Bom dia, pessoal.
Hoje vamos falar um pouco
sobre um mecanismo de defesa magnífico do nosso organismo.
Eles são produzidos pelos
linfócitos B, parte do que conhecemos como imunidade adaptativa. São os
anticorpos, também conhecidos como imunoglobulinas.
Os anticorpos são
proteínas produzidas pelo sistema imunológico em resposta à presença de antígenos
(substâncias estranhas), como vírus, bactérias, toxinas e outras moléculas que
podem representar uma ameaça ao organismo.
A produção de anticorpos ocorre quando o sistema imunológico reconhece antígenos, que são partes específicas das substâncias estranhas. Os antígenos ativam células do sistema imunológico, como os linfócitos B, que após entender a ameaça, se multiplica e se transforma em um plasmócito, começando a produção e a liberação de anticorpos na corrente sanguínea.
Esses anticorpos são
desenhados de forma a se ligar especificamente aos antígenos correspondentes,
marcando-os para destruição ou neutralização pelo sistema imunológico. O que
explica o nome de adaptativa, desse tipo de imunidade, pois é uma resposta
específica a um antígeno.
A função dos anticorpos é
crucial para a defesa do organismo. Eles têm várias funções, incluindo a
neutralização de antígenos, a opsonização para facilitar a fagocitose (processo
de ingestão e destruição de partículas estranhas) e a ativação do sistema de
complemento, que auxilia na destruição de antígenos.
Podemos visualizar esses
mecanismos de ação com mais detalhes, na maravilhosa figura do livro do Abbas:
Para cumprir seu papel de neutralização, o anticorpo utiliza uma de suas partes, conhecida como porção FAB. Já para ativar outras células e/ou o sistema complemento, ele utiliza sua porção conhecida como Fc. Isso trás um conceito, na imunologia, de segregação espacial do anticorpo, pois cada porção fica responsável por determinada função.
Mas Bruno, a única forma de eu ficar imunizado contra algum patógeno é se tiver contato com ele? Sim e não, rs.
Por que sim e não? Porque
você realmente precisa ter contato com o patógeno ou uma partezina dele (seus
antígenos) para desenvolver uma resposta imunológica. Porém, não precisa ser uma
bactéria ou um vírus ativo, pode ser inativo, em pedaços, o material genético
deles. Algo que desperte o sistema imune para construir a resposta, mas sem o risco
de nos causar uma doença.
De quem eu estou falando?
Sim, meu povo. Das
vacinas!
Uma vacina estimula o
sistema imunológico a produzir anticorpos contra um antígeno específico, sem
causar a doença correspondente. A vacina contém partes do antígeno (por
exemplo, proteínas ou fragmentos do vírus), que desencadeiam a produção de
anticorpos pelos linfócitos B. Esses anticorpos ficam disponíveis no organismo
para combater o antígeno real caso a pessoa seja exposta a ele posteriormente.
Mais uma figura do Abbas
para facilitar nossas vidas:
Existem vários tipos de anticorpos, incluindo IgM, IgG, IgA, IgD e IgE. Cada tipo tem funções e características específicas. Por exemplo, a IgM é frequentemente a primeira a ser produzida após a exposição a um antígeno, enquanto a IgG é a principal classe de anticorpos de memória e oferece proteção a longo prazo.
È muito interessante que
vocês observem a figura abaixo e consigam responder aos seguintes tópicos:
• Tempo
para máxima concentração de plasmócitos e anticorpos na primeira infecção e na
segunda infecção pelo microrganismo.
• Os
anticorpos desaparecem após a infecção ter sido eliminada?
• Quantidade
de células de memória e células plasmáticas na medula óssea após cada uma das
duas infecções.
• Tipos
de Anticorpos produzidos em cada resposta.
É incrível como nosso corpo trabalha e luta para nos manter vivos, né? Então, bora colaborar com ele e comer bem, fazer exercícios e melhorar a qualidade do sono?
Bons estudos meu povo!
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