclusive de uso diário, como a cafeína.



Assim, para uma substância conseguir alterar nossa atenção (ritalina), nossa coordenação (álcool), nossa percepção do ambiente externo e também do interno (cocaína/maconha/LSD), ou diminuir nossa ansiedade (ansiolíticos, vulgo calmante), ela precisa agir em nossas sinapses e, normalmente, o que ela faz é aumentar ou diminuir a quantidade de neurotransmissores liberados durante a comunicação nervosa, e isso é suficiente para gerar seus efeitos (desejáveis ou não).

Vamos pensar em um exemplo muito simples, o da cocaína. 

As características pós uso são comuns a pessoas e animais de laboratório: agitação, maior quantidade de movimentos, falação (seres humanos), taquicardia, perda de apetite e sono. 

Como ela faz isso? Aumentando a liberação do neurotransmissor Dopamina. Vamos visualizar de outra forma: quando a cocaína consegue chegar às regiões do nosso cérebro onde ela age, ela provoca uma chuva de dopamina naquelas sinapses, aumentando a atividade cerebral naquelas regiões.

Pensando dessa forma, com um excesso temporário de dopamina, o que está acontecendo é um aumento da comunicação nervosa e, consequentemente, um aumento da atividade cerebral - faz mais sentido agora a agitação, a falação, as características que uma pessoa apresenta quando utiliza a droga? Faz né? rs.


Observem essa figura, que explica um pouco da ação da cocaína no cérebro: