Bom dia, pessoal!
Hoje
vamos falar um pouco sobre antibacterianos (os famosos antibióticos) e seus
mecanismos de ação.
Antes
da explicação, vamos retomar alguns pontos sobre os cuidados necessários ao se
utilizar antibióticos:
-
tratamentos de 7 dias com antibióticos, por incrível que pareça, precisa durar
7 dias (pasmem, rs) – o tratamento não deve ser interrompido quando somem os
sintomas.
-
cuidado com a automedicação, pois, além dos riscos de efeitos colaterais
(normalmente por errar na dose, para mais) pode não ser eficaz naquela bactéria
e o caso evoluir para uma patologia mais grave.
Pronto,
os lembretes eram esses, rs. Necessários para não facilitarmos (ou acelerarmos)
o surgimento de bactérias resistentes. Assim, evitamos o que mostra a figura:
Eu
tenho certeza que você usou antibiótico em algum momento da sua vida,
provavelmente, mais de uma vez. Mas como que um comprimido consegue atacar uma
bactéria? Como os antibióticos fazem para sarar sua dor de garganta?
Dois
pontos são importantes aqui: primeiro, existem 5 mecanismos de ação para os
antibacterianos agirem sobre as bactérias. Segundo, todos os antibacterianos
são classificados como bacteriostáticos (que impedem o aumento do número de
bactérias) e bactericidas (aqueles que matam a bactéria).
Observem
a figura:
Essa
primeira, mais didática, resume os cinco mecanismos de ação dos antibacterianos
(o número 6 se encaixa dentro do 4, na inibição da síntese de proteínas).
A
figura abaixo é mais completa, e mostra, além dos mecanismos de ação, as formas
como as bactérias podem obter um gene de resistência e quais os mecanismos de
resistência gerados.
Inibição
da Parede Celular:
Bactericida:
Antibióticos que destroem a integridade da parede celular bacteriana, levando à
lise e morte da bactéria. Exemplo: penicilinas.
Inibição
da Síntese Proteica:
Bacteriostático
ou Bactericida: Pode ser bacteriostático ou bactericida, dependendo do
antibiótico e da concentração usada. Inibem a síntese de proteínas bacterianas,
o que pode levar à parada do crescimento bacteriano ou à morte da bactéria.
Exemplo: tetraciclinas.
Inibição
da Síntese do DNA ou RNA:
Bacteriostático
ou Bactericida: Dependendo da concentração e da bactéria-alvo, podem inibir a
síntese de DNA ou RNA, interrompendo o ciclo de replicação bacteriana. Exemplo:
fluoroquinolonas.
Inibição
do Metabolismo Bacteriano:
Bacteriostático:
Interferem no metabolismo bacteriano, impedindo a produção de nutrientes
essenciais ou a utilização dos mesmos, resultando na inibição do crescimento
bacteriano. Exemplo: sulfonamidas.
Danificação
da Membrana Celular:
Bactericida:
Danificam a membrana celular bacteriana, levando à lise e morte da bactéria.
Exemplo: polimixinas.
Alguns
antibióticos podem ser bacteriostáticos em concentrações mais baixas e
bactericidas em concentrações mais altas, dependendo das condições e da sensibilidade
da bactéria. A classificação como bacteriostático ou bactericida pode variar de
acordo com a concentração do antibiótico e a sensibilidade da bactéria.
Lembrem-se,
o uso de um bacteriostático exige um sistema imune funcionando corretamente.
Pois quando impedimos o crescimento, tornamos as bactérias mais susceptíveis às
células de defesa do nosso corpo.
Para
saber mais sobre o assunto:
http://plantandociencia.blogspot.com/2020/11/antibacterianos.html
http://plantandociencia.blogspot.com/2019/09/resistencia-bacteriana.html