segunda-feira, 20 de maio de 2019

Sistema Genital Masculino

Bom dia pessoal.
caminhando para o final do nosso curso de Anatomia Humana, hoje falaremos um pouco sobre Sistema Genital Masculino, seguido de uma próxima matéria com o Sistema Genital Feminino.

Este resumo é baseado no XII do Livro Anatomia Humana Básica - Dangelo e Fattini.

A capacidade do ser vivo gerar outro ser vivo da mesma espécie recebe o nome de Reprodução. Através dessa importante função é que ocorre a perpetuação da espécie. Nós, os humanos, e muitos animais são sexuados, dependendo de um espécime macho e uma fêmea para conseguirem se reproduzir. Para isso, órgãos internos e externos foram desenvolvidos para produzir e transportar gametas para se encontrarem e ocorrer a fecundação, formando o zigoto. Como em muitas espécies, em nós isso acontece durante uma parte de nossas vidas apenas, normalmente entre o início da puberdade, atingindo o clímax na fase adulta e declinando conforme avançamos em idade.

- Órgãos Genitais Masculinos

  • Gônadas: órgãos produtores de gametas e hormônios, os testículos;
  • Vias condutoras de gametas: via percorrida pelos espermatozoides, desde o local onde foram produzidos até sua eliminação: túbulos e ductos dos testículos, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra.
  • Pênis, como um órgão de cópula;
  • Glândulas anexas: secreções facilitam a progressão do espermatozoide nas vias genitais: vesículas seminais, próstata e glândulas bulbo-uretrais.
  • Órgãos genitais externos: aqueles visíveis do lado externo do corpo, o pênis e o escroto (bolsa que aloja os testículos).




- Testículos:

São os órgãos produtores de espermatozoides e, a partir da puberdade, também produzem o hormônio masculino, a testosterona, responsáveis pelo aparecimento das características secundárias masculinas.

São dois, ovoides, palpáveis dentro da bolsa que os aloja (escroto), onde, geralmente, o esquerdo é inferior ao direito. O testículo é revestido por uma membrana fibrosa, a túnica albugínea. O testículo é dividido em lóbulos, os quais contém os túbulos seminíferos contorcidos, os quais produzem os espermatozoides (ou seja, onde ocorre a espermatogênese).

Conforme vão caminhando para sair dos testículos, os túbulos ficam retos e se anastomosam, formando a rede testicular. A rede testicular, por sua vez, formam, após sair dos testículos, formam os ductos eferentes do testículo, que penetram no epidídimo.


- Epidídimo:

É uma estrutura em forma de C, situada na margem posterior do testículo, onde pode ser sentido pela palpação. Os espermatozoides são aqui armazenados até o momento da ejaculação. Dividido em cabeça, corpo e cauda, mostrado na segunda porção da Figura acima.

- Ducto Deferente:

É a continuação do canal do epidídimo e conduz os espermatozoides até o ducto ejaculatório. 

Considerando-se que os testículos estão localizados externamente à parede da pelve e que o ducto ejaculador encontra-se dentro da cavidade pélvica, torna-se necessária a existência de um túnel através da parede do abdome para permitir a passagem do ducto deferente. Essa passagem recebe o nome de canal inguinal, situado na porção mais inferior da parede abdominal.

Pelo canal inguinal passam também as demais estruturas relacionadas aos testículos, como as artérias e veias, linfáticos e nervos. Juntos, canal inguinal e ducto deferente formam o funículo espermático. 

O canal inguinal é uma região frágil, na qual podem se originar as hérnias inguinais. Já o ducto deferente pode ser palpado como um cordão duro, possuindo cerca de 30 centímetros de comprimento. 




- Ducto Ejaculatório:

Formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal. Das vias condutoras dos espermatozoides, é a porção de menor dimensão e de calibre mais reduzido. Em quase todo o seu trajeto está situado na próstata e vai desembocar na parte prostática da uretra, junto de uma saliência denominada colículo seminal.

- Uretra:

A uretra masculina é um canal comum para a micção e para a ejaculação, com cerca de 20 centímetros de comprimento. Inicia-se no óstio interno da uretra, na bexiga, e atravessa sucessivamente a próstata, o assoalho da pelve e o pênis, terminando na extremidade deste órgão pelo óstio externo da uretra.

Pode ser dividida em três partes: uma prostática, uma membranosa e a parte esponjosa (localizada no corpo esponjoso do pênis).

- Vesículas Seminais:

São bolsas situadas na parte póstero-inferior da bexiga. Cada vesícula seminal consiste de um tubo enovelado que emite vários divertículos e termina superiormente em um fundo cego. Inferiormente, sua extremidade torna-se estreita e reta para formar o ducto da vesícula seminal, que junta-se ao correspondente ducto deferente para constituir o ducto ejaculatório.

O sêmen consta de espermatozoides e componentes líquidos, sendo a função destes líquidos ativar os espermatozoides e facilitar a progressão dos mesmos através das suas vias de passagem. A secreção das vesículas seminais faz parte do líquido seminal e tem o papel de ativar os espermatozoides.


- Próstata:

É um órgão pélvico, ímpar, situada inferiormente à bexiga e atravessado, em toda sua extensão, pela uretra.

Consiste principalmente de musculatura lisa e tecido fibroso, mas também possui glândulas. A secreção destas glândulas junta-se à secreção das vesículas seminais para constituir o volume do líquido seminal. 

A secreção das glândulas prostáticas é lançada diretamente na porção prostática da uretra, é ela que confere o odor característico do sêmen.

- Glândulas Bulbo-uretrais:

São duas formações arredondadas, pequenas, situadas nas proximidades da porção membranosa da uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e sua secreção é mucosa.

- Pênis

É o órgão masculino para a cópula. 

Normalmente flácido, pode tornar-se rígido e aumentar de tamanho (ereção), quando seus tecidos lacunares ficam cheios de sangue.

Basicamente, o pênis é formado por três cilindros de tecido erétil - os corpos cavernosos e o corpo esponjoso, envolvidos por fáscias túnicas fibrosas e externamente pela pele fina e extremamente distensível.


Os corpos cavernosos fixam-se poe suas extremidade posteriores (ramos do pênis) a ossos da bacia, mais especificamente o íleo e o púbis.

O corpo esponjoso possui duas dilatações, a glande (anterior) e o bulbo do pênis (posterior).


O pênis apresenta uma raiz e um corpo. A raiz é sua porção fixa, compreendendo os ramos do pênis e o bulbo do pênis. O corpo é a parte livre, aqui, os ramos são continuados pelos corpos cavernosos e o bulbo é continuado pelo corpo esponjoso, cuja terminação é a glande do pênis. 

Como a parte esponjosa da uretra percorre o corpo esponjoso, encontra-se na extremidade da glande uma fenda mediana, conhecida como óstio externo da uretra. A glande está recoberta pelo prepúcio, que contêm o frênulo.

Fimose é a condição onde existe um estreitamento, em graus variáveis do prepúcio. Isso faz com que a glande toda ou grande porção dela fique recoberta todo o tempo, dificultando a higiene local e gerando desconforto em relação sexuais. Facilmente corrigida através da intervenção cirúrgica com anestesia local.

- Escroto:

É um bolsa situada atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica. É dividida por um septo em dois compartimentos, cada um contendo um testículo. O escroto apresenta diversas camadas, entre elas a pela, fina, hiperpigmentada e com pelos. Também temos a túnica dartos, constituída de fibras musculares lisas.

O aspecto do escroto varia de acordo com o estado de contração e relaxamento da túnica dartos, aparecendo curto e enrugado quando contraída, como no frio.

O escroto tem uma arquitetura anatômica elaborada para manter a temperatura ideal para os testículos, favorável à espermatogênese, sendo que a túnica dartos funciona como um termostato, visando manter a constância dessa temperatura.

Bons estudos!

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