terça-feira, 29 de agosto de 2023

Eritograma II

Bom dia, pessoal.

Hoje terminaremos de aprender sobre o Eritograma. Ontem, falei para vocês sobre o Hemograma, suas características, como a simplicidade e o quão valioso é a nível de diagnóstico. Além disso, discutimos um pouco sobre quais informações e parâmetro fazem parte do Hemograma. Se você não leu, só clicar aqui.

Finalizamos a matéria de ontem falando sobre a contagem de hemácias, a concentração de hemoglobina e o Hematócrito, três parâmetros básicos e muito importantes que compõem o nosso Hemograma.

Hoje, falaremos dos três índices hematimétricos, ótimo para classificar anemias, e também do famoso RDW. Sem spoilers, precisamos analisar um por um:


- Índices Hematimétricos:

Os índices hematimétricos são compostos por três análises sobre as características das hemácias. São eles:


- VCM: volume corpuscular médio

- HCM: hemoglobina corpuscular média.

-CHCM: concentração de hemoglobina corpuscular média.


Calma, não vou deixar as informações largadas assim, rs.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Hemograma

Boa tarde, meu povo!

Hoje vamos falar sobre algo que eu tenho certeza que você já fez em algum momento da sua vida, um exame de sangue. Por sinal, se não fez, corre para fazer, rs.

O hemograma, como é conhecido dentro das Análises Clínicas, deve ser feito rotineiramente (uma vez ao ano, pelo menos), pois trás informações importantes sobre nossa saúde. A rotina de exames evita surpresas desagradáveis, como uma doença ou problema de saúde em estágio avançado.


O hemograma é um exame simples, feito a partir de uma amostra de sangue total, e capaz de nos trazer informações importantíssimas sobre nossa saúde. 

Hoje, ele é completamente automatizado na maioria dos laboratórios de análises clínicas e instituições de ensino. Rápido, simples e barato, o resultado do exame é uma ferramenta diagnóstica valiosíssima.

Mas, o que nos mostra um Hemograma?

MHC de Classe I - Linfócitos T citotóxicos

Boa tarde, pessoal.

Hoje vamos falar sobre o Complexo de Histocompatibilidade, ou MHC, de classe I.

Reparem que o título já foi mais dramático, porque a resposta é mais dramática, ela culmina na morte da célula infectada. 

Diferente do que estudamos no MHC de Classe II, o MHC de classe I apresenta antígenos para os Linfócitos T Citotóxicos, também conhecidos como CD8+.

Observe a figura abaixo, para entender melhor o processamento do antígeno:



A figura, retirada do livro de Imunologia Básica do Abbas, mostra mais uma diferença entre os MHCs. O MHC de classe I é expresso em todas as células nucleadas. Sim, em TODAS!

Por que tudo isso? 
Vários motivos, mas um exemplo pode ajudar a entender: os vírus, dos principais "inimigos" dos linfócitos T citotóxicos, é um parasita intracelular obrigatório, ou seja, ele precisa de uma célula nucleada, capaz de produzir proteínas, para se multiplicar. 

Logo, teoricamente (na prática não é tão simples), os vírus podem infectar qualquer célula nucleada do corpo humano. E, se ele pode atacar, eu preciso de mecanismos para me defender.

Outro ponto, que é importante ressaltar na diferenciação entre os dois tipos de MHC, é que o de classe I lida com antígenos intracelulares. Eles não foram absorvidos por uma célula de defesa, eles infectam a célula.

Observem o esquema abaixo:


Repare, só existe vesícula no final do processo de preparo para a apresentação do antígeno. 

O antígeno já está no citoplasma, então é necessário a ação de uma enzima, como a Proteassoma da figura, para quebrar esse antígeno em "pedaços" menores. O antígeno é quebrado para conseguir entrar no retículo endoplasmático, onde se liga à molécula do MHC de classe I (produzida pelo RE). 

MHC de classe I se une ao antígeno e esse complexo Antígeno-MHC é exposto do lado de fora da célula, conectado à membrana celular, à espera do Linfócito T CD8+.

Após se ligar e entender o recado, os linfócitos T CD8+ (ou citotóxicos) destroem a célula infectada, eliminando assim o reservatório de infecção.

Anote as diferenças entre as etapas de processamento de antígenos do MHC de classe I e II, isso ajudará a entender a função e as características principais de cada um.


Bons estudos!

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Enzimologia Clínica

Boa tarde, pessoal.

Hoje estudaremos um pouco sobre a Enzimologia clínica, que nada mais é que o estudo das enzimas que tem interesse clínico-diagnóstico, um dos principais ramos de estudo da Bioquímica Clínica.

Primeiro de tudo, enzimas são proteínas.
A função delas é catalisar reações químicas dos nossos sistemas biológicos. Detalhe: elas influenciam a reação sem sofrer qualquer alteração em suas estruturas, ou seja, elas não são consumidas na reação.

A figura abaixo mostra bem o papel de uma enzima:



O estudo das enzimas tem uma importância enorme, e hoje, nosso objetivo é exatamente esse, entender o papel das enzimas dentro do diagnóstico clínico.

Todas as enzimas presentes no corpo humano são sintetizadas dentro de células (intracelularmente) e três tipos de enzima são considerados de importância clínica:

terça-feira, 22 de agosto de 2023

MHC de Classe II - Imunologia Clínica

Boa tarde, pessoal.

Hoje vamos falar sobre o Complexo de Histocompatibilidade, conhecido como MHC e terror de muitos alunos na Imunologia básica e clínica.

Vamos por partes, para construir o conceito em um passo a passo.

Primeiro ponto importante: as células que expressam o MHC de Classe II são: Células Dendríticas, Macrófagos e Linfócitos B. Logo, tudo que for escrito nessa matéria está relacionado a essas três células.

Segundo ponto importante: os antígenos aqui são antígenos extracelulares. Quando observarem o antígeno dentro da célula nos desenhos, lembre-se que ele foi "engolido" pela célula.

Terceiro ponto importante: como são antígenos extracelulares, repare que todas as etapas acontecem dentro de vesículas, para que o antígeno nunca tenha contato com o interior (citoplasma) da célula. Isso acontece porque caso seja uma bactéria, por exemplo, ela poderia infectar a célula, o que exigira a resposta do MHC de classe I, que leva à morte celular.

Beleza, agora vamos de figuras né, para facilitar a visualização disso tudo. Lembrando, por último (prometo), que toda essa história de MHC e processamento de antígenos, é a forma como nossas células apresentadoras de antígenos conseguem deixar o antígeno do jeito que o linfócito T gosta e consegue reagir. O MHC de classe II, que estudamos hoje, prepara o antígeno para os Linfócitos T CD4+, ou Linfócitos Auxiliares. O MHC de classe I, que aparece no próximo post de Imuno, apresenta o antígeno para os Linfócitos T CD8+, ou Linfócitos Citotóxicos.

Mas, voltando às figuras:


Uma excelente figura do livro do Abbas (Imunologia Básica), representando as células que expressam o MHC de Classe II.

Uma obra de arte, como meus alunos bem conhecem, um esquema que demonstra todas as minhas habilidades artísticas, um esquema de como acontece o processamento do antígeno com o MHC de classe II:



E, para finalizar, uma figura que não tem toooooda a qualidade artística do meu desenho, mas que pode ajudar bastante. Também uma figura do livro de Imunologia Básica do Abbas:



Era isso.
Bons estudos, pessoal.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Introdução à Imunologia Clínica

Bom dia, pessoal.

Para iniciar nossas discussões sobre Imunologia Clínica aqui no blog, preparei uma matéria com alguns vídeos e informações que são extremamente úteis para revisar o conteúdo de Imunologia básica e seguir sem problemas ao longo da disciplina. Espero que facilitem o estudo de vocês.

Nossa revisão da Imunologia básica começou com 4 perguntas:

1 - Quais as funções do Sistema imune (SI)?

2 - Onde são produzidas as células do SI?

3 - Quais os tipos de Imunidade?

4 - Qual a diferença principal entre a imunidade gerada a partir de uma vacina ou infecção e a imunidade gerada a partir de uma transfusão de anticorpos ou do aleitamento materno?


Essas quatro pergurtinhas, se bem respondidas, podem ser utilizadas para relembrar boa parte do conteúdo visto em imunologia básica. 

Mas, antes de passar as respostas, separei alguns vídeos bem didáticos para resgatar as memórias sobre imunologia básica (pode ser pra criar algumas também, para quem não lembra nada, rs):