quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Prazer, Neuroanatomia!

Boa tarde pessoal,

Nossa primeira aula foi na semana passada, mas a matéria de boas vindas sai hoje. Sejam todos bem vindos a essa interessante (e um pouco complexa) jornada dentro da disciplina de Neuroanatomia.

Na semana passada discutimos um pouco sobre os Neuromitos e algumas características básicas do funcionamento do nosso cérebro.




Hoje nós daremos mais um passo, ampliando a nossa visão ao explorar conceitos básicos sobre o nosso Sistema nervoso. Quais os componentes? Quais as funções? São os órgãos que controlam o nosso sistema nervoso ou é o sistema nervoso que controla nossos órgãos?

Tudo isso, a nível de neuroanatomia, vocês encontram nesses dois links:

http://plantandociencia.blogspot.com/2019/05/anatomia-do-sistema-nervoso.html

http://plantandociencia.blogspot.com/2019/03/introducao-neuroanatomia-e.html


Aqui, além das boas vindas, gostaria de retomar um conceito que discutimos brevemente em nossa primeira aula: Neuroplasticidade ou Plasticidade Neural.

Antes de falar algumas coisas, assistam ao vídeo:



De uma forma bem resumida, gosto de visualizar o conceito de neuroplasticidade em três pontos específicos:

1. Ela é a base do nosso processo de formação de memórias e, assim, a base do nosso aprendizado. Quando aprendemos algo novo, a neuroplasticidade entra em ação e gera novas sinapses, e assim, esse novo conhecimento passa a fazer parte do seu arsenal de memórias. Ele não cessa em nenhuma idade, então podemos aprender algo novo ao longo de toda nossa vida, e se treinarmos ainda ficaremos bons nele (apesar de que sim, crianças e adolescentes aprendem com maior facilidade).


2. É a neuroplasticidade que garante a retomada de funções cerebrais pós uma lesão, pós um AVC. Em algum momento vocês já acompanharam um caso onde após um AVC, o paciente perdeu a sensibilidade, os movimentos de alguma região do corpo e, depois de um longo tratamento recuperou essas funções. 

Nós vimos que a neurogênese (formação de novos neurônios) acontece quase que exclusivamente no hipocampo. Se os neurônios que morrem em uma lesão não são repostos, as funções só podem ser retomadas a partir da plasticidade neural, o que é tão fantástico quanto nascerem novos neurônios.


3. Hábitos. Sim, hábitos entram no tópico 1, mas pense na capacidade infinita que temos de trocar nossos hábitos. Todos carregamos um ou mais péssimos hábitos que sabemos que custarão caro lá na frente, mas insistimos em carregá-los. Agora você não tem mais desculpa, pois seu cérebro é totalmente capaz de aprender novos comportamentos. 

É fácil? Não, nosso cérebro adora a zona de conforto e qualquer mudança, ainda mais de um caminho que ele já percorre sem esforço nenhum (hábito) gera sofrimento. Mas, esse sofrimento passa rápido, porque mesmo preguiçoso, nosso cérebro é extremamente adaptável (plástico).


Agora me contem aqui nos comentários: você está cuidando bem ou mal do seu cérebro com seus hábitos? Dá para mudar?


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