segunda-feira, 29 de abril de 2019

Sistema Respiratório

Boa noite pessoal,
hoje, no curso de Anatomia, vamos falar um pouco sobre Sistema Respiratório.

Esse resumo é baseado, em partes, no Capítulo IX do livro Anatomia Humana Básica, do Dangelo e Fattini.

Em qualquer forma que se apresente, a respiração é uma das características básicas dos seres vivos. Essencialmente, ela consiste na absorção do oxigênio pelos pulmões enquanto mandam para o meio externo o gás carbônico, resultante dos processos oxidativos celulares. O órgão respiratório é o pulmão.

- Divisão:

Didática e funcionalmente, o sistema respiratório pode ser dividido em duas partes:
  1. Porção Condutora ou de Condução;
  2. Porção Respiratória ou de Respiração.
A porção de condução é composta por órgãos tubulares, cuja função é levar o ar inspirado até a porção respiratória, representada pelos pulmões e, destes, conduzir o ar expirado, eliminando o CO2.

De dentro para fora, o ar expirado sai dos pulmões pelos brônquios e traqueia, órgãos que realmente só funcionam como condutores de ar (aeríferos). Acima destes, entretanto, situam-se a laringe, a faringe e o nariz, que não são apenas condutores de ar. A laringe também é o órgão responsável pela fonação; a faringe está relacionada com o sistema digestivo, parte dela servindo como tubo condutor de alimentos; e o nariz apresenta porções que cumprem função olfatória.


- Nariz:

domingo, 28 de abril de 2019

Como funciona nossa Atenção? E nossa Consciência?

Bom dia pessoal,
vamos entender mais algumas características excepcionais do nosso cérebro? Hoje vamos falar sobre os mecanismos neurais que envolvem nossa atenção e nossa consciência.

Costumo começar minhas aulas sobre mecanismos neurais da atenção e da consciência com a seguinte imagem e com um exemplo:

Imaginem a cena: vocês na beira do mar, tranquilos, tomando uma cervejinha, sem nem lembrar de contas ou qualquer estresse. De repente, surge a barbatana de um tubarão a 50 metros de vocês. Você sai dos seus pensamentos e focaliza o objeto estranho, seu coração acelera e você fica pronta para correr ou para lutar. Quando observa com mais atenção o momento, nota que é uma criança brincando com uma barbatana de mentira. Pronto, seu corpo começa se acalmar e você da risada do acontecido.

Esse exemplo simples mostra três estados funcionais do nosso encéfalo, pelo qual passamos diversas vezes durante o dia:
  1. O cérebro em repouso;
  2. Atenção;
  3. Consciência

Todos os dias, milhares de informações chegam ao nosso cérebro para serem interpretadas, por meio dos nossos sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar). Mas pensem bem, vocês lembram de ter sentido todos eles? Não, porque nosso cérebro consegue filtrá-los, ou seja, ele "percebe" apenas os mais importantes ou os mais marcantes. Ou seja, ele percebe apenas os que chamam nossa atenção.

Primeiro: nosso cérebro em repouso. O que acontece no nosso cérebro quando não estamos fazendo nada?

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Uso de Ritalina sem prescrição

Bom dia pessoal, 
Hoje continuo a estudar, com a Psicobiologia e Psiconeurologia, as funções consideradas superiores do nosso cérebro. 

O primeiro dos assuntos foi o sono, onde questões como: qual sua função, por que dormimos e por que sonhamos - foram respondidas. Você encontra essas matérias nos links a baixo:





Hoje vamos estudar sobre atenção e consciência, e começar a entender porque esses dois processos neurais influenciam diretamente na formação de memórias.

Além disso, falamos também, enfatizando essa área, sobre o famoso TDAH, para os menos chegados da área, o Déficit de Atenção.

Mas antes de discorrer sobre o tema gostaria de deixar uma dica de vídeo, feito pelo Dr. Drauzio Varella sobre Ritalina.

Ritalina é uma anfetamina, muito utilizada no tratamento do Défict De Atenção. O problema dela, além de quando é indicada erroneamente, é que está sendo cada vez mais utilizada por estudantes, principalmente durante a graduação, para varar noites estudando, sem saber que existem riscos nessa "aventura", especialmente quando se torna um hábito.

Para começarmos a refletir sobre o tema, segue o vídeo:


quarta-feira, 24 de abril de 2019

Fisiologia Cardíaca

Bom dia pessoal,
Hoje vamos conversar um pouco sobre a Fisiologia do Coração (sistema circulatório).

Essa matéria é baseada, em partes, nos Capítulos 9 e 11 do livro Tratado de Fisiologia Médica - Guyton e Hall.

O coração, como o representado na figura abaixo, é na verdade formado por duas bombas distintas, uma direita (que bombeia sangue para o pulmão) e uma esquerda (que bombeia sangue para o resto do corpo). 

Por sua vez, cada uma dessas porções possuem duas divisões, um átrio e um ventrículo. A função do átrio, em ambos os lados, é receber o sangue e enviá-lo ao ventrículo. O ventrículo, por sua vez, possui uma contração mais vigorosa, capaz de enviar o sangue para a circulação pulmonar (ventrículo direito) ou para a periferia do corpo (ventrículo esquerdo).


Mecanismos especiais no coração promovem a sucessão contínua de contrações cardíacas, o que na Fisiologia recebe o nome de Ritmo Cardíaco, transmitindo potenciais de ação pelo músculo cardíaco, causando os batimentos rítmicos do coração.

- Fisiologia do Músculo Cardíaco:

O coração é composto por músculo estriado cardíaco, que podemos dividir em três subtipos musculares:
  1. Músculo atrial (dos átrios);
  2. Músculo ventricular (dos ventrículos);
  3. Fibras especializadas excitatórias e condutoras.
Músculo atrial e ventricular apresentam uma contração semelhante à vista para os músculos esqueléticos, porém, com um período de duração maior de contração.

As fibras excitatórias e de condução, no entanto, apresentam contração fraca pois possuem poucas fibras contráteis, porém, apresentam descargas elétricas rítmicas e automáticas (característica única do músculo cardíaco), na forma de potenciais de ação, ou fazem a condução desses potenciais de ação pelo coração, representando sistema excitatório que controla os batimentos rítmicos.

A figura seguinte mostra uma representação da histologia do músculo cardíaco:


segunda-feira, 22 de abril de 2019

Sistema Circulatório II

Bom dia pessoal,continuando nossa última aula de Anatomia Humana, hoje terminamos o Sistema Circulatório.

Para quem não leu a primeira parte, é só clicar no link a baixo:http://plantandociencia.blogspot.com/2019/04/sistema-circulatorio-i.html

Lembrando que, a primeira matéria e esta atual, são baseadas, em parte, no Capítulo 8 do livro Anatomia Humana Básica - Dangelo e Fattini.

Um resumo da aula anterior:


Os vasos condutores de sangue são: artérias, veias e capilares sanguíneos.

- Artérias:

São tubos cilíndricos, elásticos, nos quais o sangue circula centrifugamente em relação ao coração.


- Calibre:  devido aos diferentes calibres das artérias do nosso corpos, elas podem ser classificadas em artérias de: grande, médio e pequeno calibre e arteríolas.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Por que tanta raiva online?

Boa tarde pessoal,
hoje vamos continuar discutindo sobre o livro do Daniel Goleman - "O cérebro e a inteligência emocional - novas perspectivas".

Postei duas matérias anteriores sobre capítulos desse livro, que vocês encontram no link a baixo. Essa matéria de hoje é um complemento da matéria sobre Cérebro Social, que encontra-se no segundo link.



Vocês pararam para reparar o tanto de raiva que existe na internet? Pessoas que são pacíficas na vida real viram verdadeiros leões na internet, mostrando suas presas e atacando todos os alvos possíveis.


Mas por que acontece isso? Por que todo mundo fica tão estressado online? A internet não deveria ser uma fonte de conhecimento e relaxamento ou distração?

A natureza desenhou o cérebro social para interações cara a cara, não para conversarmos escondidos atrás de um computador.
Tendo essa informação em mente, como os cérebros sociais interagem quando estamos sentados olhando para o monitor em vez de diretamente para outra pessoa?

O termo que descreve o problema gerado pela falta de visualização da outra pessoa foi chamado de Iluminação no começo, e agora chama Ciberdesinibição!! Descobriu-se que a separação entre o cérebro social e o monitor libera a amígdala do usual gerenciamento pelas áreas pré-frontais mais razoáveis.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Junção Neuromuscular

Boa tarde pessoal, 
essa matéria complementa a matéria que fala sobre contração do músculo esquelético, que vocês podem ler no link a baixo:


Esse resumo é, em parte, baseado no capítulo 7 do Livro Tratado de Fisiologia Médica - Guyton e Hall.

As fibras musculares esqueléticas são inervadas por grandes fibras nervosas mielinizadas que se originam nos grandes neurônios motores nos cornos anteriores da medula espinhal.

Antes de seguir adianta, observem o gif a baixo e reflitam: por que as fibras que inervam o músculo são mielinizadas? Observem a velocidade de transmissão nos dois exemplos e pensem na velocidade em que pegamos o celular, digitamos, ou fazemos qualquer atividade voluntária:


Cada fibra nervosa, depois de penetrar no feixe muscular, normalmente se ramifica e estimula de três a várias centenas de fibras musculares esqueléticas. Cada terminação nervosa faz sinapse com uma fibra muscular, formando a Junção Neuromuscular. 

Contração do Músculo Esquelético

Bom dia pessoal,
nessa matéria vamos falar um pouco sobre a estrutura e o mecanismo de contração do músculo esquelético.

Falou em músculo esquelético, lembrem-se sempre: contração voluntária (nós que decidimos, que queremos a contração - a não ser nos reflexos), base de todos os nossos movimentos. É o músculo esquelético que junto ao esqueleto e às articulações forma nosso Sistema Locomotor. Para completar, o músculo esquelético é o gerador de movimento do nosso sistema locomotor.

O atual resumo é baseado no Capítulo 6 do Livro Tratado de Fisiologia Médica - Guyton e Hall.

Cerca de 40% do nosso corpo é composto por músculo esquelético, e alguns cientistas consideram que a musculatura lisa que compõem nossos órgãos e a estriada cardíaca que forma nosso coração equivalem a mais 10%.

A figura a baixo mostra a formação básica de todos os músculos esqueléticos, compostos por inúmeras fibras musculares que possuem subunidades menores, até chegarmos nos sarcômeros e nas moléculas de actina e miosina, as bases da contração muscular esquelética.


Sarcolema - nome dado à membrana citoplasmática das fibras musculares. O sarcolema é revestido por uma fina camada de polissacarídeos rica em colágeno, e em cada extremidade da fibra, essa fina camada superficial do sarcolema funde-se às fibras do tendão, cuja função é inserir o músculo no osso (bem resumidamente!).

- Miofibrilas são compostas por actina e miosina:

Cada fibra muscular contém milhares de miofibrilas. Cada miofibrila é composta por filamentos de actina (cerca de 3.000 filamentos) e miosina (cerca de 1.500), actina e miosina são as grandes responsáveis pela contração muscular (todas essas estruturas estão demonstradas na figura 1).

terça-feira, 16 de abril de 2019

Patologias Cardíacas I

Bom dia pessoal,
seguindo o plano de nossa disciplina de Anatomia Patológica, hoje vamos falar um pouco sobre as patologias cardíacas.

Para quem fez anatomia a muito tempo, recomendo a leitura do resumo 1 de Sistema Circulatório, que vocês podem encontrar no link a baixo:


Esse resumo é baseado no Capítulo 12 do livro Fundamentos de Patologia - Robbins e Cotran.

- Os efeitos do envelhecimento sobre o coração:

  • Dimensão reduzida da cavidade ventricular (da base ao ápice), levando ao aumento de volume do septo;
  • Esclerose valvar e calcificação levam à estenose (valva aórtica);
  • Alterações degenerativas valvares levam à insuficiência (valva mitral);
  • Número reduzido de miócitos e aumento da fibrose causam redução da contratilidade e complacência.

- Doenças cardíacas: visão geral da Fisiopatologia:

As doenças cardíacas são a principal causa de morbidade e mortes mundialmente. Elas somam 40% dos óbitos nos EUA (por que será né?). Normalmente, as doenças cardíacas ocorrem como consequência de um (ou mais) dos seguintes mecanismos gerais:

  • Insuficiência de ejeção - devido à insuficiência da função contrátil ou da inabilidade de relaxamento para permitir o preenchimento;
  • Obstrução do fluxo sanguíneo (aterosclerose, trombose, hipertensão ou estenose valvar);
  • Fluxo regurgitante (devido à insuficiência valvar) - efluxo de cada contração é dirigido ao sentido contrário, causando sobrecarga de volume e fluxo progressivo diminuído;
  • Desvios que permitem um fluxo sanguíneo anômalo seja da direita pra esquerda (sem passar pelos pulmões) ou da esquerda para a direita (causando sobrecarga de volume);
  • Condução cardíaca anômala - levando a contrações miocárdicas incoordenadas;
  • Ruptura do coração ou de grandes vasos.

- Insuficiência Cardíaca:

A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é um ponto final comum de muitas formas de doenças cardíacas. Ocorre quando um comprometimento de função torna o coração incapaz de manter um efluxo suficiente para as necessidades metabólicas do corpo ou quando ele só consegue fazer sob pressões de preenchimento elevadas.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Sistema Circulatório I

Bom dia pessoal,
dando continuidade ao nosso curso de Anatomia Humana, vamos falar hoje sobre sistema circulatório.

O resumo é baseado no Capítulo 8 do Livro Anatomia Humana Básica - Dangelo e Fattini.

Introdução:

A função básica do sistema circulatório é levar nutrientes e oxigênio para todas as células do nosso corpo. Para isso, o sangue circulante transporta os nutrientes obtidos através da alimentação, no sistema digestório e o oxigênio obtido pela respiração, no sistema respiratório, para todas as células do nosso corpo. Além disso, também transporta os produtos do metabolismo celular, como o dióxido de carbono e a ureia.

O sangue também atua no mecanismo de defesa do organismo, pois as células contra microrganismos e partículas nocivas se encontram nele.

O sistema circulatório é um sistema fechado, de vasos (tubos) por onde circula o sangue e a linfa (humores). Para que ocorra essa circulação, o organismo precisa de uma bomba propulsora, função exercida pelo nosso coração. 

Apesar de ser um sistema hermeticamente fechado, as trocas entre o sistema circulatório e o restante do nosso corpo ocorre por uma extensa rede de capilares (vasos pequenos e de parede muito fina). Nesses locais, por conta da permeabilidade seletiva da membrana, ocorrem trocas, como oxigênio do sangue para os tecidos e as excretas dos tecidos para o sangue.



- Divisão:

  1. Sistema sanguíneo (sanguífero): composto pelos vasos que transportam o sangue (veias, artérias e capilares) e pelo coração (órgão propulsor).
  2. Sistema linfático: formado pelos vasos condutores de linfa (capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos).
  3. Órgãos hematopoiéticos: medula óssea e órgãos linfoides (baço e timo). 

domingo, 14 de abril de 2019

Sono e Sonhos III

Boa tarde pessoal,
para finalizarmos esse tema de sono e sonhos, essa terceira matéria vai falar sobre o sonambulismo, a paralisia do sono e outros temas relacionados.

Para quem não leu as duas primeiras:



Para iniciarmos a discussão, é bom sabermos que nem sempre o sono é um estado de relaxamento, uma coisa tranquila. Movimentos involuntários são comuns durante uma noite de sono, assim como falar enquanto dormimos (sonilóquio). Mas, para quem quer tentar entender ou descobrir algum segredo enquanto a pessoa que está dormindo conversa, não se iluda, essa fala geralmente é completamente sem nexo, sem sentido.

Alguns casos são mais marcantes, como o característico sonambulismo.

- Sonambulismo:


O sonambulismo acontece, normalmente, no estágio de sono mais profundo que temos durante a noite, o estágio 3 do sono Não-REM. Mas Bruno, no estágio Não-REM? Sim, lembrem-se que quando falamos da fase REM do sono, falamos também em atonia, uma paralisia da musculatura estriada esquelética (nossos músculos para o movimento). Então, seria impossível um episódio de sonambulismo acontecer nessa etapa.

sábado, 13 de abril de 2019

Sono e Sonhos II

Boa tarde pessoal,
continuando a falar sobre como funciona nosso sono e nossos sonhos, hoje vou mostrar para vocês qual a função do sono. Por que dormimos? Melhor ainda, por que sonhamos? Qual seria o objetivo de passar um terço da nossa curta vida dormindo?

Para quem não leu a primeira parte, segue o link a baixo:




Muita gente não sabe, mas se passarmos oito horas deitados em nossa cama, relaxados, mas sem dormir, nosso corpo recupera do cansaço físico. Excelente, mas e o cansaço mental? Ele também passa?

Para responder essa pergunta, pensem em algumas característica que todos nós apresentamos depois de uma noite com poucas horas de sono ou mesmo sem dormir: irritabilidade, alterações de humor e um evidente prejuízo cognitivo, onde até as tarefas mais simples ficam difíceis. 

A partir dessas observações iniciais, a pergunta que surge é a seguinte: o sono então é necessário para o encéfalo apenas? 


Em partes, pois além de ser necessário para o encéfalo ele é necessário para todos órgãos e sistemas do nosso corpo, é o período onde nosso corpo e mente se recuperam do dia que passou e se preparam para o novo dia que vem chegando.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Sono e Sonhos I

Boa noite pessoal,
as próximas três matérias do blog serão sobre sono e sonhos, vamos falar sobre a neurociência e a fisiologia por trás desses eventos diários. A última (terceira), vou falar sobre alguns distúrbios, como a insônia, o sonambulismo, a narcolepsia e a paralisia do sono.

Comecem reparando na figura a baixo:


Quando falamos em ciclos, um dos primeiros que vem a nossa cabeça são os ciclos do nosso planeta Terra. De longe, o mais evidente e que ocorre todos os dias é o ciclo claro e escuro (dia e noite). Ciclo esse que resulta da rotação da Terra em volta do seu próprio eixo.

Esses ciclos diários de claro e escuro recebem um nome específico, Ritmos Circadianos, e toda a fisiologia do nosso corpo e cérebro (e de todos os outros animais existentes) é regulada de acordo com esses ciclos diários. Por que? Porque para sobreviver um animal precisa estar adaptado ao meio ambiente em que vive. 

A partir dessa primeira observação, qual o ciclo mais evidente do nosso encéfalo para essa adaptação? O ciclo sono-vigília, dois estados completamente diferentes que passamos todos os dias.

Mas afinal Bruno, o que é o sono?


Fisiologicamente falando, o sono é um estado de reduzida responsividade (ou interação) com o meio ambiente. Além disso, ele é facilmente reversível.

domingo, 7 de abril de 2019

O cérebro social e os neurônios-espelho.

Boa noite pessoal, 
essa matéria é continuação da matéria onde apresentei uma das obras do neurocientista Daniel Goleman, sobre o cérebro criativo:


Hoje vou falar um pouco sobre o cérebro social, baseado no capítulo de mesmo nome do livro O cérebro e a inteligência emocional - novas perspectivas.

O doutor Daniel Siegel, da Universidade da Califórnia, chamou de Mindsight ou "Visão da Mente" a capacidade que nossa mente tem de ver a si mesma. Suas pesquisas na área mostraram que o circuito cerebral que utilizamos para o autodomínio e para conhecermos a nós próprios é idêntico ao que utilizamos para conhecer outras pessoas.


Ou seja, nossa consciência da realidade interna de outra pessoa e da nossa são ambos atos de empatia!

O cérebro social é uma descoberta recente da neurociência e inclui grande número de circuitos, todos projetados para nos harmonizarmos e interagirmos com o cérebro de outra pessoa. 

A grande diferença a nível de estudo do cérebro, aqui, é que antes da descoberta do cérebro social os cientistas sempre estudaram o cérebro de uma pessoa sozinha. Com técnicas mais recentes, os cientistas passaram a estudar o cérebro de duas pessoas ao mesmo tempo, enquanto interagiam (enquanto conversam, por exemplo). Isso gerou um enorme número de novas descobertas.

Uma descoberta essencial dessas novas técnicas foram os neurônios-espelho, que, segundo Daniel Goleman, atuam como um "wi-fi" neural para se conectarem com outro cérebro.

Mas Bruno, o que são neurônios espelhos?

terça-feira, 2 de abril de 2019

Patologias do TGI III - Diabetes e Hepatites

Boa tarde pessoal, 
Para encerrarmos o tópico sobre patologias do TGI, escolhi duas para falar sobre patologias dos órgãos anexos.

Para quem ainda não viu as duas primeiras matérias, acesse nos links a baixo:




Para encerrarmos escolhi as Hepatites para falar sobre o fígado e Diabetes para falar sobre o pâncreas. 

Disponibilizei links com boas explicações e contendo informações valiosas para o estudo de anatomia patológica. Links que variaram de sites de profissionais de renome na medicina, sites relacionados ao governo, como o Ministério da Saúde e é claro, alguns artigos científicos.

Após lerem os links, os alunos receberam duas atividades com questões sobre cada doença, que serão disponibilizadas a baixo. Notem, nas questões, que em conjunto, elas abordam todos os pilares estudos nas doenças da disciplina: Etiologia, Fisiopatologia, Manifestações Clínicas (Sintomas) e Alterações Morfológicas.

Para quem não tem interesse nas questões, aproveitem a leitura dos links, dá para tirar muitas dúvidas e excelentes informações confiáveis sobre os temas.

LINKS Diabetes:

O cérebro criativo

Bom dia pessoal,
hoje vamos falar sobre criatividade, ou melhor, sobre o cérebro criativo. Como podemos utilizar nosso poderosíssima máquina para melhorar nossa criatividade.

Essa matéria é baseada no capítulo "O cérebro criativo" do livro "O cérebro e a inteligência emocional - novas perspectivas" do grande neurocientista Daniel Goleman.


Em 1970, iniciou-se mais um mito sobre o cérebro humano, desta vez relacionado à criatividade. Ficou conhecido como o cérebro direito sendo a porção boa para a criatividade, enquanto o hemisfério esquerdo, mais racional, seria uma porção ruim para a criatividade.

Porém, décadas de pesquisa depois, sabemos hoje que não é apenas o cérebro direito, pois a criatividade envolve o cérebro inteiro: "esquerdo-direito-acima-abaixo", conforme esse estado de cérebro criativa acessa uma extensa rede de conexões.

Mas então, como resolvemos aquele problema que está tirando nossa paz? Como pensar em algo novo, algo criativo?



Existe um modelo clássico de pensamento, dominante, sobre como podemos influenciar nosso criatividade. Quem já pesquisou sobre o assunto já deve ter lido sobre, é conhecido como Modelo de quatro estágios da criatividade, datando de mais de um século:
  1. Primeiro passo: definir o problema a ser resolvido. O que precisa ser feito?
  2. Segundo passo: reunir ideias, dados e informações sobre o problema em questão. Qualquer coisa que possa te ajudar com a criatividade relacionada ao tema.
  3. Terceiro passo: relaxar. Como assim Bruno? É isso mesmo, após saber qual o problema e reunir dados sobre o mesmo, você precisa esquecê-lo durante um tempo. Quem nunca ouviu falar que as melhores ideias surgem quando estamos no banho, ou fazendo uma caminhada, ou até mesmo dormindo? O grande detalhe aqui é saber quando relaxar.
  4. Quarto passo: execução.  Aqui, colocamos o que aprendemos e pensamos nas três etapas anteriores em prática, hora da ação, de fazer!
Esse modelo funciona para muita gente, porém, sabemos que na vida real nada funciona tão simples assim.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Como anda seu estresse?

Bom dia pessoal,
hoje vamos falar sobre um tema muito comum na atualidade, o estresse.


Primeiro, vamos tentar entender o estresse. 

Hoje, quando utilizamos o termo estresse, pensamos em uma coisa ruim. "Hoje estou estressado" ou "Esse estresse está me matando"... Mas será que o estresse é uma coisa ruim?

Pensando sobre o termo à luz da ciência, estresse seria qualquer estímulo ou situação que tira nosso corpo do equilíbrio. Envolve uma resposta coordenada por uma porção do nosso Sistema nervoso autônomo (inconsciente) conhecida como Sistema Nervoso Simpático, chamada de Resposta de Luta ou Fuga.

Mas por que Luta ou Fuga Bruno? Porque foi uma resposta desenvolvida exatamente para isso, ou para enfrentarmos um perigo ou para corrermos dele. Quando nos vemos em uma situação de perigo, o sistema nervoso Simpático ativa a glândula que fica em cima de nossos rins (supra-renal) e ela libera adrenalina e posteriormente cortisol. 

É por conta desses dois hormônios que quando levamos um susto nosso coração acelera, nos sentimos mais fortes, mais focados e com uma capacidade mental elevada. Essas respostas corporais foram muito úteis para nossos ancestrais, os homens das cavernas, enfrentarem ou correrem de enorme bichos selvagens e sobreviverem para hoje estarmos aqui.

Essa resposta evolutiva então, foi muito útil e nos é útil até hoje, quando sentimos um frio na barriga antes de um primeiro encontro, ou antes daquela prova importante da faculdade.

O grande problema hoje é que conseguimos criar em nossas mentes estressores e problemas que muitas vezes não existem (fantasmas ou perigos imaginários). 

Vivemos em meio ao caos de uma cidade grande, com milhões de informações chegando a nosso cérebro a todo momento. Aqui, o estresse agudo e evolutivo passa a ser um estresse crônico e patológico.

Esse estresse crônico é também conhecido como não-adaptativo, pois não serve para evoluirmos ou para nos proteger de algum perigo, mas sim para desenvolvermos diversas patologias.


Falei ali em cima que quando nosso corpo responde a algum perigo, liberamos adrenalina e cortisol. Quando sofremos com um quadro de estresse crônico, liberamos cortisol e adrenalina sem que exista um perigo real (muitas vezes psicológico), e nosso corpo acaba recebendo grandes doses desses hormônios diariamente.