segunda-feira, 25 de março de 2019

Classificação das articulações e movimentos realizados

Bom dia pessoal,
continuando a aula onde falamos sobre as articulações, disponível no link a baixo:


Na aula de hoje, falaremos brevemente sobre cinesiologia, que consiste no estudo dos movimentos realizados pelo corpo, graças à combinação de músculos, articulações e esqueleto, os componentes do nosso Sistema Locomotor.

Segue uma tabela bem fácil para vocês lembrarem a relação dos Planos (cortes), Eixos (que cortam os planos, sendo que cada eixo permite dois movimentos) e os movimentos realizados em cada um deles.


Pessoal, essa tabela é extremamente didática. Peguei o modelo da vídeo-aula do professor Rogério Gozzi, do canal do Youtube Anatomia Fácil.

domingo, 24 de março de 2019

Sistema Muscular

Boa tarde pessoal,
hoje falaremos um pouco sobre o Sistema Muscular.

Esse resumo é, em partes, baseado no Capítulo 4 do Livro Anatomia Humana Básica - Dangelo e Fattini.

As chamadas célula musculares (miócitos) são células especializadas em contração e relaxamento, também conhecidas como células excitáveis.
Essas células agrupam-se em feixes para formar os músculos, que se encontram fixados por suas extremidades. Os músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas, através da contração.

A miologia estuda os músculos.  Junto aos ossos e às articulações formam nosso Aparelho locomotor. Sendo os músculos os elementos ativos do movimento.

Além de possibilitar o movimento, a musculatura mantém as peças ósseas unidas e determina a posição e a postura do esqueleto.


- Tipos de Músculos:

sábado, 23 de março de 2019

Sorteio de Livro

Boa tarde pessoal, tudo bem?

Para comemorar as 50 primeiras publicações do blog e a criação da minha página no facebook, vou sortear um dos melhores livros de neurociência que já li.

O livro : "O que o cérebro tem para contar" do prestigiado neurocientista indiano Vilayanur Subramanian "Rama" Ramachandran.

O livro é sensacional. O autor em questão é um gigante da neurociência mundial, atualmente diretor do Centro do Cérebro e da Cognição - Universidade da Califórnia.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Psicobiologia - Aula 4

Boa noite pessoal,

Essa matéria é para guiar o estudo dos alunos da Psicologia, através dos resumos que já foram publicados aqui no blog sobre os temas abordados em aula.

Na aula de número quatro do nosso curso, revimos os conceitos e as definições dos tipos de transporte que ocorrem através da membrana de nossas células. Esse material está disponível no link a baixo:
Continuamos a matéria falando sobre canais iônicos, que se encontram nos slides e em meio a algumas outras matérias, mas que vou preparar um resumo específico sobre o assunto.
Lembrem-se, nesse momento, que comentamos que os canais iônicos são proteínas integrais de membrana (ou transmembrânicas), comentamos sobre os dois tipos de controle, os que são canais controlados por voltagem e os que são canais controlados por ligantes e fechamos o assunto dos canais falando dos canais que são controlados por comportas, cuja passagem dos íons ou moléculas pelo canal fica dependente da abertura dessas comportas.

Podemos observar esses detalhes na figura a baixo:





Seguimos a aula falando sobre os famigerados Potenciais de Membrana. Utilizei bastante a lousa, tentando dinamizar o aprendizado escrevendo no desenho.

O resumo que trata sobre os potenciais de membrana se encontra no link a baixo:

http://plantandociencia.blogspot.com/2019/02/potenciais-de-membrana.html

O potencial de ação, que não foi descrito na lousa, também se encontra em um resumo separado aqui no blog, no link que se segue:

http://plantandociencia.blogspot.com/2019/02/potenciais-de-acao.html

Encerramos a aula apresentando uma visão básica e geral sobre as sinapses. Definimos, antes de tudo, como sendo o ponto de contato entre os neurônios, o ponto onde trocam as informações nervosas, onde os neurônios se comunicam.

Segue-se um breve resumo sobre as sinapses:


- Sinapses do Sistema Nervoso Central (SNC)

As sinapses, podem ser definidas de uma forma bem simplista, como o local de contato entre os neurônios. Ou seja, o ponto de comunicação neuronal, onde as informações são passadas de um neurônio para o outro ou ainda de um neurônio para uma célula efetora.


Sistema Articular - Articulações

Boa noite pessoal,

Na aula de hoje vou falar sobre a Anatomia do Sistema Articular.

Parte desse resumo é baseado no capítulo 3 do Livro Anatomia Humana Básica - Dangelo e Fattini.

- Conceito:

Os ossos unem-se uns aos outros para constituir o esqueleto. Além de colocar os ossos em contato, essa união permite também a mobilidade.
Essa união não é igual entre todos os ossos do nosso corpo, e a maior ou menor possibilidade de movimento varia com o tipo de união.

Denominamos essas conexões existentes entre quaisquer partes rígidas do esqueletos, sejam elas ossos ou cartilagens, como articulações ou junturas.

- Classificação:

Embora apresentem consideráveis diferenças entre elas, as articulações possuem aspectos em comum, o que permite classificá-las em três grandes grupos: Fibrosas, Cartilaginosas e Sinoviais.

O principal critério para essa divisão é o tipo (ou a natureza) do elemento que se interpõe às peças que se articulam.

1 - Articulações Fibrosas:

O elemento que se interpõe entre as peças articuladas é o tecido conjuntivo fibroso. A grande maioria dessas articulações se encontram entre os ossos do crânio.
É fácil adivinhar que, por conta do tipo de tecido que articula essas peças, a mobilidade nestas junturas é extremamente reduzida (lembrem-se, extremamente reduzida quer dizer que há um mínimo de mobilidade entre as peças envolvidas).

Existem dois tipos:
  • Suturas: que ocorre entre os ossos do crânio. A maneira pela qual a borda dos ossos articulados entram em contato é variável, por isso as suturas podem ser: Planas (união linear retilínea ou aproximadamente retilínea); Escamosas (união em formato de bisel) ou Serreadas (união com um formato denteado). Como podemos ver na figura abaixo:




  • Sindesmoses: neste tipo de articulação, o tecido interposto entre as peças articuladas também é o conjuntivo fibroso, mas elas não ocorrem entre os ossos do crânio. Na verdade, existem dois tipos descritos em nosso corpo: as sindesmoses tíbio-fibular (entre a tíbia e a fíbula) e a rádio-ulnar (entre o rádio e a ulna).

quarta-feira, 20 de março de 2019

Receptores Sensoriais

Bom dia pessoal,

Na aula de hoje falaremos um pouco sobre as características básicas dos Receptores Sensoriais.

Parte da aula é retirada do Capítulo 46 do Livro Tratado de Fisiologia Médica - Guyton e Hall.

As informações chegam ao nosso Sistema Nervoso Central (SNC) através dos Receptores Sensoriais. São eles que detectam estímulos como o som, o tato, a dor, o frio e o calor.

Resumindo, de forma bem simples, é por meio da ação dos receptores sensoriais que percebemos o mundo a nossa volta, podendo nos adaptar aos estímulos ambientais.

- Tipos de Receptores Sensoriais e Estímulos que Detectam:

Os receptores sensoriais são classificados em cinco tipos:

  1. Mecanorreceptores: aqueles que detectam a compressão mecânica ou o estiramento (do receptor ou dos tecidos adjacentes);
  2. Termorreceptores: aqueles que detectam alterações de temperatura, alguns detectam o frio e outros o calor.
  3. Nociceptores: ou receptores de dor, aqueles que detectam danos que ocorrem nos tecidos, sejam eles físicos ou químicos. São terminações nervosas livres (não especializadas).
  4. Receptores Eletromagnéticos: aqueles que detectam a luz que incide na retina dos olhos (cones e bastonetes).
  5. Quimiorreceptores: aqueles que detectam o gosto na boca, o cheiro no nariz, o nível de oxigênio no sangue arterial, a concentração de dióxido de carbono, dentre outros fatores que compõem a química do corpo (exemplo: botões gustativos do paladar).


Hoje, a discussão se mantém em torno dos receptores conhecidos como mecanorreceptores, além disso, aprenderemos características básicas de todos os receptores sensoriais. 


- Sensibilidade Diferencial dos Receptores:

Como dois tipos de receptores sensoriais detectam tipos diferentes de estímulos?

terça-feira, 19 de março de 2019

Patologias do Trato Gastro Intestinal II - Órgãos do TGI

Bom dia pessoal,

O resumo de hoje é para encerrar o assunto sobre as patologias do TGI, falando sobre as patologias do intestino.

A primeira matéria, referente às patologias do TGI superior, encontra-se no link abaixo:


Essa matéria também é baseada, em partes, no Capítulo 17 do Livro Fundamentos de Patologia - Robbins e Cotran.

Intestino Delgado e Cólon:

Devido ao seu papel no transporte de nutrientes e água e à sua interface com diversos antígenos dos alimentos e microbianos, os intestinos estão envolvidos em uma variedade de processos de má absorção, infecciosos, inflamatórios e neoplásicos.

- Obstrução Intestinal:

Tumores e infartos representam de 10 a 15% das obstruções, enquanto os 85% restantes são atribuídos às hérnias, às aderências, ao vólvulo (ou torção) e à intussuscepção. 

- Hérnia:

Defeitos na parede peritoneal permitem a protusão peritoneal em forma de saco (saco herniário) na qual os segmentos do intestino podem ficar presos (herniação externa). A estase vascular subsequente e o edema levam ao encarceramento. O comprometimento vascular propicia o estrangulamento.
Localizam-se nos canais femoral e inguinal, umbigo e cicatrizes cirúrgicas.

As Figuras 1 e 2 demonstram um dos tipos mais comuns, a hérnia inguinal:



- Aderências:

As aderências são resquícios de inflamação peritoneal localizada (peritonite), provenientes de cirurgias, infecções, endometriose ou radiação. A cicatrização leva ao surgimento de uma ponte fibrosa entre as vísceras. As aderências congênitas também ocorrem, mas raramente.
Ou seja, as aderências podem conectar duas partes do intestino ou uma parte do intestino com outros órgãos ou com a parede abdominal.
As complicações incluem herniação interna (dentro da cavidade peritoneal), obstruções e estrangulação.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Sistema Nervoso Autônomo - Introdução

Bom dia pessoal,

Nesta matéria apresentarei uma introdução sobre o Sistema Nervoso Autônomo, e suas temidas divisões, o Simpático e o Parassimpático.

Esse resumo é baseado, em partes, no Capítulo 60 do Livro Tratado de Fisiologia Médica - Guyton e Hall.

Antes de falar do sistema autônomo, precisamos ter clara a divisão básica do nosso sistema nervoso:


Como vemos na figura 1, o Sistema Nervoso Periférico se divide em Somático e Autônomo.
O somático difere do autônomo por ser voluntário. Inerva os músculos esqueléticos e está sob controle consciente.

O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é a porção do SNC que controla a maioria das funções viscerais do nosso organismo, de forma autônoma (inconsciente).

Esse sistema ajuda a controlar a pressão arterial, a motilidade gastrointestinal, o esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura corporal e diversas outras funções. Algumas dessas funções são controladas totalmente pelo SNA, enquanto outras são controladas apenas em parte por ele.

Para termos uma ideia da velocidade em que esse SNA trabalha:
  • Em 3 a 5 segundos ele pode aumentar a frequência cardíaca em até duas vezes os valores normais;
  • Em 10 a 15 segundos, consegue duplicar os valores da pressão arterial;
  • Nos mesmos 10 a 15 segundos, consegue diminuir tanto a pressão arterial que podemos sofrer um desmaio.
  • Da mesma forma, a sudorese pode começar em segundos, como quando começamos a se exercitar.

- Organização Geral do Sistema Nervoso Autônomo (SNA):

O SNA é ativado, principalmente, por centros localizados na medula espinhal, no tronco cerebral e no hipotálamo. Além disso, porções do córtex cerebral, em especial do córtex límbico, podem transmitir sinais para os centros inferiores, e isso pode influenciar o controle autônomo.

Membrana Celular - Funções

Bom dia pessoal,

Continuando o assunto sobre membrana celular, vamos falar agora sobre as funções da membrana que reveste nossas células e consequentemente sobre a importância que ela exerce para o funcionamento do nosso corpo.

Os links abaixo contêm as duas matérias onde já falamos sobre membrana celular aqui no blog. Um sobre sua estrutura e o outro, que recomendo a leitura após a leitura desta matéria atual, sobre o transporte de substâncias através da membrana celular. Essa tríade de leituras pode fornecer um conhecimento básico e suficiente sobre Membrana Celular para conseguir acompanhar sem grandes dificuldades a disciplina de fisiologia.

Estrutura:

Transporte:




Ao observarem a matéria que descreve a estrutura e os componentes da membrana celular, nota-se que são três os principais: os lipídeos, as proteínas e os carboidratos, onde cada um vai participar de uma ou mais das funções da membrana como um todo.

Quando falo com meus alunos das funções da membrana celular, costumo reduzi-las a quatro funções principais:
  1. Definir o limite celular;
  2. Permeabilidade Seletiva;
  3. Proteção.
  4. Ligação com outras células.
Começando pela definição do limite celular, podemos dizer que a membrana celular é quem define o que fica dentro e o que fica fora da nossa célula. 

Assim, além de definir o meio interno da célula, ela ainda separa os componentes celulares das substâncias presentes no Líquido extracelular (LEC). Além disso, ela é quem define o formato da célula.

A segunda função, e a mais importante da membrana, é a função denominada Permeabilidade Seletiva.

Pessoal, pensando de uma forma bem simplista, a membrana é permeável a algumas moléculas e a outras não. Ela "escolhe" quem entra e quem sai da célula, e em que quantidade. 

É através dessa função, onde a membrana é mais ou menos permeável a determinados íons, que são gerados os potenciais de membrana, sejam eles potenciais de difusão, de equilíbrio ou de repouso. E nos casos das células excitáveis, como os neurônios e nossas células musculares, é a permeabilidade seletiva que gera o potencial de repouso e depois permite alterações para gerar o potencial de ação.

Os potenciais serão discutidos nas próximas aulas de Fisiologia Humana mas já podem ser encontrados nos links:


A permeabilidade seletiva então, além de regular quem entra e quem sai da célula, definindo assim o que há dentro dela, também é responsável pela proteção dos componentes celulares. Reparem que, as duas primeiras funções (Definição do limite celular e Permeabilidade Seletiva) são semelhantes, e os grandes responsáveis por ambas as funções são os fosfolipídeos componentes da membrana e as proteínas, principalmente as integrais.



A quarta e última função, a que permite que haja ligação entre células vizinhas é responsabilidade dos carboidratos das nossas membranas, os quais recebem o nome de glicocálice. 

Bons estudos pessoal. 
Essa matéria fecha o conhecimento básico sobre a Estrutura e a Função das Membranas Celulares.

Aula 3 - Psicobiologia e Psiconeurologia

Bom dia pessoal,
Essa postagem é apenas para guiar meus alunos da Psicologia desse semestre para os links já existentes do assunto que trabalharemos hoje em sala de aula.

Hoje falaremos sobre a Membrana Celular (ou Plasmática), que envolve todas as células do nosso corpo. Vamos falar sobre seus componentes, suas características e suas funções. Assim, teremos claro ao final da aula a gigantesca importância da membrana para todas as funções do nosso organismo.


Além disso, discutiremos sobre o transporte através da membrana. Como íons e outras moléculas entram e saem da membrana. E como esse transporte gera os famigerados potenciais da membrana, essenciais para entendermos os potenciais de ação e a forma com que nossos neurônios utilizam desses mecanismos para passar informação através das sinapses.

Esse material já está disponível no blog, nos links que seguem abaixo:

Membrana Celular - Estrutura: 


Membrana Celular - Funções:

Transporte de substâncias através da Membrana Celular:

Bons estudos pessoal.
Qualquer dúvida comentem abaixo ou me mandem e-mail.

quarta-feira, 13 de março de 2019

O que acontece com os neurotransmissores após a sinapse?

Bom dia pessoal,

Essa matéria é continuação de duas anteriores, uma onde falei sobre sinapse química e a outra que falei dos neurotransmissores:




Falamos até agora sobre como o potencial de ação chega ao terminal sináptico, abre os canais de cálcio dependente de voltagem, o influxo de cálcio que estimula a ligação das vesículas sinápticas à membrana do neurônio, permitindo a liberação do neurotransmissor na fenda sináptica. Esse neurotransmissor percorre a fenda sináptica e se liga a receptores de membrana da células pós-sináptica, e cumprem sua função, gerando outros potenciais de ação (quando o potencial pós-sináptico é excitatório) ou inibindo a célula pós-sináptica (potencial pós-sináptico inibitório).

Ok, resumimos de forma bem simplificada tudo o que acontece na transmissão sináptica. Mas e o neurotransmissor? O que acontece com ele após cumprir seu papel de transmitir informação?

Após ser utilizado, o que ocorre em milissegundos, os neurotransmissores se liberam dos receptores de membrana e podem seguir três caminhos diferentes:
  1. Difusão (corrente sanguínea);
  2. Degradação enzimática;
  3. Recaptação (mais utilizada).

Podemos observar esses processos na Figura 1, abaixo:

Figura 1:
Os neurotransmissores podem se difundir para longe do terminal sináptico, e isso ocorre quando encontram um vaso sanguíneo e seguem o fluxo sanguíneo. Normalmente, são rapidamente degradados.

terça-feira, 12 de março de 2019

Existe gastrite nervosa?

Boa tarde pessoal,

Hoje estou aqui para perguntar para vocês: Existe gastrite nervosa?

A diferença é que não sou eu quem vai responder. Apresento dois vídeos curtíssimos, um do blog da Secretária de Saúde do Governo Federal e um do grande Drauzio Varella.

Depois dos dois vídeos, segue o link da matéria no blog do governo.







Eai?
Deixamos de acreditar em mais um mito?

Obrigado.

domingo, 10 de março de 2019

Quais os efeitos do álcool no nosso cérebro?

Boa noite pessoal.

Não preciso falar que bebida alcoólica é um hábito disseminado em grande parcela da população mundial. Existem milhares de documentários, artigos, livros, séries e filmes sobre o tema. Todos temos alguém na família que adora consumir cerveja, whisky, vinho, cachaça ou todos eles. 

Figura 1:

O grande problema é quando o consumo vira um hábito, que pode gerar o que conhecemos como alcoolismo. Uma doença muito séria e nada engraçada, bem diferente dos efeitos corporais relaxantes e das boas sensações que sentimos ao tomar aquela cervejinha gelada.

O etanol, princípio ativo das bebidas alcoólicas, começa a ser absorvido já na nossa boca, pela mucosa oral. A bebida segue para o estômago, onde cerca de 25% do seu conteúdo é absorvido. O restante é absorvido no intestino delgado.
Leva entre 15 e 60 minutos para todas as moléculas de etanol chegarem à circulação sanguínea, tempo variável por conta de fatores como a presença de alimentos no estômago ou a velocidade com que bebemos (por isso que beber de barriga vazia faz efeito mais rápido e também por isso que virar bebida costuma nos deixar mais bêbados).

Quando cai na corrente sanguínea, o etanol se espalha por todo corpo. É metabolizado pelo fígado, que consegue processar, em média, a quantidade de álcool presente em uma lata de cerveja por hora. Consumindo mais que isso, começam os sintomas de intoxicação por álcool e embriaguez. 

Figura 2:

Essa figura maravilhosa, feita pela revista Superinteressante, mostra o caminho do álcool no nosso corpo.

Mas afinal, quais os efeitos do etanol no nosso cérebro?

O álcool é considerado um depressor do Sistema Nervoso Central (SNC), com efeito dose-dependente (ou seja, quanto mais consumirmos, maiores e mais drásticos os efeitos).

Câncer de Boca

Câncer Bucal – tumor maligno

Também conhecido como carcinoma espinocelular.

Mata quase 6 mil pessoas por ano no Brasil e mais de 14 mil casos são diagnosticador (2018 - INCA e SIM - 2015). Cerca de 79% dos casos de morte são em homens e 70% dos casos são diagnosticado em indivíduos com idade superior a 50 anos. 

-Etiologia

- Fatores Extrínsecos: 
  • Tabaco : possui substâncias cancerígenas e a alta temperatura tem efeito local sobre as células da mucosa
  • Álcool : é um co-carcinógeno, ou seja, potencializa o efeito do tabaco (Seu efeito sistêmico diminui as defesas imunes).
  • Agentes Biológicos : HPV, Candida Albicans.
  • Radiação Ultravioleta : ultrapassa o epitélio, alcança o tecido conjuntivo e provoca alterações nesse tecido.

Figura 1:


- Fatores Intrínsecos
  • Anemia por deficiência de ferro: A diminuição dos níveis de ferro causa maior susceptibilidade na mucosa;
  • Desnutrição : diminui as defesas imunes; 
  • Imunossupressão: HIV, imunossupressores em transplantados;
  • Oncogenes : gene que codifica uma proteína e quando alterada, leva ao aparecimento de câncer. 
  • Genes supressores de tumores: seria um anti-oncogênico (Impede que a proteína se manifeste e leve ao aparecimento do tumor).

Quanto a localização:

Acomete preferencialmente e nessa ordem: 
  1. Lábios Inferior
  2. Borda Lateral Da Língua
  3. Assoalho Bucal

Figura 2:


A figura acima mostra uma lesão característica de pessoas que fumam. Notem que a lesão se encontra no local onde o fumante tem o hábito de deixar o cigarro na boca.

Quanto aos principais sinais e sintomas:

  1. Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias
  2. Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçada na língua, gengiva, palato e bochecha 
  3. Nódulos no pescoço 
  4. Rouquidão persistente 

Tratamento:

Quando o diagnóstico é realizado no início, 80% tem cura. Geralmente o tratamento envolve cirurgia oncológica e radioterapia 

Observação : TRAUMAS NÃO CAUSAM CÂNCER  E NOS SEUS ESTÁGIOS INICIAIS OS CÂNCERES NÃO DOEM.
  • Por isso que lesões assintomáticas que não cicatrizam após três semanas devem passar por biópsia.

Essa matéria foi escrita por minha esposa, Dra. Andreia Corte Vieira Damião. Cirurgiã-Dentista, Especialista em Ortodontia e Pós-graduada  em Função e Harmonização Facial. CROSP: 117852.


Aftas

Afta – estomatite aftosa recorrente 

É uma úlcera superficial dolorosa que atinge cerca de 2 milhões de pessoas só no Brasil.

- Etiologia:

Causas mais comuns são: 
  • Trauma (quando o paciente bate a escova de dentes durante o ato da escovação, devido ao atrito com aparelhos ortodônticos, morder lábios ou interior das bochechas...)
  • Alterações hormonais (mulheres em período menstrual)
  • Alterações estomacais (gastrites, úlceras)
  • Alimentação rica em alimentos ácidos (refrigerantes, abacaxi...)
  • Alimentos picantes ou com muito condimento
  • Alimentos muito quentes
  • Falta de ferro e  vitamina B12
  • Estresse
  • Doenças  imunossupressoras

Tempo médio d de duração: 5 a14 dias

Uma duração maior que 14 dias não é comum e um dentista deve ser procurado.

Durante esse tempo, poucos recursos são efetivos em acelerar o processo de cicatrização. Existem pomadas que aliviam os sintomas como a Oncilon e a Orabase. O tratamento a laser já está disponível e é totalmente indolor

Atenção: colocar ácidos ou sal sobre as lesões não é recomendado e além de não serem eficazes apenas agridem ainda mais a mucosa 

Figura 1:

Figura 2:


Essa matéria foi escrita por minha esposa, Dra. Andreia Corte Vieira Damião. Cirurgiã-Dentista, Especialista em Ortodontia e Pós-graduada  em Função e Harmonização Facial. CROSP: 117852.



Patologias do Trato Gastrointestinal I - Órgãos do TGI

Bom dia pessoal,

A aula de hoje será sobre patologias do trato gastrointestinal. Dando sequência ao nosso curso de anatomia patológica.

Essa aula é baseada, em partes, no Capítulo 17 do Livro Fundamentos de Patologia - Robbins e Cotran.

Com a turma da biomedicina desse semestre, vou analisar algumas doenças pontuais dos componentes do sistema digestório. Uma matéria a parte será escrita por minha esposa dentista sobre aftas e câncer de boca, e o restante dos órgãos do trato gastrointestinal serão apresentados aqui. Doenças hepáticas e dos demais órgãos anexos estarão no próximo resumo.

- Esôfago:

- Esofagite de Refluxo:
O refluxo de conteúdo gástrico é a principal causa de esofagite. Esta condição recebe o nome clínico de Doença de refluxo gastroesofágico (DRGE).


Figura 1:

- Patogenia

O refluxo do suco gástrico é a maior fonte de lesão na mucosa. Em casos severos, o refluxo duodenal da bile pode exacerbar o dano. O refluxo é causado pela diminuição do tônus do esfíncter esofágico inferior (EEI) e/ou aumento da pressão abdominal. Pode ser exacerbado por álcool, uso de tabaco, a obesidade, depressores do SNC, gravidez, esvaziamento gástrico diminuído ou aumento do volume gástrico.
A hérnia de hiato também é uma das causas de DRGE e ocorre quando a região inferior do diafragma se separa e o estômago protrui, adentrando o tórax. As hérnias de hiato podem ser congênitas ou adquiridas, sendo que menos de 10% são sintomáticas.

- Morfologia

sábado, 9 de março de 2019

Sistema Digestório - Revisão rápida e vídeo-aulas

Boa tarde pessoal,

segue algumas imagens e dois vídeos para vocês estudarem ou relembrarem as características anatômicas e um pouco de fisiologia do nosso Sistema Digestório.




Agora, dois vídeos com boas aulas sobre o sistema digestório. De ambos os professores, a aula tem continuação. Para a minha turma de Anatomia Patológica esse primeiro vídeo basta.
Quem quiser explorar mais, é só seguir a ordem dos vídeos.




Bons estudos!

sexta-feira, 8 de março de 2019

Neurotransmissores e Vesículas Sinápticas

Boa tarde pessoal,

Nesta aula falaremos dos neurotransmissores. 

Os neurotransmissores (transmissores sinápticos) são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, cuja função principal é a de sinalização (biossinalização). Utilizadas pelos neurônios na sinapse química, essas substâncias são liberadas pelo neurônio pré-sináptico e vão agir nos receptores de membrana do neurônio pós-sináptico.


Parte dessa aula é baseada no Capítulo 45 do livro Tratado de Fisiologia Médica - Guyton e Hall.

Mais de 50 substâncias químicas foram sugeridas como transmissores sinápticos.

Esses neurotransmissores são divididos em dois grandes grupos:
  1. Neurotransmissores pequenos e de ação rápida;
  2. Neurotransmissores Peptídicos (neuropeptídeos), maiores, de ação mais lenta.
Os neurotransmissores pequenos e de ação rápida (Acetilcolina, Dopamina, Serotonina...) são os que induzem as respostas mais agudas do sistema nervoso, como a transmissão de sinais sensoriais para o nosso encéfalo.

Os neuropeptídeos (Somatostatina, Ocitocina, Prolactina...) geralmente provocam ações mais prolongadas, como mudanças a longo prazo no número de receptores neuronais, abertura ou fechamento de canais iônicos por longos períodos e, possivelmente, o número de sinapses.

Antes de prosseguirmos a discussão, uma figura da Tabela com a classificação desses neurotransmissores de acordo com o tipo. Notem que, fora a classe denominada neuropeptídeos, todas as outras fazem parte dos neurotransmissores de moléculas pequenas:




- Neurotransmissores de Moléculas Pequenas e Ação Rápida:

Em muitos casos, são sintetizados no citosol do terminal pré-sináptico e entram nas vesículas sinápticas situadas no terminal por meio de transporte ativo.

Introdução à Neuroanatomia e Neurofisioloiga

Bom dia pessoal,

esse resumo é referente à segunda aula do curso de Psicobiologia e Psiconeurologia.

Para quem ainda não leu a aula 1, recomendo que inicie essa sequência de aulas por ela:

http://plantandociencia.blogspot.com/2019/03/introducao-psicobiologia-e.html


Aula 2 - Introdução à Neuroanatomia e à Neurofisiologia

O sistema nervoso realiza as seguintes funções:

  • Controle e coordenação de todos os demais sistemas do organismo;
  • Recebe, interpreta e gera a resposta adequada aos estímulos do meio ambiente;
  • Processos cognitivos superiores: o fato de pensarmos, de existir uma consciência que te define como eu, como pessoa. A formação de memória, dentre diversos outros abordados ao longo do curso.

Muitas funções são voluntárias, ou seja, dependem da nossa vontade, são atos voluntários. Como caminhar, falar, sorrir.
Outras funções conseguem exercer seus papéis independente de nossas vontades, são atos involuntários.

Em alguns lugares vocês vão encontrar como atos conscientes e inconscientes, cuidado para não confundir com Consciência e Inconsciência da Psicologia.

À medida em que subimos na escala zoológica, a complexidade do sistema nervoso (SN) aumenta, acompanhando o aumento na complexidade do organismo do animal.


Mas, será que podemos ser considerados os mais evoluídos? 
Eu acredito, para essa pergunta, que a melhor resposta seria que nosso cérebro é mais desenvolvido. Mais eficiente, com uma distribuição melhor dos neurônios e aproveitamento das sinapses.


E podemos ser chamados de mais inteligentes?

quinta-feira, 7 de março de 2019

Alucinações Hipnagógicas

Bom dia pessoal,

Pode ser que vocês não reconheçam pelo nome, mas a maioria já deve ter passado por um episódio de alucinação hipnagógica!


A figura acima demonstra uma alucinação hipnagógica bem comum, a mais descrita em minhas turmas de Psicobiologia e também nas turmas de Neuropsicologia ou de minhas palestras de neurociências. A nem um pouco agradável sensação de estar caindo em um buraco, caindo da cama ou de qualquer lugar, quando estamos pegando no sono. 

Você acorda de uma vez, assustado, coração a mil, até perceber que continua deitado no sofá ou na cama, e logo pega no sono novamente, bem mais tranquilo.



Mas o que realmente aconteceu nesse episódio?

A alucinações conhecidas como hipnagógicas são exclusivamente as que acontecem ao adormecer (as que ocorrem ao despertar chamam hipnopômpicas - como a paralisia do sono).

São experiências alucinatórias visuais, ricas em imagens, que surgem quando se está pegando no sono. Podem ser apenas um princípio de sonho ou, nos casos mais marcantes, vir acompanhada de alucinações auditivas e até mesmo somestésicas, ou seja, podemos ouvi-las e senti-las.

Essas que vêm acompanhadas de sensações geram grandes sustos, mas como quem presenciou já sabe, rapidamente percebemo-as como irreais, voltando a pegar no sono sem grandes problemas.

Bons sonhos!