continuando nosso curso de Neuroanatomia, hoje vamos falar um pouco sobre o Tronco Encefálico.
Esse resumo é baseado no capítulo 5 do Livro Neuroanatomia Funcional, do Machado.
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula espinhal e o diencéfalo, sendo ventral ao cerebelo. É constituído por corpos de neurônios agrupados em núcleos, e por fibras nervosas que formam tratos, fascículos e lemniscos.
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que constituem os nervos cranianos, dos 12 nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico.
O tronco encefálico é formado por três estruturas, que, da posição mais caudal para a cranial são: bulbo, ponte e mesencéfalo.
Observem nas duas figuras abaixo, a vista anterior e a vista posterior do tronco encefálico:
Um assunto de extrema urgência, pois para os cientistas mais pessimistas, a partir de 2050 nossos antibacterianos não serão mais eficazes, o que fará com que anualmente milhões de pessoas venham a óbito por doenças hoje razoavelmente simples.
Para vocês terem uma primeira ideia, observem a tabela abaixo que mostra o ano da descoberta ou fabricação do antibacteriano e, na segunda coluna, o ano em que apareceram bactérias resistentes a este fármaco:
dando continuidade à disciplina de Neuropsicologia, na aula de hoje vamos falar sobre Atenção e consciência.
Nesta aula, aprendemos como o cérebro funciona quando estamos relaxando, sem focar em nenhuma atividade específica. Também abordamos a neurobiologia da atenção, os mecanismos que nosso cérebro utiliza para ter um foco seletivo e também a definição neurocientífica de Consciência.
Este material já existe no blog e será disponibilizado no link abaixo:
Como é nesta aula que abordamos o tema Atenção, também abordo o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). No material acima não tem a parte do TDAH, vou escrever em breve um material separado sobre o tema.
Só alguns pontos importantes:
Existe um grande problema na atualidade que é o uso excessivo de ritalina e outros medicamentos para tratar o Déficit de Atenção, inclusive em crianças que não possuem a síndrome. Aliás, de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, menos de 25% das crianças que sofrem com esse transtorno estão diagnosticadas, e muitas crianças que não sofrem com o transtorno estão tomando remédios para tratá-lo.
Gente, o grande problema é o seguinte: medicamentos que alteram a química cerebral vão afetar, de uma maneira positiva ou negativa, o desenvolvimento do cérebro de uma criança. Por isso, o diagnóstico é de extrema importância.
Para dar uma introdução a esse transtorno e à importância de um diagnóstico correto, eu recomendo o documentário disponível no Netflix, Take your pills:
Continuando o estudo destes fármacos tão importantes em nossas vidas, vou responder duas perguntas muito comuns:
- O álcool corta o efeito dos antibacterianos?
- O álcool corta o efeito dos anticoncepcionais?
Vamos começar falando sobre o uso concomitante de antibacterianos e álcool.
No meio da semana, dor de garganta, garganta inflamada e cheia de placas. Resultado? O médico prescreve antibacterianos para o tratamento, por 7 dias.
Excelente. Você começa o tratamento, quarta, quinta, sexta. Opa, começou o final de semana. Será que seu eu tomar aquela cerveja no churrasco dos amigos o remédio vai perder seu efeito?
hoje nossa aula de Farmacologia é uma introdução ao estudo dos antibacterianos.
Primeira coisa que precisamo falar é que antibiótico não é um termo que serve apenas para os medicamentos que combatem as infecções bacterianas. Antibióticos ou antimicrobianos são medicamentos que combatem infecções causadas por microrganismos, sejam eles bactérias, fungos ou parasitas.
O certo mesmo é falar antibacteriano ou antibiótico antibacteriano.
Mas, normalmente, quando alguém se refere a antibióticos, está se referindo à classe de medicamentos que vão agir nas infecções causadas por bactérias, isso é disseminado em nosso país.
Para mim, falar de antibacterianos é falar antes de tudo sobre Alexander Flaming, o grande descobridor desta classe de fármacos.
Flaming era um microbiologista inglês, que ao sair de férias deixou algumas de suas placas de Petri destampadas. Ao voltar, algum tempo depois, notou que nas placas onde cresceram fungos não haviam mais bactérias. Com seus parceiros, estudou e descobriu que este fungo, do gênero Penicillium, produzia uma substância que matava as bactérias, a qual denominaram Penicilina. Foi uma tremenda revolução na área da saúde, como podemos observar nas duas figuras que se seguem:
Falamos de receptor, de fármaco, do acoplamento de ambos, do receptor em sua forma ativa. Mas e depois? Como realmente acontece a resposta farmacológica?
Para responder essa questão, hoje vamos estudar um pouco sobre os mecanismos de ação moleculares dos fármacos.
Sabe-se hoje que existem diversas famílias de proteínas que funcionam como receptores farmacológicos em nosso organismo, mas, apesar dessa grande variedade os mecanismos de ação mais bem estudados são cinco, que estudaremos agora.
A figura abaixo foi retirada do livro Farmacologia Básica e Clínica dos autores Katzung, Masters e Trevor, e mostra os cinco mecanismos de ação moleculares que vamos estudar:
Em ordem, os mecanismos apresentados são:
Receptores Intracelulares: uma enzima ou um regulador da transcrição gênica, quem age nele são fármacos lipossolúveis que atravessam a membrana celular;
Receptor Enzimático: a própria proteína receptora possui atividade enzimática,fármaco se liga ao domínio extracelular e ativa esse mecanismo.
Receptor Enzimático: fármaco se liga ao domínio extracelular do receptor e faz com que o receptor ative uma proteína cinase separada, que por sua vez ativa a cascata enzimática.
Receptores que são canais iônicos: fármaco se liga e regula diretamente sua abertura;
Receptores acoplados à proteína G: aqui, o fármaco se liga ao receptor que tem parte de sua proteína G liberada para ativar um canal iônico ou uma enzima efetora. Mecanismo conhecido por seus segundos mensageiros.
Relembrando uma figura que já postei na primeira aula de Farmacocinética:
A Farmacodinâmica é uma área de estudo dentro da Farmacologia que se encarrega de estudar os efeitos fisiológicos e bioquímicos dos fármacos e seus mecanismos de ação. Ou seja, o que os fármacos causam de alterações no nosso organismo para cumprirem seus efeitos.
O primeiro conceito que precisamos ter claro para entender com maior facilidade essa parte da Farmacologia é o conceito de receptor. Primeiro que, sem um receptor, o fármaco não tem função nenhuma em nosso organismo.
De uma forma resumida, receptor é um componente da célula ou organismo que interage com um fármaco e inicia a cadeia de eventos que leva aos efeitos observados.
hoje vamos falar um pouco sobre Epilepsia. Uma doença muito bem conhecida hoje, mas que por muito tempo foi associada a maus espíritos ou possessão.
A epilepsia, de uma forma bem simples, pode ser definida como uma alteração temporária no funcionamento do cérebro, que pode produzir manifestações motoras, sensitivas, sensoriais e/ou psíquicas, e que normalmente dura entre segundos a alguns poucos minutos. Como já discutimos no começo desta disciplina e em diversas matérias do blog, o cérebro funciona através de impulsos nervosos, que são impulsos elétricos. Isso, quando visto em um eletroencefalograma (EEG), mostra um padrão de ondas, que varia de acordo com a atividade que estamos realizando.
Nas aulas onde falamos sobre Farmacocinética, um conceito importante para essa área de estudo da Farmacologia não foi abordado: o tempo de meia vida de um fármaco.
Para quem ainda não leu, segue o link das duas aulas de Farmacocinética:
O tempo de meia-vida de um fármaco, muitas vezes representado apenas por T 1/2 é uma medida muito importante para a Farmacocinética, pois é através dela que conseguimos saber a duração do efeito farmacológico, os riscos de toxicidade e ainda, e talvez um dos aspectos mais importantes dessa medida, a velocidade de eliminação do fármaco do nosso organismo, ou seja, a velocidade com que um fármaco administrado vai desaparecer do nosso corpo (também conhecida como Meia-vida de eliminação).
Definindo de uma forma mais simples:
Meia vida é o tempo que o fármaco precisa para sua concentração no plasma diminuir em 50%.
Ou seja, uma dose do fármaco que chega a circulação sanguínea vai apresentar algumas meias-vidas, pois se ele chega em uma concentração de 4 mg, após seu primeiro tempo de meia vida vão restar 2 mg, após mais um tempo de meia vida 1 mg, e assim por diante, até que não exista qualquer concentração deste fármaco em nosso plasma.
Observem o gráfico abaixo para entender melhor esse conceito:
Na aula de Neuroanatomia de hoje, aprenderemos um pouco sobre a Medula Espinhal (ou Espinal).
Esta aula é baseada no Capítulo 4 do Livro Neuroanatomia Funcional do Machado.
A palavra medula significa miolo, algo que se encontra dentro de uma estrutura, no caso a medula espinha é encontrada dentro da nossa coluna vertebral, mas existem outros tipos, como a medula óssea (no interior dos ossos).
A medula espinhal é uma massa de tecido nervoso, de formato cilindroide, contida dentro do canal vertebral. Em um homem adulto, chega a medir 45 centímetros.
Como podemos observar na figura abaixo, a medula é limitada cranialmente pelo bulbo, estrutura do tronco encefálico, ao nível do forame magno do crânio (osso occipital).
Seu limite caudal é, normalmente, na segunda vértebra lombar (L2), onde termina se afunilando, formando o cone medular (em vermelho na figura abaixo):
Para entender um pouco sobre as infeções bacterianas e a importância dos antibacterianos e antibióticos de uma forma geral, segue um documentário bem interessante que encontrei no Youtube.
Existem pesquisas mais recentes sobre todos os tópicos abordados no documentário, mas a história e a forma de apresentar a importância desses fármacos na história da humanidade é muito interessante.
Vale a pena assistir:
Espero que gostem.
As aulas referentes aos antibacterianos e resistência bacteriana saem essa semana =)
Aprendemos na aula passada que a principal característica que facilita ou dificulta a passagem dos fármacos pela membrana celular é sua lipossolubilidade. Ou seja, quanto mais lipossolúvel, mais facilmente ele atravessará a membrana das nossas células.
Só que, essa mesma característica que facilita a passagem através das membranas dificulta a excreção do fármaco, porque, por ser lipossolúvel, essas moléculas são reabsorvidas nos rins, voltando para a circulação sanguínea ao invés de saírem pela urina.
Nesse ponto entra o metabolismo dos fármacos, que visa, além de evitar a intoxicação do organismos, tornar as moléculas dos fármacos mais hidrossolúveis para que possam ser excretadas pela urina.
O resultado do metabolismo (principalmente hepático) dos fármacos costuma ser dois:
continuando nosso curso de Neuropsicologia, hoje falamos um pouco sobre Sono e Sonhos.
Após as primeiras aulas, onde aprendemos um pouco sobre o funcionamento básico do nosso encéfalo (bases de neuroanatomia e neurofisiologia), precisamos concluir o seguinte: nosso encéfalo possui dois estados funcionais que se alternam, o que conhecemos como ciclo sono-vigília.
A partir disso, teceremos uma discussão sobre o que realmente fazemos durante o sono, as alterações fisiológicas do nosso corpo e do nosso cérebro, responderemos perguntas como o por que dormir é importante, tempo de sono, dentre outros detalhes.
Visto que já existem três matérias no blog falando sobre Sono e Sonhos, deixo abaixo o roteiro para esta aula de Neuropsicologia, que vocês devem utilizar para seguir e se orientar na leitura das matérias, cujos links vão estar logo abaixo do roteiro.
Só para relembrar um ponto abordado na aula anterior:
- Fármacos não criam efeitos em nosso organismo, não existe mágica. Eles apenas modificam (no sentido de aumentar ou inibir) alguma função fisiológica já existente.
Sobre a interação do Fármaco com o organismo, podemos dividir em dois tipos, conforme a figura que se segue. O primeiro tipo de interação, é o que estudaremos hoje, a Farmacocinética, que consiste basicamente sobre as ações que o organismo (nosso corpo) exerce sobre o fármaco/droga. A segunda, a Farmacodinâmica, nos fala sobre a interação do fármaco com o nosso corpo, como ele age em nosso organismo:
Onde ADME são as iniciais dos quatros processos envolvidos na farmacocinética: Absorção, Distribuição, Metabolismo e Excreção do Fármaco.
- Farmacocinética:
De forma bem resumida, a farmacocinética explica o trânsito ou o caminho que o fármaco percorre em nosso organismo após ingerido ou aplicado.
Temos que ter em mente que logo após a entrada do fármaco em nosso organismo, este já começa a ser processado.