terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Patologia dos Ossos

Boa tarde pessoal,

esse resumo fala sobre as Patologias dos Ossos e é baseado no Capítulo 26 do livro Fundamentos de Patologia - Robbins e Cottran.

Para começarmos a discutir o assunto, precisamos lembrar das principais células existentes em nossos ossos:

  • Osteoblastos: responsáveis pela síntese de matriz óssea e o início da mineralização óssea. Derivados das células osteo progenitoras (células tronco pluripotentes).
  • Osteócitos: células de longa duração responsáveis pela homeostase local de cálcio e fosfato do osso e por transmitir forças mecânicas em atividades biológicas (transdução mecânica). São derivadas dos osteoblastos.
  • Osteoclastos: células de curta duração (cerca de duas semanas), multinucleadas, responsáveis pela reabsorção do osso.


A homeostase óssea envolve o equilíbrio da deposição óssea pelos osteoblastos e reabsorção pelos osteoclastos. Células do estroma e osteoblastos também regulam criticamente a diferenciação e ativação de osteoclastos.

- Anormalidades de Desenvolvimento em Células Ósseas, Matriz e Estrutura:

Enquanto desordens ósseas adquiridas comumente se apresentam na idade adulta, a maioria das anomalias do desenvolvimento são causadas por mutações genéticas e manifestadas tipicamente durante os estágios precoces da formação óssea.

  • Disostoses: anomalias do desenvolvimento devido à migração ou diferenciação anormal das células mesenquimais; frequentemente são resultados de mutações nos genes dos fatores de transcrição homeobox. Como a Simpolidactilia: causada pela mutações do fato de transcrição Homeobox HOXD-13, se manifestando com um dígito extra (polidactilia) e/ou fusão dos dedos (sindactilia);
  • Displasias: são mutações em moléculas sinalizadoras ou constituintes da matriz, levando a desordens esqueléticas globais. A Acondroplasia é a forma mais comum de nanismo, sendo 80% genética. São causadas por mutações no receptor do fator de crescimento de fibroblastos 3. Ossos menores com extremidades anormalmente curtas, porém com largura normal.

- Doenças associadas a defeitos nas proteínas estruturais extracelulares:

  1. Doença do Colágeno Tipo 1: gera uma osteogênese imperfeita, conhecida também como doença do osso quebradiço. Resultantes da síntese anormal de colágeno tipo 1 (90% dos constituintes da matriz orgânica óssea).
  2. Doenças associadas às mutações nos colágenos tipo 2, 9, 10 e 11: relacionadas com a síntese anormal de cartilagem hialina.

- Doenças associadas aos defeitos no dobramento e degradação de macromoléculas:

domingo, 24 de fevereiro de 2019

História da Anatomia

Bom dia pessoal,

essa postagem é apenas uma dica para quem tiver interesse na História da Anatomia.

O link abaixo contém um texto do site chamado Aula de Anatomia, que, além dessa postagem interessante sobre os avanços do estudo da Anatomia ao longo dos séculos, contém muito material de qualidade para vocês aprofundarem os estudos da disciplina.

O link para reportagem é:


Existem diversos outros sites e páginas que possuem textos falando sobre a história da anatomia. Deem uma pesquisada, procurem também outras fontes. É sempre muito importante ter mais de um ponto de vista a respeito de qualquer assunto.

Abaixo, algumas figuras do grande mestre Leonardo Da Vinci, insaciável na busca pelo conhecimento:


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Vídeos que valem a pena assistir

Boa tarde pessoal,
Essa postagem vem com um vídeo curto de uma palestras do TED extremamente interessante.

A apresentação da neurocientista brasileira Suzana Herculano-Hozel é interessante porque ela é, antes de tudo, uma grande cientista aqui do Brasil, que desenvolveu técnicas inovadoras para contagem de neurônios e publicou diversos artigos sobre o assunto, se tornando conhecida mundialmente. Segundo, porque ela aborda o tema de evolução do nosso cérebro baseado na utilização do fogo, fazendo uma associação entre o aprendizado de cozinhar nossos alimentos com a capacidade de evolução do nosso cérebro a partir desse momento histórico. Assistam a palestra e comentem o que acham do assunto, se concordam, se não concordam e o porque:


Espero que tenham gostado,
Bons estudos!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Potenciais de Ação

Bom dia pessoal,
hoje vamos falar sobre o famigerado potencial de ação. Uma resposta sensacional de nossas células nervosas que permite a troca de informação entre elas.

Antes de seguir para a aula em sim, você conseguiu entender o que são os demais potenciais de membrana? Você entendeu o potencial de difusão, o de equilíbrio e o de repouso? Se a resposta for não, comece lendo o material do link abaixo, e depois venha para esse:



Essa aula sobre Potencial de Ação é baseada no capítulo 5 do livro Tratado de Fisiologia Médica - Guyton e Hall 

Os sinais nervosos em nosso corpo são transmitidos por potenciais de ação (PA), que são rápidas alterações do potencial de membrana que se propagam com grande velocidade por toda a membrana da fibra nervosa.
Cada potencial de ação começa por uma alteração súbita do potencial de membrana normal negativo para um potencial positivo, terminando então com um retorno muito rápido para o potencial negativo. E, para conduzir então o sinal nervoso, esse potencial de ação tem a capacidade de se deslocar ao longo da fibra nervosa, até sua extremidade final.

A figura abaixo mostra as alterações que ocorrem na membrana celular durante o potencial de ação - a transferência de cargas positivas para dentro da fibra, no seu início, e a saída dessas cargas positivas no final do potencial de ação. A parte inferior da figura mostra as alterações da membrana em um gráfico, que, para vocês terem ideia, essas alterações duram poucos décimos de milésimos de segundos, ou seja, são absurdamente rápidas (início explosivo do PA).



Os estágios sucessivos do potencial de ação são descritos a seguir:

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Potenciais de Membrana

Pessoal, boa tarde.
Esse resumo é baseado no capítulo 5 do Tratado de Fisiologia - Guyton e Hall.

Antes de continuar, reflita sobre uma questão: você consegue associar, quando lê esse nome potenciais de membrana, com o transporte de moléculas e água através da membrana celular? Eles são a base dos gradientes de concentração, dos potenciais de membrana, do potencial de ação.
Se você não enxerga com clareza a relação, estude a aula anterior a essa, que fale sobre estrutura física da membrana e suas funções, além do transporte através da membrana celular:




Agora, o resumo sobre potenciais de membrana e potenciais de ação:

Existem potenciais elétricos através das membranas de praticamente todas as células.
Algumas células vão além, como nossos neurônios (células nervosas) e nossas células musculares, que são capazes gerar pulsos eletroquímicos para transmitir impulsos (informações).
Além delas, algumas células como os macrófagos e as células glandulares os potenciais de membrana ativam muitas funções celulares.



Potencial de Membrana causado pela Difusão:

O Potencial de Difusão é causado pela diferença entre as concentrações iônicas nas duas faces da membrana.

Na figura abaixo, temos um esquema explicando os potenciais de difusão do Potássio e do Sódio.

Links importantes para a urinálise

Bom dia pessoal,
seguem dois links importantes para quem está estudando urinálise.

O primeiro, uma aula do centro de patologia clínica de Natal (RN), que recebe o título de Urinálise: Consensos e Controvérsias:


O segundo, um link para os valores de referência "normais" dos constituintes da urina. Observem que existem os valores padronizados a nível nacional e mundial, e que diversas fontes podem trazer pequenas diferenças. Perguntem ao professor de vocês qual ele usa e por que.

O link:



Dica de livro:

Como recomendação da minha orientada de doutorado, professora doutora Maria Rita Rodrigues, acrescentei nessa lista um livro da doutora Susan Stransinger, chamado Urinálise e Fluídos Corporais.
De acordo com ela, o melhor livro para entender os parâmetros analisados na urinálise e na bioquímica clínica, assim como os valores de referência, isso a nível de padrão mundial

Bons estudos!

Patologias Renais II

Segunda parte do resumo de patologia renal. A primeira você encontra no link abaixo:

http://plantandociencia.blogspot.com/2019/02/patologias-renais-i.html



Esse resumo é baseado no Capítulo 20 do livro Fundamento de Patologia - Robbins e Cotran.


- Síndrome Nefrítica:

  • Glomerulonefrite proliferativa (pós-estreptocócica, pós-infecciosa) aguda (GNPS):
É um distúrbio mediado por complexo imunológico. causado pela deposição de complexos antígeno-anticorpo, contendo proteínas derivadas de algumas infecções bacterianas.

Morfologia: é uma glomerulonefrite difusa, com hipercelularidade global resultade da infiltração de neutrófilos e monócitos; bem como da proliferação de células epiteliais, mesangiais e endoteliais.
Na imunofluorescência apresenta depósitos de IgG, IgM e C3.
Na microscopia eletrônica (ME) consegue-se ver depósitos subepiteliais semelhantes a protuberâncias.

Curso Clínico: os pacientes apresentam síndrome nefrítica de 1 a 4 semanas após uma infecção estreptocócica na pele ou faringe.  Poucas cepas (1, 4 e 12) do grupo A de estreptococos beta-hemolíticos são nefritogênicos.
Das crianças, 95% se recuperam rapidamente, 1% desenvolve doença rapidamente progressiva e o restante evolui para insuficiência renal crônica.

  • Glomerulonefrite rapidamente progressiva:
GNRP caracteriza-se clinicamente por um declínio rápido da função renal, rápido e progressivo. Dividida em três grandes grupos, com base nos achados imunológicos. Em cada grupo, as doenças podem estar associadas a distúrbios conhecidos, embora 50% sejam idiopáticas. (sem mais detalhes aqui porque não será um dos enfoques da minha aula !)



A figura mostra uma glomerulonefrite aguda difusa, notar, na porção A da imagem, a hipercelularidade.


- Síndrome Nefrótica

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Termos úteis para estudos de anatomia patológica

Boa noite pessoal,

Deixo abaixo alguns termos e achados clínicos importantes, que vão ser úteis para entender os sintomas e características das doenças renais estudadas.


Patologias Renais I

Boa tarde pessoal, esse é o primeiro dos dois resumos de Patologias do Sistema Urinário. Nessa primeira parte o foco maior é o rim propriamente dito.

Antes de começarmos o resumo propriamente dito, vou deixar algumas figuras das estruturas renais para relembrarem alguns detalhes importantes que farão diferença na leitura do conteúdo:








Agora, o resumo propriamente dito:

Esse resumo é baseado no Capítulo 20 do livro Fundamentos de Patologia - Robbins e Cotran.

As doenças renais são classificadas com base em quatro compartimentos anatômicos básicos:
  • Os glomérulos - com frequência, lesões mediadas imunologicamente;
  • Os túbulos - frequentemente lesões infecciosas ou tóxicas;
  • O interstício;
  • Os vasos sanguíneos.

Muitos distúrbios afetam mais que uma estrutura. A interdependência desses compartimentos determina que o dano em um deles afeta, secundariamente, os outros. A despeito da lesão inicial, todas as formas de doença renal crônica podem, por fim, destruir os quatro compartimentos renais, culminando em doença terminal.

- Definições:

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Transporte de substâncias através da Membrana celular

Resumo baseado no Capítulo 4 do livro Tratado de Fisiologia Médica do Guyton e Hall.

As proteínas integrais de membrana que podem ser chamadas de carreadoras de substâncias são de dois tipos: aquelas que formam literalmente um canal (um poro) e as que são chamadas transportadoras, que se ligam às moléculas e sofrem alterações conformacionais (de forma), para conseguir mover a substância de um lado da membrana para o outro.

Existem dois tipos principais de transporte através da membrana: a Difusão e o Transporte Ativo.

  • Difusão: baseada no movimento molecular aleatório das substâncias, também conhecido como resultado do movimento das moléculas, derivado de sua energia cinética. Carrega substâncias de um lado para o outro da membrana, diretamente no espaço entre os fosfolipídeos (simples) ou com ajuda de proteínas carreadoras (facilitado), sem gasto de energia. Ocorre do meio MAIS para o meio MENOS concentrado.
  • Transporte Ativo: movimento de íons ou outras substâncias, através da membrana celular, sempre ligado a proteínas carreadoras. Aqui, a proteína faz com que a substância se mova contra seu gradiente de concentração, ou seja, do meio MENOS para o MAIS concentrado. Para fazer isso, necessita de energia, que é advinda da Adenosina trifosfato (ATP).



- Difusão:

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Membrana Celular - Estrutura

Bom dia pessoal, como existem alguns tópicos a serem falados sobre a Membrana Celular, vou começar falando sobre sua estrutura física, sobre seus componentes e algumas de suas funções.

O texto a seguir foi retirado, em parte, do Capítulo 2 do Livro Tratado de Fisiologia Média - Guyton e Hall

A maioria das organelas celulares é delimitada por uma membrana, a qual é composta de lipídios, proteínas e carboidratos. Podemos citar, como exemplos: membrana nuclear, membrana mitocondrial, membrana do retículo endoplasmático, membrana dos lisossomos e a membrana que é o objetivo dessa aula, a membrana celular ou membrana citoplasmática.

A membrana celular ou citoplasmática é uma estrutura fina, flexível e elástica, com cerca de 7,5 a 10 nanômetros de espessura. Composta, mais detalhadamente, por:
  • Proteínas: 55%
  • Fosfolipídeos: 25%
  • Colesterol: 13%
  • Outros lipídios: 4%
  • Carboidratos: 3%.

Tratado de Fisiologia Médica - Guyton

- A barreira lipídica impede a penetração de água:

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Sistema Urinário - Vídeos para revisão de anatomia e fisiologia

Boa noite pessoal, tudo bem?

Seguem duas vídeo-aulas para o pessoal da Anatomia Patológica relembrar alguns detalhes importantes sobre o funcionamento renal, assim como suas estruturas e a formação da urina.

Relembrar esses conceitos vai ser de grande importância e ajuda para entendermos o conteúdo que começaremos no dia 12/02, sobre as doenças do Sistema Urinário.

As aulas são da professora Natália Reinecke. Assisti as duas e estão bem didáticas e bem apresentadas, vale investir um pouco de tempo e relembrar tantas informações sobre nossos preciosos rins.

Assim que pronto, postarei a parte escrita da Patologia do Sistema Urinário.






Bons estudos.



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Mitocôndrias - Funções

As mitocôndrias são consideradas, por muitos, como a "casa de energia" da célula, ou ainda como a "usina" celular. Mas por que?

A principal fonte de extração de energia celular são os nutrientes que reagem com o oxigênio - carboidratos, lipídios e proteínas.

No corpo humano, todo carboidrato é convertido em glicose. no trato digestivo ou no fígado, antes de alcançarem outras células do corpo. Da mesma forma, proteínas chegam à célula como aminoácidos e as gorduras como ácidos graxos.
Dentro da células, mais especificamente dentro das mitocôndrias, os alimentos então reagem com oxigênio, isso ocorre por meio da atuação de enzimas, que além de controlarem as reações ainda canalizam a energia gerada (liberada) na direção apropriada.

Assim, quase todas as reações oxidativas ocorrem nas mitocôndrias, e a energia liberada é usada para formar um composto de alta energia, que conhecemos como ATP (Adenosina trifosfato). Logo, o ATP, e não os nutrientes vindos da dieta, é utilizado para energizar quase todas as reações metabólicas intracelulares subsequentes.

Figura abaixo mostra a estrutura de uma molécula de ATP:


Como podemos ver na figura acima, o trifosfato de adenosina, famoso ATP, é um nucleotídeo composto por:
  1. Adenina (base nitrogenada);
  2. Ribose (açúcar pentose);
  3. Três radicais fosfato (trifosfato)

Os dois últimos radicais fosfato são conectados com o restante da molécula pelas chamadas ligações fosfato de alta energia. Sob condições físicas e químicas do corpo, cada uma das ligações de alta energia contém, cerca de 12.000 calorias de energia por mol de ATP, o que é muitas vezes maior do que a energia armazenada em ligações químicas usuais.
A ligação fosfato de alta energia pode ser cindida instantaneamente sempre que energia for necessária para promover outras reações intracelulares.

Quando o ATP libera sua energia, um radical de ácido fosfórico se separa da molécula, formando a molécula conhecida como Difosfato de adenosina (ou ADP). Essa energia liberada é, então, usada para energizar muitas outras funções da célula, como a síntese de substâncias (como as proteínas) e a contração muscular.

Para reconstituir o ATP utilizado, a mitocôndria utiliza a energia derivada dos nutrientes, recombinando o ADP e o ácido fosfórico, refazendo a molécula de ATP. Esse processo de consumo de liberação de energia, formação de ADP e reformação de ATP se repete indefinidamente.

1 - Processos químicos na formação de ATP - o papel das mitocôndrias


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Endocitose - Ingestão pela célula

Parte do Capítulo 2 do livro Tratado de Fisiologia Médica - Guyton e Hall

Para uma célula viver, crescer e se reproduzir, ela tem que obter nutrientes e outras substâncias do líquido ao seu redor (líquido intersticial, parte do LEC).

A maioria das substâncias passa através da membrana, através da difusão ou então por transporte ativo.
A difusão ocorre devido ao movimento aleatório das moléculas, que acabam encontrando poros nas membranas ou, se lipossolúveis, passam diretamente através da bicamada lipídica.
O transporte ativo exige a presença de proteínas carreadoras e o gasto de energia (ATP).

Quando partículas muito grandes precisam entrar na célula, elas o fazem por Endocitose.

Existem dois tipos de endocitose em nosso organismo:
- Pinocitose: ingestão de minúsculas partículas. Formam uma vesícula com o LEC e são englobadas pela célula, chegando ao citoplasma;

- Fagocitose: ingestão de grandes partículas, tais como bactérias, células inteiras ou partes de tecido em degeneração.

Para termos uma ideia do tamanho de uma célula humana e de outros células, segue a figura abaixo:



1. Pinocitose

A pinocitose ocorre continuamente nas membranas celulares da maioria de nossas células, variando em velocidade de célula para célula. Para termos uma noção da velocidade que acontece em algumas, os macrófagos perdem cerca de 3% de sua membrana celular a cada minuto pela intensa formação de vesículas pinocitóticas.

As vesículas pinocitóticas variam entre 100 a 200 nanômetros de diâmetro, sendo extremamente pequenas. A maioria só conseguimos visualizar com microscopia eletrônica.

A pinocitose é o único meio pelo qual a maioria das moléculas maiores (ex: proteínas), conseguem entrar na célula. A velocidade de formação de vesículas pinocitóticas é aumentada quando essas macromoléculas aderem à membrana celular.

Prestem atenção na figura abaixo, mostrando a sequência de eventos que ocorrem durante a pinocitose de moléculas que se ligam a receptores na membrana celular:


Essas moléculas possuem receptores específicos na membrana celular, ou seja, só ligam nos receptores delas mesmas.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Fisiologia - vídeos para complementar os estudos

Bom dia pessoal, tudo bem?

Segue um vídeo, do professor Fernando Mafra, agora falando sobre Fisiologia.
Quem leu algumas matérias no blog percebeu que sempre indico aulas dele, independente do conteúdo abordado, pois acho muito didático e de fácil entendimento.

Abaixo segue um vídeo e o link do canal do youtube dele, onde vocês podem encontrar vídeo-aulas sobre Fisiologia.





Pessoal, Fisiologia 1 e 2, dois links diferentes, pois ele atualizou a playlist de aulas de Fisiologia. O link da playlist 1 são as aulas mais antigas, enquanto o 2 as mais novas. Ambas abordam o mesmo conteúdo.

Bons estudos.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Introdução à Fisiologia - Homeostase

Capítulo 1 - Organização Funcional do Corpo Humano e Controle do meio interno
Livro: Tratado de Fisiologia Médica - Guyton e Hall

O objetivo da Fisiologia é explicar os fatores físicos e químicos que são responsáveis pela origem, pelo desenvolvimento e pela progressão da vida.
  • Fisiologia Humana: tenta explicar as características e os mecanismos específicos do corpo humano que fazem dele um ser vivo.

O próprio fato de nos mantermos vivos é o resultado de complexos sistemas de controle, por exemplo a fome, que nos faz buscar alimento ou mesmo o medo, que nos faz buscar proteção.

Esses atributos especiais junto ao fato de possuirmos um cérebro que nos permite sentir, pensar e gerar uma cultura, possibilita que sobrevivamos sob as condições mais amplas e adversas.

- Células: 

A célula é a unidade viva básica do organismo. 
Cada órgão é um agregado de muitas células diferentes, mantidas unidas por estruturas de suporte intercelular (entre as células).

Cada tipo de célula é especialmente adaptado para realizar uma ou mais funções específicas. 

Como exemplo temos as hemácias (25 trilhões em nosso corpo), que transportam o oxigênio em suas hemoglobinas. E os hepatócitos, que possuem enzimas para metabolizar substâncias das mais variadas que ingerimos, tanto as vindas da alimentação como os fármacos.

Neurônio, exemplo de célula - Plantando Ciência

Possuímos, no total, cerca de 100 trilhões de células em nosso corpo, que, apesar de todas as diferenças em relação à morfologia e função, possuem mecanismos de funcionamento muito parecidos:
  • Todas possuem o oxigênio como fonte de energia para a respiração celular;
  • Mecanismos químicos que transformam os nutrientes em energia são basicamente os mesmos, ou seja, funcionam com os mesmos substratos;
  • Todas liberam produtos finais de suas reações químicas (excretas) no líquido que as banham (gás carbônico, ureia, ácido úrico).

- Líquido Extracelular: "o meio interno"

Cerca de 60%-70% do corpo humano adulto é composto por líquidos (principalmente água). Embora 2/3 (dois terços) desse líquido esteja dentro das células (líquido intracelular - LIC), 1/3 (um terço) restante se encontra no espaço fora das células, é o chamado Líquido Extracelular (LEC).

O Líquido Extracelular (LEC) é dividido em dois tipos, o plasma, a parte líquida do sangue, que corre dentro do sistema vascular, e o Líquido Intersticial, que é o líquido que banha todas as células do nosso corpo.


O LEC está em movimento constante por todo o corpo. Nele se encontram todos os íons e nutrientes necessários para manter a vida das células.

Assim, todas as células do nosso corpo vivem, essencialmente, no mesmo ambiente, motivo este pelo qual o LEC é conhecido como Meio Interno do Corpo (termo apresentado por Claude Bernard no século XIX).

As células podem viver, crescer e executar suas funções especiais enquanto o LEC (meio interno) tiver as concentrações adequadas de Oxigênio, glicose, íons, aminoácidos, lipídeos e outros constituintes.

Mecanismos especiais de transporte de íons através da membrana celular mantém as diferenças de concentração iônica entre o Líquido Extracelular (LEC) e o Líquido Intracelular (LIC).

Tratado de Fisiologia Médica - Guyton


- Mecanismos "Homeostáticos" dos principais Sistemas Funcionais:

  • Homeostasia: em fisiologia, é utilizada para definir a manutenção de condições quase constantes no meio interno. Descreve um equilíbrio necessário para o bom funcionamento do nosso organismo. Importante sempre lembrar que esse equilíbrio é um equilíbrio dinâmico, que sofre constantes mudanças, está sempre em "movimento".
Todos os órgãos e tecidos do corpo executam funções que contribuem para manter essas condições relativamente constantes
.
Exemplo: pulmões proveem o oxigênio utilizado pelas células.

1 - Sistema de Transporte e de Mistura do LEC - O Sistema Circulatório do sangue:

Vídeos para revisão de Patologia

Bom dia pessoal,

seguindo à postagem de Revisão de alguns conceitos de Patologia Básica, para que possamos entrar na Anatomia Patológica:


posto agora alguns vídeos, do professor Fernando Mafra, da Escola de Ciências da Vida (ECVI), onde o mesmo explica diversos conceitos de Patologia.

Para meus alunos da Biomedicina que já tiveram a disciplina, recomendo que assistam os vídeos dessa sequência para relembrarem vários dos termos que vamos utilizar daqui pra frente. Para quem ainda não teve a Patologia básica, aprendam com esse grande mestre.




Bons estudos e até a próxima.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Revisão de Patologia I

Primeira parte da Revisão de Patologia:

Aula de introdução da Anatomia Patológica - Turma Biomedicina, 2019/01.

Respostas Celulares ao Estresse e às Agressões Tóxicas: Adaptação, Lesão e Morte. 
Livro: Fundamentos de Patologia - Robbins e Cotran.

Patologia: estudo das causas estruturais e funcionais das doenças humanas.

Os aspectos de uma doença que formam o cerne da patologia são:
  • Suas causas (Etiologia);
  • Os mecanismos do seu desenvolvimento (Patogenia);
  • As alterações estruturais induzidas nas células e nos tecidos (Alterações Morfológicas).

A função de uma célula normal requer um delicado equilíbrio entre as exigências fisiológicas dela, limitações de sua estrutura e ainda de sua capacidade metabólica --> O resultado desse equilíbrio é o que conhecemos como HOMEOSTASIA.

As células conseguem alterar seu estado funcional em resposta a um estímulo/estresse moderado e ainda se manter estável.

Quando os estresses fisiológicos são excessivos ou existe algum tipo de estímulo patológico, a célula pode responder de três maneiras:
  1. Adaptação;
  2. Lesão Reversível;
  3. Lesão Irreversível e Morte Celular.

1 - Adaptações ocorrem quando o estresse induz um estado que altera o funcionamento da célula, porém preserva a sua viabilidade. Os mais conhecidos são: Hipertrofia (aumento do tamanho da célula), Hiperplasia (aumento no número de células), Atrofia (diminuição do tamanho celular) e Metaplasia (mudança de um tipo de célula madura para outra).

2 - Lesão Celular Reversível: alterações celulares patológicas que podem ser restauradas à normalidade se o estímulo estressante (agressor) for retirado ou se a causa da lesão não for muito grave.

3 - Lesão Celular Irreversível: ocorre quando o estímulo excede a capacidade da célula se adaptar (atinge um ponto sem retorno - "a gota d'água") e denota alterações patológicas permanentes que causam a morte celular.
Os dois tipos de morte celular são: Necrose e Apoptose.

Necrose: sempre representa um processo patológico. Tipo de morte celular mais comum, envolve um grande edema celular, a desnaturação e a coagulação de proteínas, degradação de organelas celulares e ruptura das células (extravasamento do conteúdo celular). Em geral, um grande número de células adjacente/vizinhas são afetadas, gerando um infiltrado inflamatório.

Apoptose: ocorre em várias funções normais do nosso organismo, como durante a embriogênese e também na morte neuronal programa após o nascimento. Não está necessariamente relacionada à lesão celular. Ocorre quando a célula ativa um programa de "suicídio" controlado internamente, que envolve um distúrbio orquestrado de componentes celulares. Aqui, há uma alteração mínima no tecido vizinho, ocorrendo pouca ou nenhuma inflamação. Morfologicamente, há condensação e fragmentação da cromatina.

Autofagia: a autofagia é uma resposta adaptativa das células à privação de nutrientes. Consiste essencialmente em um auto-canibalismo para manutenção da viabilidade. Porém, pode culminar em morte celular, sendo considerada uma importante causa de perda celular em doenças degenerativas dos músculos e do Sistema Nervoso.

Quadro com as características principais da necrose e da apoptose:





Causas das Lesões Celulares:

  • Ausência de Oxigênio (Hipóxia): afeta a respiração aeróbia e a capacidade de gerar ATP. Causa importante e comum de lesão e morte celular, ocorre em resposta a: Isquemia (perda do suprimento sanguíneo), Oxigenação inadequada (ex: insuficiência cardiorrespiratória), Perda da capacidade carreadora de oxigênio (ex: anemias ou intoxicação por gás carbônico).

Greg Dunn - O neurocientista artista

Boa noite pessoal,

Esse post é para falar brevemente sobre um neurocientista que se aventura (com maestria) no mundo da arte. Esse neurocientista, fascinado por toda a beleza e complexidade do nosso Sistema Nervoso, resolveu fazer arte com seu conhecimento de neuro.

Ele fala que se inspira em filosofias orientais antigas e é praticante de meditação e técnicas de auto-conhecimento. Como diria Augusto Cury, se não mapearmos e controlarmos a nós mesmos, não conseguimos usufruir de nossas capacidades de forma plena.

Bom, sem mais delongas, pois é apenas uma apresentação sobre esse artista, segue algumas imagens feitas por ele, assim como alguns links. Um link de um escritor brasileiro, pelo qual "conheci" o Greg, e o link do site do próprio Greg Dunn, onde ele vende suas artes e tem vários vídeos explicativos.

Vale a pena olhar um por um, conteúdo de altíssima qualidade e beleza.

O site do cara: http://www.gregadunn.com/